A invasão do GPS

A tecnologia de localização por satélite chega aos celulares, carros, relógios de pulso e até equipamentos do tamanho de uma moeda
O GPS está saindo do gueto. Para quem não conhece a sigla, ela pode ser traduzida como Sistema de Localização Global. A partir da união de coordenadas de latitude e longitude, qualquer pessoa pode ser encontrada no globo terrestre com a ajuda de 24 satélites que ficam em órbita na Terra. A tecnologia nasceu no final dos anos 70 nos quartéis dos Estados Unidos e, em seguida, foi descoberta pela aviação civil e praticantes de esportes náuticos e radicais. Agora, o GPS está em todo lugar. Já é possível encontrá-lo em automóveis, celulares, relógios de pulso e no bolso das pessoas comuns. O caminho trilhado pela tecnologia é semelhante ao dos celulares, que começaram como um produto de elite e já são usados por 69 milhões de brasileiros. Lá atrás, ter um GPS significava modernidade e alto custo. Os equipamentos estavam na casa dos milhares de dólares. Hoje podem ser comprados por R$ 500. “Essa tecnologia está tão presente no dia-a-dia que nem temos consciência da sua importância”, diz Hélio Kuga, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Alguns táxis em São Paulo, por exemplo, já dispõem desse recurso. Daqui para frente, ninguém terá mais desculpa para errar o caminho: no bolso ou no painel do carro haverá uma tela com todas as indicações.
Quem entra hoje em alguma das 500 concessionárias da Volkswagen no País e compra um modelo Golf vai para casa com um serviço de GPS embutido no veículo. Durante um ano, o cliente terá o carro monitorado por uma central que indicará, quando necessário, as rotas nas grandes cidades. Também comunicará ao motorista a proximidade de revisão ou a ocorrência de alguma pane mecânica. Mas o principal objetivo da montadora é aumentar em 20% as vendas do Golf, que caíram em função da alta taxa de roubos e do valor do seguro, que custa, no mínimo, R$ 5 mil por ano. “Com o GPS neutralizamos o maior inibidor de vendas do modelo”, diz Marcelo Olival, gerente da Volkswagen do Brasil. O negócio promete ser tão lucrativo que a mineira Crown Telecom, detentora da tecnologia, espera faturar R$ 105 milhões neste ano e cerca de R$ 300 milhões em 2006. “Temos certificação aprovada para outros modelos Volks”, comemora José Pereira, presidente da empresa. Na mesma trajetória, a líder mundial de celulares, a finlandesa Nokia, está desenvolvendo um projeto com a Fiat no Brasil. A idéia é embutir um celular com GPS nos carros – serviço que já funciona na Europa. A Nokia espera com esta iniciativa ter condições de enfrentar a concorrência de marcas asiáticas que tomaram a dianteira do mercado com celulares dotados de áudio e vídeo. Por enquanto, os veículos brasileiros não terão mapas digitais em telas coloridas em função de uma proibição do Conselho Nacional de Trânsito, que classificou o GPS na mesma categoria de DVD automotivo. A questão é simplesmente de segurança: o equipamento pode distrair o motorista.
Em outras áreas, o GPS vive um clima de total liberdade. A empresa pernambucana Segsat lançará, em julho, um dispositivo do tamanho de uma moeda equipado com a tecnologia. O item servirá para rastrear o próprio portador. “Estamos colocando no mercado um eficiente mecanismo para combater seqüestros”, diz Sérgio Baptista, diretor da Segsat. A companhia usa um chip desenvolvido pela alemã Siemens que também pode ser colocado em qualquer lugar. Dentro do celular, em relógios, laptops e palms. Essa disseminação do GPS trouxe novos negócios. Um deles é a paulista MapLink, que oferece serviços de mapeamento e roteirização em todo o País. A companhia compra mapas digitais de empresas americanas que fazem o processamento de imagens com a ajuda de GPS e oferece o serviço aos brasileiros. Só no ano passado, a MapLink cresceu 89%. “Acreditamos muito nesse mercado”, afirma o diretor Guilherme Gomide.

Mundialmente, os serviços e produtos em torno do GPS movimentam US$ 15 bilhões. Em 2008 chegarão a US$ 22 bilhões. Das aplicações comerciais do GPS, 35% são em carros, 22% de produtos dirigidos aos consumidores finais e 5% em aviação. Nos setores marítimo e militar, apenas 2%, o que mostra que o GPS está mais popular do que nunca. Países inteiros na Europa, Japão e EUA já estão com todas as ruas de suas cidades mapeadas. No Brasil, os mapas digitais ainda engatinham. Só grandes cidades como São Paulo possuem vias reproduzidas digitalmente. São cerca de 60 mil ruas na cidade. A união entre os mapas virtuais e o GPS é tão explosiva do ponto de vista das oportunidades de negócio que já atrai as maiores marcas da internet para este campo. O serviço de buscas Google colocou em teste um serviço que permite aos seus usuários nos EUA encontrar qualquer rua no país. O Yahoo também segue a mesma direção. Ninguém quer ficar de fora.

US$ 22 bilhões será o tamanho do mercado mundial de GPS em 2008

Por eduardo PIncigher e mariana ditolvo
Isto É

Cientista dizem ter criado células-tronco “sob medida”

Cientistas da Coréia do Sul anunciaram ter criado as primeiras células-tronco embriônicas humanas que podem ser desenvolvidas de acordo com as necessidades dos pacientes.
Eles retiraram material genético das células da pele de alguns voluntários e as inseriram em óvulos de doadores que não tinham nenhuma relação com eles.
Desta forma, os pesquisadores dizem ter criado células-tronco que podem ser cultivadas de modo a se tornar qualquer tipo de tecido celular do corpo humano.
Eles afirmam que este pode ser um primeiro passo para tornar realidade a criação de tecidos em laboratório para uso em transplantes.
Descrevendo os resultados da pesquisa na revista Science, os cientistas sul-coreanos disseram que não seria seguro usar para fins reprodutivos os óvulos que passaram pela transformação.

O novo estudo vem sendo considerado um grande avanço nas pesquisas com as células-tronco.

Ela dá seqüência a um trabalho que havia sido divulgado pelos mesmos cientistas no ano passado, quando eles transferiram material genético de uma mulher para dentro de um dos óvulos dela.

Na ocasião, porém, o índice de sucesso na experiência era baixo demais para permitir aplicações práticas – em mais de 200 tentativas, apenas uma delas permitiu o desenvolvimento de uma cultura de células-tronco.

Com o aprimoramento da técnica, o índice de sucesso agora é maior. Os estudiosos estimam que uma em cada dez ou 15 tentativas dá resultado.

Pessoas diferentes

Além disso, no novo estudo foram usados óvulos e material genético de pessoas sem vínculo de parentesco, muitas vezes com sexo e idades diferentes.

“Esta pesquisa representa um imenso passo rumo ao dia em que as mais devastadoras doenças e ferimentos poderão ser curados com o uso de células-tronco terapêuticas”, disse o professor Woo Suk Hwang, um dos líderes da pesquisa.

Um dos objetivos do estudo foi encontrar formas de desenvolver materiais para transplantes que tivessem um perfil genético idêntico ao do paciente e, assim, não corresse o risco de ser rejeitado pelo sistema imunológico do receptor.

Os pesquisadores, entretanto, salientaram que ainda irá demorar até que transplantes seguros de tecido possam ser feitos para a cura de doenças como o mal de Parkinson ou a diabete.

Roland Pease

Entretenimento e informação via telefone preocupam rádios e TVs

A convergência tecnológica nos serviços de telecomunicações preocupam as emissoras de rádio e de televisão do país.
Durante o 23º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, realizado em Brasília, os radiodifusores avaliaram as iniciativas das empresas de telefonia na oferta de serviços de entretenimento e informação via celular, por exemplo, como um avanço sobre o serviço de comunicação social, extrapolando os limites das telecomunicações.
O vice-presidente das Organizações Globo, Evandro Guimarães, defendeu ontem a ampliação do debate sobre essas ameaças durante o evento da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão).
Os radiodifusores reclamam que as operadoras de telecomunicações não teriam, por exemplo, restrições legais quanto à origem do seu capital, como é o caso das emissoras de rádio e TV que não podem ter sócios estrangeiros acima do limite de 30%.

No centro dessas discussões, segundo o superintendente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Ara Apkar Minassian, está o mercado publicitário, que representa cerca de 1,3% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

Ele avaliou que a preocupação dos radiodifusores está relacionada a uma possível mudança nos hábitos da população diante da transmissão de rádio e TV.

Ele lembrou que os mais de 70 milhões de telefones celulares em operação no país poderiam ser vistos como potenciais concorrentes desse setor.

Na distribuição da verba publicitária, as TVs abertas ficam com aproximadamente 58%, os jornais com 22%, as rádios com pouco mais de 5%, a internet com 2% e a TV por assinatura com 1%.

Segundo o superintendente, assim como as operadoras de telefonia podem transmitir informações, dados e imagens, podem também veicular publicidade, o que pode afetar o mercado de radiodifusão.

