GRUPO GAY DE ILHÉUS OCUPA A CÂMARA DE VEREADORES

O grupo Gay de Ilhéus solicitou e, atendido pela mesa diretora, teve espaço para rebater as críticas proferidas pelo radialista Vila Nova ao líder do governo, Rodolfo Macedo. O vereador foi acusado pelo radialista de não ter postura quando está no exercício do seu mandato parlamentar e, principalmente, quando fala em nome do governo. Três representantes do Grupo tiveram 10 minutos cada. Exigiram respeito e cobraram dos vereadores atitudes para que tais fatos não se repitam.
Relataram, além da discriminação, inúmeras violências físicas que sofrem, assassinatos que são cometidos contra homossexuais, dentre outros assuntos elencados – naquele momento – como prioritários.
O plenário estava repleto de manifestantes e simpatizantes que, atentamente, viam nos oradores verdadeiros defensores do grupo e da liberdade sexual.
O vereador Alcides, sensibilizado com os discursos, pediu a palavra e relatou que a descriminação é cultural e que, desde cedo, isto é perceptível. Contou, para reforçar o afirmado, uma experiência vivida por ele – ainda muito jovem, entrando na adolescência – quando numa tarde ensolarada de domingo foi com “Chuvinha” (um homossexual muito querido pela sociedade ilheense) tomar sorvete no Ponto Chic. Lá, devidamente acomodados, percebeu os olhares de reprovação dos que ali se encontravam. No entanto, como sempre foi muito centrado, terminou seu sorvete e, ao lado do querido Chuvinha, deixou a sorveteria.

Rodolfo, na tribuna, se agigantou e – com contundência – rebateu as críticas do radialista. Fez um relato da sua vida e do seu relacionamento com as inúmeras entidades das quais faz parte. Disse ser querido na sua comunidade, que nem na Câmara nem nos lugares que freqüenta, não ‘anda com desmunhecação’ e nunca foi apontado nem taxado por onde passa.

Que Vila Nova será processado.

Finalizou sua irretocável falação repetindo o que disse numa legislatura passada: por trás de um machão sempre existe uma bicha enrustida.

Vila Nova foi ‘triturado’.

Já a SBBI, que vive uma crise de comando na sua diretoria, preferiu, como sempre, se manter afastada do embate apesar de reconhecer como justo o pleito do Grupo Gay de Ilhéus.

Um diretor da entidade centenária da cidade – que preferiu manter o anonimato – disse que, nos próximos dias, estará lançando o Boletim Informativo da Sociedade, que terá uma tiragem inicial de 20000 exemplares.

A Sociedade Beneficente exigirá a quebra do sigilo bancário do ex presidente por suspeita de se apropriar do dinheiro da entidade para a construção de uma mansão na praia do sul. O ex presidente da entidade não foi encontrado para comentar o assunto.

R2CPRESS

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