De acordo com a pesquisa, 1% dos brasileiros mais ricos 1,7 milhão de pessoas detém uma renda equivalente a da parcela formada pelos 50% mais pobres (86,5 milhões de pessoas).
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, avalia que esse estudo irá fazer com que o governo receba mais cobranças sobre o que está sendo feito na área social.
O Radar Social faz uma análise das condições de demografia, educação, saúde, trabalho, renda, moradia e segurança no país e aponta quais os principais problemas de cada uma dessas áreas. Ele será divulgado a cada dois anos com os dados atualizados.
Iniciativa
Junto com o documento, o Ministério do Planejamento divulgou as principais
iniciativas do governo para combater esses problemas e constam do site da pasta (www.planejamento.gov.br/radarsocial).
Apesar de todo esforço para identificar quais os principais problemas na área social, o governo não irá tomar nenhuma atitude de imediato. “É claro que ele [o radar] tem uma influência. Mas imediata não acho que seja possível”, disse Bernardo.
De acordo com ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse há alguns dias que o governo precisa “aumentar a disponibilidade de elementos que aumento a vigilância social”. Nesse caso, o ministro acredita que o estudo permitirá que mais pessoas tenham acesso ao que é feito na área social.
Ainda no que diz respeito à renda, praticamente um terço da população brasileira (31,7%) era considerada pobre em 2003. Ou seja, 53,9 milhões de pessoas viviam com uma renda per capita de até meio salário mínimo.o Brasil tinha em 2003. Alagoas é o Estado em que contabilizou mais pobres (62,3%).
Santa Catarina é o que está na melhor condição, com apenas 12,1% da população sendo considerada pobre.
O Ipea é ligado ao Planejamento e no estudo defende um modelo de desenvolvimento que combine crescimento com geração de ocupação e renda.
ANA PAULA RIBEIRO
Folha Online