PATRÍCIA ZIMMERMANN
Folha Online

Parceria entre TPI e Sentinela contra a exploração sexual

Durante esta semana o programa Sentinela realizou uma série de atividades em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, última quarta-feira (18). Essas atividades estão voltadas para a conscientização da sociedade a cerca do problema.
A programação começou no dia 18 com uma sessão especial na Câmara de Vereadores de Ilhéus onde foi discutida a necessidade de se formar uma rede de entidades responsáveis pelo combate ao abuso e exploração de menores. Segundo a coordenadora do projeto Sentinela, Maria José da Hora Oliveira, “além da sessão especial na Câmara, o trabalho do Sentinela foi reforçado através de palestras feitas durante a semana e panfletagem afim de esclarecer a população de que a exploração sexual é uma crime e o agressor deve ser punido, cabendo a sociedade denunciá-lo”.
Em parceria com o grupo de atores do Teatro Popular de Ilhéus, nos dias 19 e 20, às 20h30min, será apresentado na Casa dos Artistas, o espetáculo “A menina que queria continuar a brincadeira”, que pretende chamar atenção do espectador quanto ao abuso sexual contra crianças, que muitas vezes ocorre dentro de suas próprias casas.
A peça revela a história de Carla, uma garota de 15 anos, que foi muitas vezes estuprada pelo pai. O monólogo é inspirado e baseado em casos reais de meninas e meninos que sofrem abuso sexual dentro de seus lares e depois têm que carregar as marcas de uma arrogância desumana e doentia. A montagem da peça tem texto e direção de Marcio Gledson.
Os ingressos estão sendo vendidos a R$ 10 e os estudantes pagam meia-entrada. Parte do dinheiro arrecadado com a venda dos ingressos será revertida para o programa Sentinela. A peça tem início ás 20h30.

Parreira anuncia listas para eliminatórias e Copa das Confederações

De uma tacada só, o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, convocou nesta quinta-feira a equipe para os dois próximos jogos pelas eliminatórias e também para a Copa das Confederações.
Ronaldinho e Ronaldo foram confirmados para a Copa das Confederações –chegou a haver rumores de que ganhariam folga. Dirigentes do Barcelona e do Real Madrid chegaram a anunciar que não pretendiam liberar os seus atletas para o torneio. Como a competição faz parte do calendário da Fifa, os clubes não podem proibi-los de participar.
Foram liberados da competição na Alemanha, de 15 a 29 de junho, os laterais Cafu e Roberto Carlos e o meia Ricardinho, que no entanto estarão nas eliminatórias. “Ninguém pediu liberação oficialmente”, disse Parreira.
O grupo para os jogos contra o Paraguai, no dia 5 de junho, em Porto Alegre, e a Argentina, no dia 8 de junho, em Buenos Aires, pelas eliminatórias, tem 22 jogadores.

Para a Copa das Confederações, serão 23 atletas. Entram na lista o lateral-direito Cicinho (São Paulo), o lateral-esquerdo Léo (Santos), o meio-campo Alex (Fenerbahce-TUR) e o goleiro Gomes (PSV Eindhoven-HOL). A seleção brasileira estréia neste torneio no 16 de junho, contra a Grécia, em Leipzig.

As principais novidades no grupo das eliminatórias são as presenças do meia santista Ricardinho e do lateral-esquerdo Gilberto.

A apresentação dos jogadores está marcada para o dia 31 de maio, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).

Confira os convocados para as eliminatórias

Goleiros
Dida (Milan-ITA)
Marcos (Palmeiras)

Zagueiros
Juan (Bayer Leverkusen-ALE)
Lúcio (Bayern de Munique-ALE)
Luisão (Benfica-POR)
Roque Júnior (Bayer Leverkusen-ALE)

Laterais
Cafu (Milan-ITA)
Belletti (Barcelona-ESP)
Roberto Carlos (Real Madrid-ESP)
Gilberto (Hertha Berlin-ALE)

Meio-campistas
Emerson (Juventus-ITA)
Gilberto Silva (Arsenal-ING)
Zé Roberto (Bayern de Munique-ALE)
Juninho Pernambucano (Lyon-FRA)
Renato (Sevilla-ESP)
Kaká (Milan-ITA)
Ronaldinho (Barcelona-ESP)
Ricardinho (Santos)

Atacantes
Ronaldo (Real Madrid-ESP)
Adriano (Inter de Milão-ITA)
Robinho (Santos)
Ricardo Oliveira (Betis-ESP)

Folha Online

APICULTORES DE UNA MOSTRAM PRODUÇÃO DE MEL E DERIVADOS

A I Feira de Apicultura do Município de Una foi aberta na manhã de hoje(19), em praça pública, com a exposição e venda de produtos como mel, própolis, geléia real, enxame e mostra de polinização através de abelha. Até o próximo sábado vão estar sendo realizados diversos eventos com o objetivo de criar oportunidades de negócios para os apicultores regionais, fortalecer as parcerias institucionais, despertar novos produtores nessa atividade e solidificar a prática apícola como um atrativo turístico.



Promovida pela Associação de Apicultores do Município de Una, a feira contou com o apoio do Sebrae e Secretaria Municipal de Agricultura, que destacaram a necessidade de investir nessa alternativa como forma de gerar muito mais emprego e renda no município. De acordo com os técnicos do Sebrae, a realização da feira com a exposição de tantos produtos locais é uma demonstração inequívoca que a apicultura chegou para ficar e que a produção de mel e derivados já uma realidade no município e vem sendo apontada como uma excelente atividade econômica.
Um dos pontos altos da feira foi a palestra com a professora Etelvina Conceição, uma das maiores especialistas nessa área, considerada uma das grandes incentivadoras da apicultura no Brasil. Durante sua participação ela falou de experiências positivas dos investimentos na apicultura e de como várias comunidades mudaram suas realidades a partir do desenvolvimento dessa atividade. Etelvina Conceição também falou da necessidade da capacitação dos produtores que pretendem investir nessa área e ressaltou a importância do apoio das entidades e órgãos públicos.
Além de mostrar a produção dos apicultores regionais, durante a feira, montada na praça principal de Una, os técnicos do Sebrae e produtores estão esclarecendo todas as dúvidas da comunidade e oferecendo noções de como iniciar esse tipo de atividade. Toda a programação da feira é aberta ao público. O gerente do Sebrae, Eduardo Andrade, informa que o evento pretende aquecer o volume de vendas de produtos apícolas e divulgar as oportunidades de negócios como a apicultura, que vem sendo uma excelente alternativa econômica. A expectativa é que a partir dessa feira surjam novos produtores interessando em investir no ramo da apicultura.. A expectativa é que o programa beneficie não somente os produtores de Ilhéus, mas de toda a região Sul da Bahia que vem investindo na apicultura.

INFORMES – ASCOM – PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHÉUS

Teatro tem dois grandes espetáculos musicais ;

Ilhéus apresenta projeto de Shopping a Céu Aberto;

Projeto Sentinela pede apoio da Câmara de Vereadores;

Valderico quer implantar Sistema Único de Segurança;

Ilhéus bate recorde de vacinação de idosos.

Teatro tem dois grandes espetáculos musicais

Dois grandes musicais baseados na MPB e inserções de músicas internacionais serão apresentados a partir das 21 h deste sábado (21) no Teatro Municipal de Ilhéus, com o Grupo 4Elementos, Sylvia Patrícia e Fernando Morinho. O grupo 4Elementos abre a noite com o show “Onilateralidade”, instrumental concebido através de pesquisas sonoras em vários estilos, trazendo modificações nas estruturas de composições com arranjos e novas roupagens, sem esquecer o improviso. Os espetáculos são considerados sucessos de público e de crítica.

Com canções de verdadeiros “monstros sagrados” da MPB, o instrumental é um espetáculo com composições de Vinícius de Moraes, Assis Valente, Djavan, Milton Nascimento e Caetano Veloso, dentre outros nomes de peso no cenário musical brasileiro. O grupo 4Elementos é composto dos músicos Wander Gutemberb (violão, arranjos e direção musical do espetáculo), Marcelo Avatar (violão), Alexandre Vieira (baixo) e Ubaldo Conceição (percussão).
A segunda apresentação da noite será um encontro da cantora e compositora Sylvia Patrícia com o pianista e ator Fernando Marinho. Nesse espetáculo, o repertório é diversificado, passando por grandes sucessos nacionais e internacionais, releituras de “pérolas” da MPB, além de composições inéditas de Sylvia Patrícia, que tocará bongô, triângulo e maracás. Fernando Marinho tocará piano e acordeom.

Os espetáculos, que fazem parte do Projeto Circulação Cultural, são promovidos pela Fundação Cultural do Estado da Bahia e a Secretaria Estadual de Cultura e Turismo, com o apoio da Fundação Cultural de Ilhéus (Fundaci). A entrada para ambos os shows é de R$6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia). Apenas um ingresso dá acesso aos dois espetáculos.

