segunda-feira, em Buenos Aires, a criação de um banco sul-americano que viabilize o financiamento de obras de infra-estrutura de interesse regional, em mais um passo para a integração, nas vésperas de uma Cúpula do Mercosul no Paraguai.
A instituição será fruto da fusão da Corporação Andina de Fomento (CAF), braço
financeiro da Comunidade Andina de Nações (CAN), e do Fundo Financeiro para o
Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), formada por Argentina, Brasil,
Paraguai, Uruguai e Bolívia, disse à AFP uma fonte do Governo.
argentino, Roberto Lavagna, e o presidente argentino, Néstor Kirchner, na Casa Rosada, residência oficial do governo.
Mais tarde, os dois ministros se reuniram com o ministro venezuelano da Fazenda, Nelson Merentes.
No encontro, eles também abordaram temas como a relação da região com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a sucessão de Enrique Iglesias na presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), informou uma fonte pedindo para não ser identificada.
Estas reuniões foram marcadas por Kirchner con seus pares de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e Venezuela, Hugo Chávez, durante um jantar em Brasília dia 9 de maio, durante a Cúpula da América do Sul e países árabes.
“Na ocasião, os presidentes coincidiram sobre a necessidade de avançar na união física dos países, a criação de uma aliança energética e o financiamento das obras”, informou o subsecretário de Integração da Chancelaria argentina, Eduardo Sigal.
Segundo analistas, o maior obstáculo para a criação do banco regional
é o endividamento com os organismos multilaterais de crédito.
“A idéia é descobrir como fazer para que o dinheiro das reservas monetárias seja usado em benefício de nossos países”, afirmou Sigal.
O maior dilema do bloco, que está afundado numa letargia há muito tempo, é encontrar uma fórmula para impulsionar o processo de integração, sem que cada assunto de intercâmbio se torne motivo de discussões esgotantes.
Para piorar a situação, o afastamento de Iglesias do BID provocou uma corrida pela sucessão. O Brasil saiu na frente com a candidatura de João Sayad, mas a Argentina já avisou que também vai querer disputar a vaga, o que anuncia uma nova fase de turbulências na relação bilateral.
AFP