Imortalizada na literatura, Ilhéus tem história e praias badaladas

Os livros de Jorge Amado que têm Ilhéus como cenário só não são a perfeita tradução do que é a cidade hoje em dia por causa da influência que o autor teve posteriormente sobre o município. Explica-se: estão lá as calçadas de pedra e o bar Vesúvio, de “Gabriela, Cravo e Canela”, mas, no livro, a rua do Teatro Municipal ainda não se chamava Jorge Amado, tampouco era museu a casa onde nasceu o escritor.
De resto, o lugar é fiel à descrição literária, principalmente na simpatia de sua população. As curiosidades, no entanto, nem de longe se restringem à obra do mestre. É uma região de histórias naturalmente pitorescas, como a do calçamento da rua Antônio Lavigne de Lemos, que, reza a lenda, resultou da preocupação de um coronel do cacau de que os convidados para a festa de casamento da sua filha não se sujassem de lama.
Entre as casas grandiosas da época áurea do cacau, estão o Vesúvio e o cabaré Bataclã, que funcionava como cassino e salão de shows e que entrou em decadência após a proibição do jogo no país. Na região central, é interessante ainda visitar a praça do Cacau, que reúne cerca de uma centena de tipos de cacaueiros de todo o mundo.

Mas, claro, não só de arquitetura se faz uma cidade litorânea da Bahia. As praias de Ilhéus vão da ponta do Ramo, no litoral norte, até a praia de Acuípe, ao sul. A praia da Avenida fica localizada no centro, perto da catedral de São Sebastião, e foi delineada pelo projeto paisagístico de Roberto Burle Marx.

Ao sul, ficam as praias mais badaladas: Comi Rama, Milionários e Cururupe, em que predominam ondas fortes e areias grossas e amarelas. Ao norte, estão a praia de São Miguel, onde fica uma vila de pescadores, e a do Marciano, repleta de recifes, entre outras.

RAQUEL COZER
Agora São Paulo

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