Ilhéus apresenta projeto de Shopping a Céu Aberto

Ilhéus acaba de dar um novo passo rumo à implantação de um modelo inovador de gerenciamento e organização das principais artérias do comércio. Na próxima segunda-feira (23), às 8h30min, será apresentado, no auditório da Ceplac em Ilhéus, o Projeto Shopping Center a Céu Aberto, elaborado através de parcerias entre a Prefeitura, Sebrae, CDL, Associação Comercial de Ilhéus (ACI) e Sindicato do Comércio (Sindicomércio).
Na reunião, o Sebrae fará uma apresentação técnica explicando o significado de um shopping a céu aberto, quais os passos para sua implantação e os modelos de gestão. O consultor Adão de Souza fará uma apresentação visual, mostrando cases de sucesso de outras cidades que executaram o projeto. Ele mostrará como deve ser a preparação do comércio, a construção de calçadas propícias para o trânsito dos consumidores, o sistema de fiações elétricas e hidráulicas, a harmonização do ambiente e a melhoria das fachadas e vitrines e da gestão das empresas com cursos gerenciais e oficinas de merchandising.
O processo de execução do projeto está em fase avançada. A primeira etapa compreendeu uma discussão com os lojistas e as entidades representativas de classe, que destacaram a necessidade de transformar a área em shopping a céu aberto. A primeira área a sofrer intervenção será o calçadão da Marquês de Paranaguá, que possui 350 metros de extensão e já tem passado por algumas mudanças em sua estrutura física. Em seguida, será a vez da rua Dom Pedro II e o Calçadão Jorge Amado. Antes do início das obras, será realizado um workshop a fim de ouvir outros segmentos da cidade.
A reforma da estrutura física será feita pela Prefeitura de Ilhéus, enquanto os demais parceiros ficarão responsáveis pela gestão e capacitação das empresas, cuidando da educação empreendedora, com oficinas de marketing e outros cursos voltados para o desenvolvimento do comércio. O prefeito Valderico Reis afirmou que a meta do governo com o projeto de revitalização do comércio de Ilhéus é criar um espaço de compras mais adequado e atrativo para os consumidores e turistas.

Projeto Sentinela pede apoio da Câmara de Vereadores

Uma campanha contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes será deflagrada na próxima semana pelas instituições que trabalham na atenção às vítimas. A ofensiva será um trabalho educativo e envolverá a distribuição de cartazes informando as formas de contato com entidades e projetos como Sentinela, Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, Polícia Civil e Ministério Público. A campanha foi lançada durante sessão especial na Câmara de Vereadores, na quarta-feira (18). Um serviço gratuito foi criado para receber denúncias através do telefone 0800-99-05000.
A coordenadora do projeto Sentinela, Maria José da Hora Oliveira, disse que a estratégia é obter o apoio da comunidade para denunciar abusos contra crianças e adolescentes vítimas. Segundo ela, “cada um pode ser agente na luta contra esses tipos de crimes”. A diretora do Sentinela e especialistas que trabalham no projeto foram à Câmara participar da sessão especial e explicar como é desenvolvida a assistência às vítimas de abusos e violência sexual. Maria José pediu o apoio das instituições e do Legislativo na defesa das crianças e adolescentes. A secretária de Assistência Social e Trabalho, Fátima Reis, falou do esforço para reativar o Sentinela, que foi abandonado pelos ex-gestores desde o segundo semestre do ano passado.
O Sentinela é um projeto desenvolvido pelo Governo Federal em parceria com a Prefeitura de Ilhéus. O Governo Federal exige o acolhimento das vítimas por até 24 horas. Com o apoio da Prefeitura, o projeto tem acolhido os menores além do tempo estabelecido. De acordo com a coordenadora, a atual gestão recebeu o Sentinela sem os equipamentos essenciais para o seu funcionamento e, em apenas um dia, a instituição já estava em total funcionamento. O município doou uma Kombi, combustível e um advogado exclusivo para o Projeto.
A psicóloga Iracema Cruz explicou aos vereadores como é feito o atendimento e tratamento dos menores e suas famílias. Ela também esclareceu as diferenças entre abuso e exploração sexual, no qual o primeiro é cometido apenas por fins libidinosos, cometidos por pedófilos, e o segundo envolve valor financeiro, que é a prostituição. A psicóloga explicou que a maior dificuldade encontrada é o resgate das meninas que se prostituem e são usuárias de drogas, pois não há na região instituições que dêem conta dos dependentes químicos, já que o centro de recuperação mais próximo fica em Feira de Santana. “É preciso uma rede de articulação para a defesa das crianças”, pediu Iracema.
Segundo o advogado do projeto, Soleval Planeta, a maioria dos casos de estupros acontece em casa, cometidos por parentes ou por vizinhos. “Grande parte das vítimas são menores de 12 anos”, disse. A programação do dia nacional de luta contra a exploração sexual infanto-juvenil se encerra nesta quinta, na Casa dos Artistas, com apresentação do monólogo “A menina que queria continuar a brincadeira”. A peça trata do drama de uma adolescente de 15 anos, várias vezes estuprada pelo pai, até que engravida.

Valderico quer implantar Sistema Único de Segurança

Preocupado com o crescimento dos índices de violência na região sul da Bahia, o prefeito de Ilhéus, Valderico Reis, pretende implantar uma série de medidas – em conjunto com outros municípios – com o objetivo de prevenir e combater o avanço da criminalidade. Uma das ações em estudo é a implantação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), que dá aos municípios posição ativa na adoção de políticas nessa área.
Valderico vai discutir a proposta com os prefeitos Fernando Gomes, de Itabuna; Pedro Jackson Brandão, chefe do Executivo de Itapé e presidente da Amurc; Jarbas Barbosa, Itacaré; Sérgio Magalhães, Jussari; Dílson Argolo, Uruçuca; Mardes Monteiro, Buerarema; Marcos Dantas, Itajuípe; Zairo Loureiro, Canavieiras; e José Bispo Santos (Zé Pretinho), Una. A reunião está marcada para o dia 8 de junho, no Palácio Paranaguá, sede do governo municipal, após encontro entre o prefeito ilheense e representantes das polícias Civil, Militar e Federal, da Câmara de Vereadores, Procuradoria-Geral do Município, mini-presídio Ariston Cardoso e sociólogos.
Segundo o prefeito, na reunião de 8 de junho, será discutida a inclusão dos municípios no Susp em um projeto-piloto, baseado no diagnóstico sócio-econômico da região. “A proposta é que essas ações tenham efeito multiplicador em relação a outras cidades”, explica. Considera Valderico que o trabalho conjunto em torno de estudos sobre a criminalidade é importante para Ilhéus e Itabuna porque são dois importantes municípios da região.
Na reunião, que contou com a participação do secretário de Planejamento e Controle Orçamentário de Ilhéus, sociólogo Selem Rachid Asmar, foi abordado o envolvimento da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), para traçar um diagnóstico e criar um Núcleo de Estudos de Criminalidade. Esse núcleo, por intermédio de técnicos especializados e estudantes, elaboraria pesquisas sobre os índices de criminalidade na região, utilizando como base as estatísticas das polícias Civil e Militar.

Ilhéus bate recorde de vacinação de idosos

Ilhéus atingiu 97,5% da meta de vacinação de idosos contra o vírus da gripe. Os resultados foram comemorados pela secretária municipal de Saúde, Vera Jasmineiro, que atribuiu o excelente nível de cobertura vacinal às estratégias de intensificação dos trabalhos nas zonas urbana e rural. Com este índice, o município superou a meta estipulada pelo próprio Ministério da Saúde, que preconiza como satisfatória a imunização de, pelo menos, 70% da população de idosos. No total, foram vacinados quase 16 mil a partir de 60 anos.
Vera disse ainda que o resultado se deve ao empenho técnico das equipes da Secetaria Municipal de Saúde e ao total apoio da Prefeitura, já que todo o recurso utilizado para vacinar os idosos foi oriundo da verba municipal, a exemplo de materiais, equipamentos e locação de automóveis para o deslocamento das equipes de vacinação. Além disso, merecem destaque também as ações diferenciadas que foram desenvolvidas pela Prefeitura para atingir um maior número de idosos, como a vacinação nas filas dos bancos e INSS, igrejas católicas e evangélicas.
Segundo Vera Jasmineiro, outro ponto de extrema importância foi a ampliação do período da campanha, que começou com uma semana de antecedência e foi prorrogada por mais 10 dias. A coordenadora de Vigilância à Saúde de Ilhéus, Cássia Virgínia Lima Brito, considerou o resultado extraordinário, já que nos anos anteriores, o município não conseguiu sequer atingir a meta do Ministério da Saúde.
O alto índice de cobertura vacinal já havia sido elogiado ontem (18) pelo diretor do departamento estadual de Vigilância Epidemiológica (Divep), Edgar Cruzoé. Ele afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde vem desenvolvendo as estratégias corretas na área epidemiológica, tanto na vacinação como no combate a endemias, a exemplo da dengue, tuberculose e hanseníase.

ASCOM – AMURC

Ilhéus debate ações que visam a modernização da gestão administrativa;

Pedrão beneficia população com o programa “Nossa Sopa”;

Painel sobre previdência chama atenção do público do 2º Fórum de Gestão Municipal.

Ilhéus debate ações que visam a
modernização da gestão administrativa

Durante o 2º Fórum de Gestão Municipal, promovido pela Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), ocorrido em Ilhéus, foram realizados outros painéis e oficinas, dentre eles destacam-se o “Melhores práticas” que apresentou diversos programas de cunho social e habitacional, de cooperação técnico e de gestão administrativa, que foram oferecidos pela Caixa Econômica e que podem ser desenvolvidos nos municípios, através de convênios.

