Encontro marca em Ilhéus 70ºaniversário do A.A.

Marcando o 70º aniversário de fundação da Irmandade de Alcoólicos Anônimos (A.A.) em nível mundial, 58 anos de funcionamento da organização no Brasil e 52 anos de atuação na Bahia, será realizado a partir de amanhã (2), no Centro de Convenções de Ilhéus, o 28º Encontro de Área da Bahia de Alcoólicos Anônimos, com enfoque sobre o tema “Eu sou responsável”. O encontro, que prosseguirá até domingo (3), reunirá cerca de 400 membros de A.A., oriundos de várias regiões da Bahia e de outros estados, contando também com a participação de integrantes do Al-Anon, entidade que congrega familiares de alcoólatras.
“Essa reunião, além de promover uma maior integração entre os membros da nossa organização, possibilitará também a oportunidade de discutirmos temas de nosso interesse pessoal e do próprio A.A.”, destaca um dos membros da comissão organizadora do evento, que preferiu não se identificar, em obediência às tradições da Irmandade. Ele assinala que o A.A hoje funciona em mais de 150 países, sendo a sua abordagem do alcoolismo, baseada na troca de experiência de alcoólatras em recuperação, considerada uma das mais eficientes em termos de resultados. “Contam-se aos milhares o número de alcoólatras dados como irrecuperáveis que encontram na nossa Irmandade um modo de vida que os levam a uma existência digna e produtiva”, salienta o anônimo.
Ele lembra ainda que o A.A. reúne homens e mulheres de todos os credos, raças e condições sociais, sem esperar nada em troca a não ser o desejo sincero de abandonar o uso compulsivo do álcool. Diz também que o A.A. não está ligado a nenhuma seita ou religião, nenhum partido político, nenhuma organização ou instituição e, absolutamente, não deseja entrar em qualquer controvérsia. “O nosso propósito primordial é ajudar outros alcoólatras a abandonarem a bebida”, acentua.
O A.A tem dois grupos em funcionamento em Itabuna. O Rio Cachoeira, instalado na rua Ruffo Galvão, 19, Edifício Cruz, 2º andar, e o Grupo Renascer, na avenida Princesa Isabel, 1263, São Caetano. “Cheguei no A.A. há 19 anos, doente, desmoralizado, sem família e totalmente perdido. Hoje reconstruí a minha vida, resgatei o meu amor-próprio, a minha família, o meu emprego. Devo tudo a essa Irmandade abençoada”, afirma L.S.B, de 61 anos. Outro que também encontrou a recuperação no A.A. é A.E.D., de 22 anos. “Comecei a beber ainda criança, não sabia que era uma doença. Estive em hospitais, sanatórios e até na cadeia. Só me reencontrei na vida quando conheci o A.A.”, garante.

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