Ilhéus assina na sexta adesão à política de igualdade racial;
Conferência das Cidades será realizada no próximo sábado;
Centro de Reabilitação de Mamíferos Aquáticos será criado em Ilhéus;
Município reforma a Casa de Cultura Jorge Amado.
Dos 32 colégios das redes pública e privada de Ilhéus convidados oficialmente pela Secretaria de Esporte e Cidadania, 11 já enviaram formulário confirmando participação nos Jogos Etudantis. A edição 2005 do evento intercolegial e que revela talentos para o esporte local começa no dia 8 de setembro. Dentre os colégios que enviaram confirmação estão o Nossa Senhora da Vitória, Estadual Moysés Bohana, Estadual Horizontina Conceição, Estadual de Ilhéus, Centro Educacional Álvaro Mello Vieira (Ceamev) e o Colégio-Modelo Luiz Eduardo Magalhães.
Além dos estabelecimentos da rede estadual, têm participação garantida Escola Municipal Princesa Isabel, Municipal do Pontal, Escola Municipal de Banco da Vitória, Municipal do Salobrinho e Jorge Calmon (Olivença). Para garantir tranqüilidade e segurança, a Secretaria já enviou convite ao Tiro de Guerra, PM e à Guarda Municipal. Também como medida de segurança, este ano o vice-prefeito e secretário Newton Lima, juntamente com o prefeito Valderico Reis, definiu que os jogos serão encerrados rigorosamente às 20h30min.
Dia 8 de agosto – um mês antes da competição –, vai acontecer a reunião do conselho técnico, onde serão definidos tabela, jogos e o regulamento do evento. A comissão organizadora já determinou que não será permitida a venda de bebida alcoólica nas proximidades do ginásio e somente participarão dos jogos estudantis alunos nascidos a partir de 1988.
O secretário Newton Lima espera uma média de 2 mil atletas no evento. Os jogos começam no dia 8 de setembro e vão até o dia 11. As disputas acontecerão no ginásio de esportes Herval Soledade, envolvendo as modalidades de futsal, vôlei, basquete e handebol. Segundo a organização, a depender do número de jogos, algumas partidas poderão ser realizadas no Clube Social de Ilhéus.
Ilhéus assina na sexta adesão à política de igualdade racial
O prefeito Valderico Reis assina na próxima sexta-feira (29) o termo de adesão à política nacional de promoção da igualdade racial. A solenidade de assinatura acontecerá no auditório local da Ceplac, às 10h, e contará com a presença do subsecretário Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), João Carlos Nogueira, além de movimentos afro-descendentes e populares de Ilhéus. O prefeito acredita que a adesão significa um grande passo para a definição de ações visando reduzir as desigualdades que afetam principalmente os “menos favorecidos e os negros”.
Com a assinatura do termo de adesão, o município busca estabelecer parcerias para a construção e implementação de ações direcionadas principalmente aos afrodescendentes na área de saúde, empreendedorismo e educação. Para isso, haverá capacitação de gestores públicos em educação e relações raciais e publicação e distribuição de material didático e pedagógico sobre a temática. O material terá como público alvo docentes da rede municipal.
Já nesta quinta-feira (28), autoridades municipais e o gerente de projetos da Secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial (Sepir), José Carlos Esteves, fazem visita à aldeia indígena Tupinambá, em Olivença. À tarde, José Carlos visita alunos do curso pré-universitário de Nossa Senhora da Vitória, onde participa de um bate-papo com alunos e representantes do movimento negro ilheense.
Após assinar o termo de adesão, o município estabelecerá o 20 de novembro como Dia de Consciência Negra. O gerente de projetos também se reunirá com o secretário municipal de Educação, Almir Pereira, para discutir as diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira, que se tornou obrigatória em toda a rede educacional após a sanção da lei de número 10.639/2003.
Conferência das Cidades será realizada no próximo sábado
As formas de participação e controle social nas políticas de desenvolvimento urbano e habitacional serão temas da palestra de abertura da 2ª Conferência das Cidades de Ilhéus. O evento será realizado no próximo sábado (30), no auditório local da Ceplac, às 8h, e definirá as propostas por uma política urbana e habitacional para o município. Participam da conferência arquitetos, engenheiros, autoridades municipais, associações de moradores e representantes de entidades civis organizada. O evento tem promoção do Crea-BA e apoio da Prefeitura de Ilhéus.
“Participação social e desenvolvimento urbano para a sede e os distritos” é o tema principal da conferência. No próximo sábado, os participantes da Conferência debaterão financiamento das políticas urbanas nos níveis municipal, estadual e nacional, participação e controle social, questão federativa e política urbana regional. O evento também será preparatório para as edições estadual e nacional da Conferência das Cidades.
Ilhéus escolherá seis delegados para participar da edição estadual que apontará as propostas da Bahia para a definição da política nacional de urbanismo. Membro da comissão organizadora da conferência local, Solange Valladão, explica que no sábado será constituído o Conselho das Cidades do Município de Ilhéus, composto por representantes da sociedade civil organizada e dos poderes públicos. “É importante que todos os segmentos estejam representados neste evento porque vamos discutir as políticas urbanas e de habitação para o município”, destaca o secretário municipal de Planejamento e Controle Orçamentário, Sellem Rachid Asmar.