Dentro do Programa de Desenvolvimento Municipal, do 2º Fórum, técnicos da Caixa Econômica apresentaram o Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros, que contempla ações que visam a modernização da gestão administrativa e fiscal, tais como capacitação de técnica e gestores municipais, implementação de ações e sistemas destinados ao controle da arrecadação, atendimento ao cidadão, comunicação de dados, controle financeiro, recursos humanos, consultorias, aquisição de equipamentos de informática, infra-estrutura e geo-processamento, que possibilita ao município a elaboração e implementação de plano diretor, cadastro multifinalitário e planta genérico de valores.

Para o atendimento aos cidadãos, a Caixa dispõe de ampla rede de atendimento, com funcionários capacitados para prestar informações sobre a instrução de pleito junto ao sistema de técnicas nacionais, para a obtenção de autorização de contratação, elaboração de projeto e apoio aos municípios pós-contratação. O programa destina-se ao fortalecimento às administrações municipais, financiando e apoiando ações voltadas para a modernização da gestão administrativa e fiscal dos municípios brasileiros.

QUALIDADE DE VIDA – No decorrer da oficina denominada de “Política social”, a assistente social Maria Zélia de Brito, coordenadora estadual de prestação continuada, fez um trabalho com base nos diversos programas que podem ser implementados nos municípios, tendo sempre como meta a qualidade de vida das comunidades.

Pedrão beneficia população
com o programa “Nossa Sopa”

Quinhentas pessoas estão sendo beneficiadas com o programa “Nossa Sopa”. Distribuída pela Prefeitura de Itapé, através de convênio firmado entre a Sra. Isabel Carolina Loureiro Souto, primeira-dama do estado e presidente das Voluntárias Sociais da Bahia, e pelo padre Clodoveo Piazza, secretário de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais, essa iniciativa atende principalmente as famílias carentes que vivem em exclusão social. As pessoas que moram nos bairros Luiz Viana Filho e Cândido Bispo e no alto do Socorro recebem o alimento duas vezes por semana – às terças e quintas-feiras. Elas foram cadastradas previamente pela secretaria municipal de Assistência Social. A sopa é misturada com quantidade exata de água e não pode ser requentada.

Sobre a importância do “Nossa Sopa” em Itapé, o prefeito Pedro Jackson Brandão (Pedrão) considera que o programa atua no combate à desnutrição porque produz uma sopa de alto teor nutritivo. “As pessoas que tiverem o número superior a três faltas consecutivas serão excluídas do programa e automaticamente serão substituídas por outras que historicamente têm o mesmo perfil de vida”, garante a secretária Maria Cristina Santos. Podem tomar a sopa crianças acima de 2 anos e pessoas que têm de pressão arterial alta, “pois o alimento é muito forte. O seu consumo tem que ser feito no mesmo dia”.

Para a dona de casa Eliene Francisco Santos, mãe de quatro filhos, que mora no bairro Luiz Viana Filho, periferia da cidade, foi uma idéia muito importante do governador Paulo Souto e de Pedrão em ajudar na alimentação de pessoas carentes que não têm dinheiro para comprar comida todos os dias. “Aqui no meu bairro a maioria dos moradores é pobre. Essa ajuda com certeza vai melhorar a vida de muita gente que tem uma família numerosa”.

Também a dona de casa Marilene Ferreira Santos – que tem uma família numerosa, 11 filhos –, que mora rua D, número 10, no mesmo bairro, está feliz. “Graças a Deus, a Pedrão e aos amigos políticos que estão sempre aqui em Itapé, agora os meus onze filhos vão poder tomar sopa e ficar mais saudáveis. Essa sopa deveria está aqui há mais tempo. Muitas vezes os filhos da gente dormem sem tomar café e essa sopa veio na hora certa. O prefeito é um homem de palavra e cumpre o que promete”.

Outra dona de casa, Luciene Santos de Souza, mãe de três filhos, que mora rua Boa Vista, acredita que a sopa vai beneficiar as pessoas carentes que contavam com ajuda de alguns vizinhos e parentes solidários que sempre nas horas de muito aperto têm forças suficientes para repartir o que tem em suas geladeiras com seu semelhante. “Estou contente em ser beneficiada com a sopa trazida do governo do estado por Pedrão para Itapé e sei que muitas pessoas vão poder alimentar melhor os seus filhos que agora já podem dormir de barriga cheia. Graças a Deus que Pedrão tem um grande coração, é muito simples e atencioso com a gente”.

Painel sobre previdência chama atenção do
público do 2º Fórum de Gestão Municipal

A abordagem de questões relacionadas com a previdência social foi o painel que mais despertou o interesse do público no 2º Fórum de Gestão Municipal, evento promovido pela Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), em parceria com a Caixa Econômica, Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e secretaria estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. A gerente nacional de Previdência para Estados e Municípios da Caixa, Adriana Lúcia Ricaldoni Penna, chamou a atenção dos gestores para a necessidade de se fazer os cálculos antes da implantação de um regime próprio de previdência em seus municípios.

A especialista apresentou um quadro com os regimes de previdência que vigoram atualmente, a exemplo do sistema de previdência geral do INSS, o de previdência própria e outro referente à complementação de aposentadorias. Lembrou que das últimas reformas da Previdência Social ocorridas no país, dando enfoque especial para o déficit que o setor amarga, podendo a sofrer total estrangulamento em suas contas. “A previdência é um dos assuntos mais debatidos no país e no mundo, tendo em vista as dificuldades para se estabelecer sistemas que venham a corresponder com as contas dos governos”.

CUIDADO – Na sua visão, antes de implantar um sistema de aposentadoria é fundamental ter o cuidado de fazer avaliação atuarial e ter boa base cadastral, no sentido de evitar que os custos de previdência sejam desastrosos para os cofres públicos. Entende que para que o sistema tenha sucesso é preciso levar em consideração o perfil demográfico dos servidores públicos, o demonstrativo ao longo do tempo, custo suplementar, déficit previdenciário, custos dos outros benefícios, possibilidade de aposentadorias e pensões para os próximos anos e auxílio de beneficio de risco.

A seu ver, para se criar um regime próprio de previdência deve-se elaborar projetos de lei com bases legais, estrutura administrativa para gestão, além de autarquia que deverá ser fiscalizada por conselho previdenciário. Garante que “a autarquia deve possuir equilíbrio econômico e financeiro atuarial. E para a manutenção do sistema próprio de previdência é necessário que esteja de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, ter transparência e em conformidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias”.

II Seminário de Econegócios da Mata Atlântica começa dia 20 de junho

Sintonizados com as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU (Organização das nações Unidas), que compreendem Garantir a Sustentabilidade Ambiental e Parcerias Mundiais para o Desenvolvimento, o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a UMA (Universidade Livre da Mata Atlântica) e a Icontent (empresa da Rede Bahia), realizam o ‘II Seminário de Econegócios da Mata Atlântica’, que acontece no dia 20 e 21 de junho, no Centro de Convenções Luis Eduardo Magalhães, em Ilhéus. O evento reúne um grupo de alto nível, composto por representantes de governos, instituições internacionais, universidades, empresas e ONGs para discutir na região produtora de cacau da Mata Atlântica do Estado da Bahia (Município de Ilhéus), novos instrumentos de negócios sustentáveis, que garantam a preservação (com a geração de ocupação e renda) e a melhoria de qualidade de vida das populações. Ao final do evento, será elaborado um documento pelos presentes, denominado ‘Declaração de Ilhéus’, que será encaminhado à ONU, relatando a situação atual das Comunidades Atlânticas da região e trazendo ainda, sugestões de ações a serem adotadas para atingir as Metas do Milênio.

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Novos tratamentos podem trazer alívio para incontinência urinária

“Tudo começou depois dos partos dos meus filhos. Eu não podia tossir, carregar peso, ficar com a bexiga cheia nem dar risada. Me incomodava muito. No ano passado, ficou incontrolável. Tinha que usar absorvente para não me molhar.” Causado por uma incontinência urinária (perda involuntária de urina), o incômodo relatado pela enfermeira Alice Ishizawa, 54, repete-se com muitas mulheres. Estima-se que entre 15% e 30% delas sejam acometidas pelo problema em algum momento da vida.
Após a menopausa, esse número sobe para quase 50%. “É um problema de saúde pública”, diz o urologista Paulo Palma, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e autor do livro “Uroginecologia Ilustrada” (editora Roca).
Cirurgias, medicamentos e seções de fisioterapia são os tratamentos mais utilizados atualmente. Agora, várias novidades nessa área estão chegando ao Brasil.
Uma delas é o marca-passo de bexiga, ou neuromodulador, indicado para pacientes com incontinência urinária de urgência -caracterizada por vontade constante de urinar e incapacidade de segurar a urina- que não se adaptam ao tratamento com medicamentos. Além de serem ineficazes em algumas situações, os remédios para esses casos podem gerar efeitos colaterais como boca seca e prisão de ventre. “Quando o tratamento não dá certo, chega uma hora em que a única opção é fazer uma cirurgia grande na bexiga. O marca-passo entra nessa lacuna”, diz o urologista Luis Seabra Rios, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – Secção São Paulo.

Usado na Europa e nos EUA, o neuromodulador já tem aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e, segundo a Medtronic, empresa fabricante, deve chegar ao país no próximo mês.

