Vencido o primeiro mês, Lira diz não ter condições de pedir ao corpo clínico que trabalhe sem receber. Desde a reabertura, os seis leitos da unidade foram 70% ocupados por pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), o que representa 130 diárias, e pouco mais de R$ 8 mil. “Remuneração muito baixa, porque a UTI ainda não é reconhecida pelo Ministério da Saúde, por isso o leito tem valor de enfermaria comum.
“Uma UTI com seis leitos não funciona com menos de R$ 50 mil mensais”, avalia o diretor, que pensava pagar os profissionais com a ajuda da prefeitura e ainda ficaria com cerca de R$ 2 mil para repor os medicamentos que faltassem. Por isso, encaminhou o pedido de complementação à Secretaria Municipal da Saúde, através do Conselho Municipal de Saúde. Em maio, o prefeito Valderico Reis se comprometeu a repassar por mês R$ 30 mil.
O pedido virou projeto de lei aprovado pela Câmara, mas, quase 45 dias depois de reaberta a UTI, o convênio não foi formalizado para que o município possa repassar os recursos. Na secretaria, a informação é de que a lei já foi sancionada pelo prefeito e que a liberação dos recursos depende do Conselho Municipal de Saúde, que se reuniu, ontem, para deliberar sobre a questão.
ANA CRISTINA OLIVEIRA
A TARDE