Após a realização da Conferência, as propostas locais serão encaminhadas para os poderes Executivo e Legislativo. O acompanhamento da execução das propostas será acompanhamento pelo Conselho das Cidades. Todas as ações, afirma Solange, visam dotar os municípios de uma política eficaz de habitação e urbanismo. A Conferência das Cidades do Município de Ilhéus será realizada pelo Crea-BA, Núcleo de Gestão Municipal da Uesc, Grupo Eros, Associação FAme, Associação G-30 e Sebrae. Além da Prefeitura, também apóiam o evento Arena, Arte nas Ruas Produções, Caixa Econômica, Ceplac e Núcleo de Cultural do Bataclan.
Programação
O cadastramento dos participantes da conferência começa às 7h30min. A abertura oficial do evento está prevista para as 8h, seguida de leitura de regimento e avaliação dos resultados da primeira edição do evento. Duas palestras foram programadas para a parte da manhã: “Política urbana, participação e controle social, como viabilizar” e “O município, sua relação com o estado e a União e o financiamento das ações necessárias para o desenvolvimento urbano e distrital”.
A primeira palestra será um estudo de boas práticas nas áreas de urbanismo e habitação. No final da manhã e durante a tarde do sábado haverá divisão de grupos temáticos para a elaboração de propostas. As sugestões serão incluídas no documento final da Conferência. Também na parte final do evento, ocorrerá eleição do Conselho das Cidades e a escolha dos delegados ilheenses que representarão o município na Conferência Estadual, que acontecerá em setembro.
Centro de Reabilitação de Mamíferos Aquáticos será criado em Ilhéus
A partir do próximo mês, serão iniciadas as reformas necessárias para a criação do Centro de Reabilitação de Mamíferos Aquáticos. O centro funcionará no Museu do Mar e da Capitania de Ilhéus. A criação deste novo espaço tem como objetivo estudar a situação e preservação dos mamíferos marinhos ao longo do litoral, além de sensibilizar a população quanto à importância destes animais para a natureza.
O Centro possui sede em Salvador e é apoiado pelo Projeto Mama (Mamíferos Marinhos-BA), uma entidade sem fins lucrativos formada em abril de 1995, com a instalação da base de pesquisas na Baía de Todos os Santos. O grupo é composto basicamente de profissionais e estudantes de biologia, tendo também o apoio de outras áreas.
Segundo a gerente do Museu do Mar e da Capitania, Lara Halla da Silva, os custos e o tempo de trabalho para a instalação do Centro serão bem menores do que o esperado, já que o local já possui grande parte da infra-estrutura necessária. “O maior problema costuma ser o espaço para os animais grandes, mas aqui nós utilizaremos a própria Baía do Pontal”, disse. Ela explica que no local, serão instaladas salas de necropsia, de esqueletos e audiovisual.
No entanto, Lara conta que alguns serviços do Centro já estão sendo prestados, conforme surge a necessidade. “Não temos todas as condições necessárias para o funcionamento do Centro, mas quando aparece algum animal encalhado, capturado ou machucado, nós cuidamos”.
Ela explica que as maiores ameaças aos mamíferos marinhos são a caça comercial, atividades pesqueiras, degradação do ambiente marinho pelo rápido crescimento das áreas costeiras, produtos químicos despejados pelos efluentes industriais e o aumento do número de embarcações.
Segundo a bióloga, mesmo depois de mortos, os animais são utilizados para pesquisas e em atividades de educação ambiental. Ela diz que há um projeto de atividades para os finais de semana, em que professores e alunos da rede de ensino serão conscientizados sobre a importância de preservar esses animais e as causas de sua mortandade.
Município reforma a Casa de Cultura Jorge Amado
Desde o dia 8 deste mês, a Casa de Cultura Jorge Amado funciona parcialmente em função de reformas nos sistemas elétrico e hidráulico. O piso em madeira, uma relíquia arquitetônica da década de 20, também está sendo totalmente restaurado. Mesmo com as obras, o atendimento é feito normalmente e entrada é gratuita até o término das reformas. Num salão aberto, a Casa de Cultura Jorge Amado expõem fotos, livros e objetos pessoais que compuseram a biografia do notável escritor.
Para garantir o total funcionamento do local, o auditório térreo da Fundaci está abrigando a lojinha da Casa de Cultura e exibindo vídeos documentários. “Apesar da reforma, o movimento continua intenso, pois continuamos em outras regiões do país este é um período de férias”, informa a diretora da Casa de Cultura, Eugênia Célia Silva.
A Casa de Cultura Jorge Amado recebe diariamente um grande número de visitantes – a maioria composta de turistas – que se interessa pela trajetória do escritor grapiúna que mais divulgou Ilhéus para o mundo. O casarão foi erguido pelo pai de Jorge Amado, o Coronel João Amado, onde ele passou parte de sua vida e escreveu o romance “O País do Carnaval”, em 1931.