A incontinência de urgência também pode ser tratada com um recurso usado há cerca de dois anos em alguns consultórios e hospitais brasileiros: a aplicação de botox. Injetada na parede da bexiga, a toxina botulínica paralisa parcialmente os músculos da chamada “bexiga hiperativa”, que se contrai fora de hora.

Assim como nos tratamentos estéticos com a substância, devem ser feitas reaplicações periódicas (de seis em seis meses, em média).

Outra novidade, desta vez para tratar incontinência urinária de esforço (perda involuntária de urina por movimentos como tossir, rir ou subir escadas), é a duloxetina. Trata-se do primeiro medicamento para o caso -cirurgia e fisioterapia eram as saídas até hoje. A substância já é usada contra a depressão, mas, para tratar a incontinência urinária, deve ter dosagens diferentes. Testes clínicos para a nova indicação já foram feitos na Europa e nos EUA e estão em andamento no Brasil.

A manicure Clarice Souza Bezerra, 51, é uma das pacientes que testam a duloxetina. Ela ia ser operada quando foi chamada para participar da pesquisa. “Por enquanto, está dando certo. Antes eu não podia nem espirrar que já escorria tudo. Se eu ficasse uma hora sem ir ao banheiro, ficava muito apertada”, conta.

Segundo o laboratório Lilly, que comercializa a substância, o remédio está em fase de aprovação pela Anvisa e deve começar a ser vendido no fim de 2005 ou no início de 2006.

Mesmo quando é preciso recorrer a cirurgias, técnicas menos invasivas estão sendo desenvolvidas. A colocação dos “slings” (fitas usadas como uma espécie de tipóia para segurar a bexiga) já é feita de forma menos agressiva. “No passado, era feita uma incisão tipo cesariana, bem ampla. Agora, essa grande cirurgia transformou-se num procedimento minimamente invasivo e ambulatorial, por via transobturatória. A paciente pode fazer de manhã e ir para casa à tarde”, diz o urologista Paulo Palma.
Para ele, uma das desvantagens dos novos tratamentos, principalmente o marca-passo, é o alto custo.

“É equivalente a um marca-passo cardíaco, mas esse já é coberto pelo SUS e pelos seguros. O de bexiga ainda não.”

Apesar de já haver pesquisas mostrando a eficácia dos novos tratamentos, Luis Seabra Rios recomenda cautela. “Para avaliar técnicas contra a incontinência urinária, é preciso ter estudos de, no mínimo, três anos. O ideal são cinco anos. Isso porque a tendência é que elas percam resultado com o tempo. Mesmo que o paciente fique bem logo depois, dali a algum tempo ele pode voltar a ter os sintomas”, diz.

Menopausa pode desencadear ou piorar sintomas da incontinência

A incontinência urinária não atinge apenas as mulheres: os homens também podem sofrer com ela, principalmente os de idade mais avançada e os que tenham passado por cirurgias como a prostatectomia radical (retirada total da próstata). No entanto, o organismo da mulher é muito mais susceptível ao problema.

“O mecanismo de resistência uretral é mais frágil na mulher. Isso porque a musculatura e os componentes do esfíncter são mais fracos. Anatomicamente, elas são mais propensas a ter incontinência urinária.”, afirma o urologista e especialista em uroginecologia Rogério Simonetti Alves, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Com a chegada da menopausa, a falta de estrógeno pode desencadear ou piorar os sintomas. “Vários dos elementos que são responsáveis pela continência, como os ligamentos e a própria vascularização do assoalho pélvico, são estrógeno-dependentes. Quando a mulher entra na menopausa, essas estruturas se ressentem”, explica a endocrinologista Dolores Pardini, chefe do ambulatório de endocrinoclimatério da Unifesp.

Quem fuma ou está acima do peso e mulheres que tiveram parto normal também têm mais chance de ter o problema. “A própria gravidez pode causar a incontinência, pois provoca sobrecarga sobre o períneo”, diz a ginecologista e especialista em uroginecologia Miriam Waligora, do hospital Albert Einstein.

Foi o que aconteceu com a estudante de fisioterapia Marilene da Silva Aguiar, 29. Grávida de sete meses, ela começou a ter incontinência urinária aos três meses de gestação. “Peguei uma gripe muito forte e, cada vez que eu espirrava, perdia urina.” Marilene melhorou com exercícios de fisioterapia. “É uma sensação muito desagradável. Ficava com medo de que acontecesse na sala de aula. Às vezes, usava uma proteção porque não queria passar por uma situação constrangedora.”

A fisioterapeuta Miriam Raquel Diniz Zanetti, que acompanha um grupo de gestantes no Departamento de Obstetrícia Fisiológica da Unifesp, diz que a sobrecarga no assoalho pélvico e a diminuição do seu tônus e da sua força muscular ocorrem, em média, da 20ª semana gestacional até seis semanas após o parto. “No pré-natal de gestantes adolescentes, em que realizamos um trabalho psicoprofilático multidisciplinar na Unifesp, observamos que a incontinência urinária é uma queixa muito comum”, diz.

De 130 gestantes entrevistadas entre 2001 e 2002 pela pesquisa, 43% disseram que haviam apresentado pelo menos um episódio de perda de urina durante a gravidez.

Incontinência não traz problemas à saúde, mas afeta auto-estima

A incontinência urinária não traz problemas graves à saúde: a dermatite amoniacal, ou assadura, é a complicação mais comum. A principal conseqüência apontada pelos médicos é o abalo na auto-estima do paciente. “Ela ataca a qualidade de vida da pessoa, que acorda muitas vezes para urinar, tem sono interrompido, cansaço crônico e alterações no humor. Isso sem contar o impacto negativo na sexualidade”, enumera o urologista Paulo Palma.

A dona-de-casa Marlene Fernandes, 57, que tem incontinência urinária desde pequena, sabe bem o incômodo que ela causa. “Quando criança e adolescente, eu evitava rir e fazer esforço. Mas era difícil, principalmente quando eu tinha filhos pequenos e precisava pegá-los no colo. É muito desconfortável”, diz ela, que só melhorou em 2004, com uma cirurgia.

A dona-de-casa Sueli Fernandes Monteagudo, 48, conta que sua filha Thissiane Fernandes Parrado, 15, chegou a levar bronca de uma professora por ter urinado na aula de flauta. A menina tem a chamada bexiga neurogênica (perda da função normal do órgão devido a uma lesão no sistema nervoso) e sofre de incontinência urinária desde os seis anos de idade. “Por mais que eu tentasse levar antes ao banheiro, na hora da aula ela perdia xixi.”

Para encontrar o tratamento certo para cada caso, é preciso identificar qual é o tipo de incontinência urinária que o paciente tem. Geralmente, isso é detectado por um exame chamado urodinâmica, em que é medida a pressão da bexiga durante o enchimento e o fluxo da urina ao sair, entre outros indicadores.

Segundo os médicos, muitas pessoas não procuram tratamento por acharem que a incontinência urinária é uma ocorrência natural do envelhecimento. “A mulher já escutava a mãe ou as tias falarem que tinham e, quando entra na menopausa, acha que é normal. A perda involuntária da urina nunca é normal e tem que ser tratada”, afirma Dolores Pardini.

Fisioterapia

Nada de remédios, cirurgias ou tratamentos invasivos. Em alguns casos, a incontinência urinária pode ser resolvida com fisioterapia. A técnica leva à cura ou à melhora em até 70% dos casos de incontinência de esforço, segundo Mirca Batista Ocanhas, fisioterapeuta do hospital Albert Einstein e do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. No caso de bexiga hiperativa, o índice é de 56%.

Segundo a fisioterapeuta Miriam Zanetti, a técnica é recomendada para os tipos de incontinência urinária em que não haja lesão ou defeito anatômico nem causas neurológicas.

Além de exercícios para fortalecer o assoalho pélvico, as seções de fisioterapia incluem técnicas como eletroestimulação (aplicação de corrente elétrica para fortalecimento muscular). A modificação comportamental –por meio do controle dos horários de urinar e de ingerir líquidos, por exemplo– também é uma parte importante do tratamento.

“A freqüência diária de urinar deve ser de seis a oito vezes. À noite, a mulher jovem não deve se levantar para ir ao banheiro. Se ela já passou da menopausa, pode urinar uma ou eventualmente duas vezes nesse período”, diz Ocanha. Segundo ela, a técnica pode ser usada em mulheres e homens.

Veja os tipos mais comuns de incontinência e os novos tratamentos

De esforço
Perda involuntária de urina ao tossir, rir, subir escadas ou levantar-se da cama, entre outras atividades. Ocorre por enfraquecimento da musculatura e dos tecidos que controlam a micção.

Por urgência
Vontade de urinar constante e incapacidade de postergar a miccção por muito tempo, o que pode causar perda de urina caso a pessoa não esteja perto de um banheiro. Pode ocorrer devido a uma bexiga hiperativa (que se contrai fora de hora) ou neurogênica (perda da função normal do órgão devido a uma lesão no sistema nervoso).

Mista
Caracterizada pelos dois tipos de incontinência anteriores.

NOVOS TRATAMENTOS

Duloxetina
Indicada para incontinência urinária de esforço. Age nos nervos que chegam à uretra, fortalecendo a contração do esfíncter e dos músculos periuretrais, responsáveis pelo controle da micção. Está em fase de aprovação no Brasil e deve começar a ser usada até o fim do ano.

