Eles fabricaram um tipo de “pele” capaz de sentir pressão, e outra capaz de sentir variações de temperatura.
A descoberta foi anunciada na última edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.
As “peles” são suficientemente flexíveis para serem utilizadas para envolver dedos robóticos e relativamente baratas, segundo os pesquisadores.
Segundo eles, no futuro será possível até mesmo fazer uma pele eletrônica com funções que a pele humana não tem.
As peles artificiais do futuro poderiam incorporar, por exemplo, sensores para luz, umidade, tensão e som, dizem eles.
Imitação fiel
O autor principal da pesquisa, Takao Someya, já havia desenvolvido anteriormente uma espécie de pele artificial capaz de sentir pressão.
Mas a capacidade de sentir também a temperatura permite aos cientistas imitar com mais fidelidade as funções da pele humana.
Someya e seus colegas usaram circuitos eletrônicos como sensores de pressão, e semi-condutores como sensores de temperatura. Eles incorporaram estes sensores em um fino filme plástico para criar uma rede de sensores.
Os transístores usados nos circuitos e nos semi-condutores são feitos com materiais orgânicos, baseados em cadeias de átomos de carbono. Isso os torna mecanicamente flexíveis e relativamente baratos.
“Essas duas características soam interessantes. Parece que esse material pode ter muitas funções”, disse à BBC Douglas Weibel, do departamento de química e biologia química da Universidade Harvard.
“Os materiais que eles estão usando podem não ser inteiramente novos, mas a sua integração parece que é”.
BBC