Marcapasso de bexiga
Indicado para bexigas neurogênicas ou hiperativas e para retenção urinária (problemas de esvaziamento da bexiga). Foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e deve chegar ao país no próximo mês.

Botox
É aplicado na parede da bexiga hiperativa, paralisando parcialmente os músculos que se contraem fora de hora. Deve ser reaplicado após aproximadamente seis meses. Já é praticado em algumas clínicas e consultórios brasileiros.

FATORES DE RISCO
Tabagismo, obesidade, gravidez, deficiência de hormônios, cirurgia de próstata

FONTES: Dra Medtronic, Lilly, urologista Rogério Simonetti Alves, ginecologista Miriam Waligora

Atletas são os que mais sofrem com incontinência

O exercício físico pode se tornar um vilão quando se trata de incontinência urinária. Se malconduzido, ele pode sobrecarregar a musculatura do assoalho pélvico, o que aumenta a chance de a mulher apresentar o problema –a médio e a longo prazo. Isso acontece principalmente com quem se exercita muito, como as atletas profissionais.

“É impressionante a quantidade de pessoas que fazem exercícios errados”, afirma a fisioterapeuta Miriam Zanetti. Ela cita um estudo feito pela pesquisadora Ingrid Nygaard, da Universidade de Iowa (EUA), que mostrou que até 38% das mulheres que praticam atletismo e 36% das que fazem exercícios aeróbicos têm incontinência urinária.

“Atualmente, muitas mulheres freqüentam academias de ginástica. O trabalho mal acompanhado faz com que a pessoa aumente a força no abdômen, empurrando os órgãos para baixo”, diz a fisioterapeuta Mirca Ocanhas, acrescentando que os profissionais de educação física precisam conhecer melhor a área ginecológica. Segundo Ocanhas, estatísticas européias mostram que 55% das corredoras têm o problema.

A ginecologista Miriam Waligora diz que a corrida é o pior exercício nesse sentido. “É uma atividade na qual há grande impacto das vísceras sobre a pelve. Tem que aprender a contrair o períneo ao se exercitar.”

Zanetti também diz que é preciso associar as atividades da academia com exercícios perineais, que podem ser indicados por um fisioterapeuta. “Se toda vez que fizer força a mulher realizar o exercício perineal, não vai haver comprometimento da musculatura”.

FLÁVIA MANTOVANI
Folha de S. Paulo

Investimentos estrangeiros no Brasil saltam para US$ 3 bilhões em abril

O saldo de investimentos estrangeiros diretos no Brasil atingiu US$ 3,038 bilhões em abril, ante US$ 381 milhões no mesmo mês do ano passado. Em relação a março, quando o saldo foi de US$ 1,402 bilhão, houve um aumento de 116,7%.
No ano, esses investimentos somam US$ 6,527 bilhões, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central.
O resultado do mês passado, no entanto, está inflado pelo processo de operação de fusão entre as cervejarias brasileira AmBev e a belga Interbew. A troca de ações entre os minoritários das duas cervejarias somou US$ 1,4 bilhão.
O aumento dos investimentos é necessário para sustentar a retomada do crescimento econômico. Sem isso, o crescimento da demanda gerado pela expansão poderia superar a capacidade das empresas de ofertarem bens e serviços, resultando em aumento da inflação.

O BC prevê que os investimentos estrangeiros no país cheguem a US$ 16 bilhões em 2005. No ano passado, o Brasil recebeu US$ 18,166 bilhões em investimentos estrangeiros diretos, um um crescimento de 79,1% sobre o número registrado em 2003 (US$ 10,144 bilhões).

Contras externas

A conta de transações correntes do Brasil registrou um superávit de US$ 757 milhões no mês passado.

Entram nesta conta as principais transações do país com o exterior na área comercial e na contratação de serviços e transferência de renda.

Mais uma vez, o superávit comercial –saldo positivo entre as exportações e importações– contribuiu para o bom desempenho das contas externas brasileiras, com um saldo positivo de US$ 3,876 bilhões em março.

O superávit da balança comercial foi suficiente para cobrir o déficit da conta de serviços e rendas do país, que ficou deficitária no mês em US$ 3,377 bilhões. A conta de transações correntes ainda inclui as transferências unilaterais de brasileiros que moram no exterior, que no mês somaram US$ 258 milhões.

Dívida

A dívida externa brasileira estimada para fevereiro é de US$ 203 bilhões, um aumento de US$ 1,4 bilhão em relação a dezembro último. Desse total, a maior parte se refere à dívida de médio e longo prazo –US$ 182 bilhões, uma redução de US$ 721 milhões. Já a dívida de curto prazo está em US$ 21 bilhões, um aumento de US$ 2,1 bilhões.

ANA PAULA RIBEIRO
Folha Online

Protonterapia no combate ao câncer

“É difícil afirmar que a protonterapia seja a nova esperança para a cura do câncer”, disse o professor Wolfgang Schlegel, do Centro Alemão de Pesquisa do Câncer. Mesmo assim, e ainda com o sistema de saúde reticente, o alto investimento que a Alemanha faz na construção de clínicas especializadas no tratamento estampa a opinião do país sobre o método que pode contribuir para salvar a vida dos pacientes.
Atualmente operam em todo o mundo apenas quatro clínicas de tratamento integral com prótons – duas no Japão e duas nos Estados Unidos. E uma, denominada Centro Rinecker de Protonterapia, em Munique, acabou de ser inaugurada.
Trata-se do primeiro centro europeu que conta com uma equipe especializada para atender cerca de quatro mil pacientes por ano. Ela é financiada de maneira privada, mas o empreendimento deu início ao que deve se tornar uma tendência no país.

Em Colônia, na Renânia do Norte-Vestfália, uma nova clínica já teve a sua planta implementada. Ela custará 180 milhões de euros e ficará pronta em 2007.

“Naturalmente depositamos grandes esperanças neste tipo de tratamento, mas certamente não se trata de um milagre que poderia vencer completamente este mal. Os avanços da oncologia são pequenos passos que estão somando, e a protonterapia, sem dúvida, é um passo muito significativo”, afirmou o professor Schlegel.

Faltam testes

Ainda não há estudos clínicos suficientes que permitam conhecer todos os tipos de tumores em que os prótons podem dar bons resultados. E, de acordo com o pesquisador, tal técnica ainda não tem aplicação ampla devido ao seu alto custo, que pode ser até 15 vezes maior do que o das terapias convencionais.

Ao mesmo tempo, Schlegel revela que o sistema de saúde alemão ainda não tem condições de assumir tais custos sem estatísticas que comprovem a eficácia da técnica.

“Nos Estados Unidos isso se faz com mais rapidez, mas na Alemanha o caminho é mais complicado e ele avança com lentidão”, comentou. Com isso, o prejudicado acaba sendo o paciente – a protonterapia reduz ao mínimo o risco de surgimento de tumores secundários no tratamento de crianças e adolescentes, por exemplo.

Na opinião do engenheiro Detlef Krischel, diretor da empresa de tecnologia Accel Instruments, de Bergisch Gladbach, que produz um acelerador de prótons, o problema está no custo dos equipamentos.

“A protonterapia não se aplica a um número maior de pacientes por causa do alto custo dos equipamentos, que chegam a 150 milhões de euros cada um”, explicou.

A protonterapia

É um ramo da medicina nuclear aplicado no tratamento de tumores malignos. Sua história teve início em 1954, quando o físico norte-americano Robert Wilson propôs o seu uso na medicina.

Desde então, 40 mil pacientes já foram submetidos ao tratamento. Os prótons, núcleos dos átomos de hidrogênio, possuem alta carga energética e podem atravessar a pele e os tecidos quase sem gerar danos, até atingir o tumor. Eles transitam a 60% da velocidade da luz (180 mil km/s) e destroem as células cancerígenas.

Deutsche Welle

Taxa do cheque especial deverá ultrapassar 160%

Após esfriarem em março, as taxas ao consumidor e às empresas subiram em abril, reflexo da elevação dos juros básicos definida pelo Copom no mês passado.
A alta dos juros básicos anunciada ontem –foi o nono mês seguido de aumento– deve pressionar mais um vez as taxas finais, diz a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Os juros médios do cheque especial foram de 158,90% para 159,48% ao ano de março para abril. Após a alta da Selic, a taxa deve alcançar 160,05% anuais.
Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac, classificou a decisão do BC como “inoportuna, desnecessária e equivocada”.

Oliveira explica que o reflexo na ponta só não é maior porque já há deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas do consumidor.

No caso do empréstimo pessoal, as taxas subiram de 275,24% anuais em março para 284,21% anuais no mês passado. Com a nova Selic, a taxa vai bater nos 285,05% anuais.

Para empresas, a taxa anual do capital de giro saiu de 64,22% em março para 64,97% em abril –foi agora para os 65,35%.

Folha de S.Paulo

Quase todas as pequenas empresas brasileiras são informais, diz IBGE

A economia informal responde quase pela totalidade das pequenas empresas brasileiras, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na Ecinf 2003 (Economia Informal Urbana). O estudo feito em parceria com o Sebrae traça um retrato da informalidade no país.
O número de pequenas empresas no país alcança 10,525 milhões –forma consideradas nesse caso as empresas não-agrícolas com até cinco empregados. Desse total, 98% fazem parte do setor informal, o equivalente a 10,335 milhões de empresas.
Em 2003, a economia informal gerou R$ 17,6 bilhões de receita e respondeu por um quarto das contratações de trabalhadores não-agrícolas no país.
As empresas informais empregam cerca de 13 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores por conta própria, pequenos empregadores, empregados com e sem carteira de trabalho assinada e trabalhadores não-remunerados.

Grande parte das vagas criadas no setor informal pertence a trabalhadores por conta própria (69%), 10% são empregados sem carteira assinada, 10% são empregadores e 6% trabalham com carteira assinada. Existem também 5% de não-remunerados. É o caso de filhos que trabalham com os pais no preparo de alimentos para vender em barracas ou feiras, por exemplo.

Em relação à última edição da pesquisa, em 1997, houve um crescimento de 9% no número de empresas informais. O número de postos de trabalho cresceu 8% neste período.

Metodologia

A pesquisa Ecinf abrange todos os domicílios situados em áreas urbanas do país. Esta é a segunda edição da pesquisa em âmbito nacional, a primeira foi realizada em 1997. O trabalho é resultado da parceria do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com o Sebrae.

O estudo procura identificar os proprietários de negócios informais: trabalhadores por conta própria e pequenos empregadores, com 10 anos ou mais de idade, ocupados em atividades não-agrícolas e moradores em áreas urbanas.

O ponto de partida da pesquisa é a unidade econômica, entendida como unidade de produção, e não o trabalhador individual ou a ocupação exercida. Fazem parte dessa categoria as unidades econômicas não-agrícolas que produzem bens e serviços com o principal objetivo de gerar emprego e rendimento para as pessoas envolvidas.

Segundo o IBGE, a ausência de registros não serve como critério para a definição da informalidade. Para o instituto, a informalidade está relacionada ao modo de organização e funcionamento da unidade econômica e não ao seu status legal ou às relações que mantém com as autoridades públicas. Como existem diversos tipos de registro, o instituto afirma que o critério não serve para comparações históricas e internacionais e pode levantar resistência junto aos informantes.

De acordo com os critérios da pesquisa podem pertencer ao setor informal todas as unidades econômicas de propriedade de trabalhadores por conta própria e de empresas com até cinco empregados, moradores de áreas urbanas. O trabalho pode ser a ocupação principal dos proprietários ou secundária.

Desta forma, a pesquisa exclui os moradores de domicílios rurais que exercem atividades não-agrícolas, como artesanato, pequena indústria alimentar, confecção e serviços.

80% das empresas informais têm só uma pessoa ocupada, diz IBGE

A maior parte dos empreendimentos informais continua a ser formada por trabalhadores por conta própria que exercem sua atividade sozinhos. Essa é uma das conclusões da pesquisa Ecinf (Economia Informal Urbana) divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados da pesquisa são referentes ao ano de 2003.

Segundo a pesquisa, 95% das empresas informais têm um único proprietário e 80% dispõem de apenas uma pessoa ocupada. Apenas 12% dos proprietários de empresas são pequenos empregadores, a grande maioria (88%) é formada por trabalhadores por conta própria.

As empresas que contavam com um único proprietário pertenciam em sua maioria aos trabalhadores por conta própria (89%). Entre as empresas com dois ou mais sócios, a participação dos trabalhadores por conta própria cai para 68%.

As atividades econômicas preponderantes entre as empresas informais são comércio e reparação (33%), construção civil (17,5%) e indústria de transformação e extrativa (16%).

Entre as pequenas empresas ligadas à atividade de construção civil, 99,8% eram informais. A segunda maior proporção de empresas informais foi verificada nos serviços coletivos, sociais e pessoais: 99,3%.

35% das empresas informais funcionam na própria casa, diz IBGE

A pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre economia informal mostra que apenas 65% das empresas informais desenvolvem suas atividades fora do domicílio. O resultado é influenciado pelo peso das atividades de comércio e construção civil.

Entre as empresas informais, 27% funcionam exclusivamente no domicílio do proprietário e 8% funcionam no domicílio e fora dele.

O grupo de atividades comércio e serviços tem participação de 33% entre as empresas informais. Neste grupo, 62% das empresas funcionam somente fora do domicílio e 12% dentro e fora da residência do proprietário.

Entre as atividades representadas no grupo comércio e serviços e que funcionavam fora do domicílio, 44% são feitas em lojas ou oficinas, 28% em vias públicas, 23% no domicílio do cliente e 5% em outros locais.

A pesquisa mostra também que caiu o número de empresas de empregadores que funcionavam apenas fora do domicílio. Em 1997, elas representam 82%; em 2003 este percentual caiu para 79%. A mudança é resultado do aumento da parcela de empresas que funcionam tanto no domicílio do proprietário quanto no do cliente.

Segundo o IBGE, aumentou a participação dos empreendimentos que funcionam no domicílio do cliente com queda na participação dos que funcionam em lojas e oficinas nas empresas de empregadores. No caso das empresas de conta própria, o IBGE destaca o aumento da proporção de empreendimentos em veículos e um aumento dos que funcionam em via pública, como camelôs e pessoas que vendem produtos em barracas.

Número de empresas informais lucrativas tem forte queda, diz IBGE

O percentual de empresas informais lucrativas passou de 93% para 73% em apenas seis anos, revela a Ecoinf (Economia Informal Urbana), pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados da pesquisa são referentes ao ano de 2003.

Segundo o instituto, a queda na lucratividade foi causada principalmente pela redução significativa no lucro médio real dos empreendimentos de trabalhadores por conta própria. As empresas de empregadores mantiveram o mesmo patamar de lucros. A receita média mensal obtida pelos empregadores, de R$ 6.033, é cinco vezes superior à obtida por empresas de trabalhadores por conta própria, de R$ 1.164.

As empresas de comércio e reparação são a maioria entre as lucrativas, com participação de 36%.

Uma parcela significativa das empresas por conta própria (22%) apresenta renda mensal de R$ 501 e R$ 1.000. Entre os empreendimentos de empregadores, o faturamento foi maior em 2003: 63% das empresas apresentaram uma receita mensal superior a R$ 2.000.

Apesar da queda no rendimento, 16% das empresas do setor informal fizeram investimentos ou aquisições nos 12 meses anteriores à pesquisa. Os recursos para financiar estes investimentos, no entanto, vieram em sua maioria (70%) de lucros de anos anteriores.

A procura por crédito entre as empresas informais é baixa: apenas 7% utilizaram empréstimos bancários para viabilizar os investimentos. Entre as que procuram o sistema financeiro, 24% exercem atividades de transporte, armazenagem e serviço.

Segundo o IBGE, o resultado mostra que houve uma redução não só na quantidade de empresas lucrativas, como também nos próprios lucros obtidos. Aumentou, no entanto, a proporção das empresas que fizeram investimentos usando lucros de anos anteriores. Em 1997, este percentual era de 62%. O valor real dos investimentos caiu em relação a 1997 tanto para as empresas de trabalhadores por conta própria quanto nas de empregadores.

53% das empresas informais não têm registro contábil

A pesquisa sobre a Economia Informal Urbana divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que 53% das empresas informais brasileiras não têm nenhum tipo de registro contábil. Em 36% das empresas do setor, os proprietários cumprem o papel de contador. Os dados são referentes ao ano de 2003.

Na comparação com a primeira edição da pesquisa, em 1997, há um acréscimo no número de empresas que não contam com qualquer tipo de registro de sua contabilidade. Em 1997, este grupo representava 46% do total.

A ausência de registros reflete majoritariamente a opção das empresas de trabalhadores por conta própria. Para estas empresas, o percentual das que não registram nada é de 57%. Entre os empreendimentos de empregadores, apenas 21% não declaram os ganhos.

O registro contábil é mais freqüente entre as empresas de comércio e reparação, que representam 33% do setor informal no país. Neste segmento, o percentual de empresas que registram sua movimentação financeira é de 54% para as empresas de conta própria e de 50% para as de empregadores.

Apesar disso, o acompanhamento e o controle efetivo das movimentações realizado por um contador só é uma realidade hoje para 10% das empresas conta própria e 59% das de empregadores.

O consumidor de produtos informais tem uma boa margem de barganha no fechamento de preços. A negociação com os clientes é a maneira de determinar os preços dos produtos para 40% do total das empresas informais, independente do ramo de atuação. Apenas 27% consideram o custo de produção acrescido de uma parcela fixa para formação de preços.

A concorrência guia a formação de preços de 45% das empresas de serviços coletivos, sociais e pessoais e 44% das empresas de serviço de alojamento e alimentação.

Sem sindicato

A grande maioria das empresas informais (89%) não participa de sindicatos ou de órgãos de classe. A única exceção fica por conta das atividades de educação, saúde e serviços sociais.

O universo de reivindicações deste tipo de empresa é bastante restrito: a maioria não tem constituição jurídica, não tem licença municipal ou estadual e não conta com o apoio de um órgão de classe.

Entre as empresas do setor informal, 88% não possuem constituição jurídica, o chamado CNPJ. Quase todas as empresas (93%) de trabalhadores por conta própria não têm este registro. Entre os empregadores, o percentual é de 56%. Neste caso, o percentual é proporcional à renda: 72% das que não têm CNPJ apresentam receita média de até R$ 1.000; entre as que contam com o registro, 93% apresentam receita mensal superior a R$ 2.000.

Licenças municipais ou estaduais estão fora do cotidiano de 74% das empresas informais. Este padrão oscila de acordo com a atividade. Para as empresas de transporte, armazenagem e comunicação, o percentual é de 58%. Entre os empreendimentos de educação, saúde e serviços sociais, as sem licenças representam 52%. Aproximadamente 90% das empresas informais não têm registro de microempresa.

Somente 2% das empresas informais tinham aderido ao Simples em 2003, a maior parte era formada por empresas de comércio e reparação (53%). Segundo o IBGE, é preciso levar em conta que nem todas poderiam optar pelo sistema dadas as limitações quanto à receita anual, a atividade desenvolvida e o fato da empresa ter registro.

Entenda a metodologia da pesquisa de informalidade do IBGE

A pesquisa Ecinf (Economia Informal Urbana) abrange todos os domicílios situados em áreas urbanas do país. Esta é a segunda edição da pesquisa em âmbito nacional, a primeira foi realizada em 1997. O trabalho é resultado da parceria do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com o Sebrae.

O estudo procura identificar os proprietários de negócios informais: trabalhadores por conta própria e pequenos empregadores, com 10 anos ou mais de idade, ocupados em atividades não-agrícolas e moradores em áreas urbanas.

O ponto de partida da pesquisa é a unidade econômica, entendida como unidade de produção, e não o trabalhador individual ou a ocupação exercida. Fazem parte dessa categoria as unidades econômicas não-agrícolas que produzem bens e serviços com o principal objetivo de gerar emprego e rendimento para as pessoas envolvidas.

Segundo o IBGE, a ausência de registros não serve como critério para a definição da informalidade. Para o instituto, a informalidade está relacionada ao modo de organização e funcionamento da unidade econômica e não ao seu status legal ou às relações que mantém com as autoridades públicas. Como existem diversos tipos de registro, o instituto afirma que o critério não serve para comparações históricas e internacionais e pode levantar resistência junto aos informantes.

De acordo com os critérios da pesquisa podem pertencer ao setor informal todas as unidades econômicas de propriedade de trabalhadores por conta própria e de empresaes com até cinco empregados, moradores de áreas urbanas. O trabalho pode ser a ocupação principal dos proprietários ou secundária.

Desta forma, a pesquisa exclui os moradores de domicílios rurais que exercem atividades não-agrícolas, como artesanato, pequena indústria alimentar, confecção e serviços.

JANAINA LAGE
Folha Online

Sem festa, mas funcionando

Não há mais justificativa plausível para a UTI do São José permanecer fechada. A precária estrutura física e os equipamentos quebrados que serviram como principal motivo para o seu fechamento em janeiro, foram recuperados e bancados pela própria direção da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus há pelo menos 90 dias. O treinamento dos médicos e funcionários – que seria o segundo grande passo para a reabertura – já aconteceu semana passada. O apoio financeiro para garantir gratuitamente os seus leitos à população carente de Ilhéus acaba de ser anunciado pelo prefeito Valderico Reis.
Somente uma coisa pode justificar a demora para a volta do serviço na UTI do São José: a UTI do Hospital Geral Luiz Vianna Filho ainda não está pronta e a festa com direito a fogos de artifício não pode acontecer pela metade.
Os governos do Estado e Municipal querem construir, com a inauguração simultânea das duas UTIs, um gesto de grandeza, de presença contínua e ações públicas rápidas, num momento em que, principalmente o Estado, se mostra ausente de Ilhéus. Já o governo municipal não pode perder a oportunidade de construir “o quanto pior, melhor”. De lembrar “o caos administrativo deixado pela administração anterior”, mesmo que para isso custe um angustiante período de cinco meses sem este importante serviço. Inaugurar com festa um serviço que já faz tanta falta à população é uma forma de dizer à cidade que os seus governos estão atentos às suas principais necessidades, mesmo que, na prática, muitas vezes não estejam.

Sob o ponto de vista do marketing, é perfeito. Na prática do respeito à cidadania, não. Há um fato importante a ser levantado. Não se brinca com vida. Repito: não há mais justificativa plausível para a UTI do São José permanecer fechada. A não ser a festa que querem fazer com a sua reabertura. O problema é que enquanto se aguarda a conclusão da UTI do Luiz Viana e se prepara o “momento cívico” da inauguração simultânea dos 14 leitos presenteados pelo Estado, inúmeras pessoas perdem a vida por falta deste atendimento na cidade. E isso é, na minha opinião, um ato criminoso.

A UTI do São José precisa ser reaberta imediatamente porque não há mais motivos técnicos para mantê-la fechada. Só políticos. A população clama pelo serviço, porque este é fundamental para salvar vidas. Porque não se sabe quantos doentes, a partir de hoje, resistirão aguardar pela comemoração que ora se planeja mas que ainda não tem dada para ser realizada. Até porque como alguém disse um dia, “a vida é uma festa. A gente chega depois que começou e sai antes que acabe”. UTI funcionando sem festa é mais importante do que uma comemoração grandiosa diante de inúmeras mortes anunciadas e dos leitos que poderiam salvar vidas, vazios.

Maurício Maron (maron@click21.com.br), jornalista

Ibec amplia ações e anuncia nova parceria com a Unifacs

A implantação e o funcionamento dos cursos de MBA em Gestão Empresarial, de Capacitação em Gestão Pública, de Capacitação em Turismo e Hospitalidade e do Programa de Capacitação Docente, que, juntos, atendem a cerca de 250 profissionais do mercado regional, já colocam o Instituto Brasileiro de Educação Cultura e Turismo (Ibec) como um dos mais eficientes centros de formação e capacitação da Bahia. Inaugurado em fevereiro, o Ibec é, segundo o seu diretor, Reinaldo Soares dos Santos, um centro de referência no desenvolvimento intelectual, científico e administrativo que funciona em parceria com outra importante instituição da área, o Instituto Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (ISEPE), de Curitiba (PR), propiciando soluções para os problemas regionais, contribuindo assim, para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

“Nas próximas semanas estaremos ampliando o nosso raio de ação”, revela Reinaldo Santos, anunciando uma outra importante parceria com a Unifacs, de Salvador, nos cursos de Normal Superior, Letras e Matemática. “É uma espécie de curso à distância, com um sistema de aprendizado denominado de ´Telesala´, onde os alunos são acompanhados em sala de aula por um tutor com pós-graduação na área”, explica. Segundo, Reinaldo Santos, o material didático é disponibilizado pela Unifacs, que também será responsável pela certificação do curso. Além disso, estão sendo planejados para os próximos meses, cursos de pós-graduação em educação física e metodologia em ensino de História e Geografia, que serão ministrados em Eunápolis, extremo sul da Bahia. Para Porto Seguro, o Ibec anuncia um outro curso em pós-graduação na área de Administração em Saúde Pública.

Em Ilhéus, o Ibec abriu inscrições esta semana, para novos cursos de capacitação para “Elaboração de Monografias” e “Elaboração de Projetos Para Mestrado”. Os interessados podem obter maiores informações no site www.ibecbr.com.br ou na sede do instituto, localizada no centro histórico, Av. 02 de Julho Nº 1039, em Ilhéus. Toda a equipe docente do Ibec é formada por especialistas, mestres e doutores das mais importantes universidades brasileiras.

Colo Colo convoca torcida e promete superação

O Colo Colo promete superação. Mas em troca quer o apoio incondicional da sua torcida, domingo, no estádio Mário Pessoa, quando enfrentará o rival Itabuna, a partir das 4 da tarde. O “tigre” depende de uma vitória contra o azulino, no Clássico do Cacau, para continuar com chances de classificação para a próxima fase do Campeonato Baiano do Interior. “São em momentos como este que uma vitória permite o grupo crescer. Trabalhamos a semana inteira com o objetivo de superar a má fase e mesmo respeitando o adversário, vamos em busca do resultado que nos interessa. A qualquer custo”, disse o artilheiro Guga. Até a rodada desta quarta-feira, o Colo Colo ocupava a vice-liderança do grupo 3. Mas os resultados da rodada foram muito desfavoráveis ao representante de Ilhéus. O Itabuna que vinha com um aproveitamento de 100 por cento perdeu em Feira de Santana para o Fluminense, por um tento a zero. O Juazeiro, que vinha logo atrás do “tigre”, ganhou por três tentos a zero para o Poções e passou a ocupar a terceira colocação. Num grupo de cinco times, o Colo Colo chega às vésperas do clássico, em quarto lugar, à frente apenas do “lanterna” Poções.
Depois de um início de semana tumultuado, com boatos não concretizados da demissão do treinador Ado Alves, que em cinco jogos ganhou apenas dois, o Colo Colo manteve-se em silêncio. Durante os trabalhos no estádio Mário Pessoa, o grupo preferiu eleger o meia Guga – jogador mais experiente do elenco – como uma espécie de porta-voz. A diretoria manteve conversas “a porta fechada” com o grupo e pediu mais empenho. O treinador Ado Alves vai manter suspense sobre o time que começará jogando, mas, diante da queda de produção do time considerado titular, pode surpreender e lançar jogadores oriundos da divisão de base – que vêm treinando forte à espera de uma chance. “Escalo o time no vestiário”, já disse. O retorno do clube à sua praça esportiva, o estádio Mário Pessoa, também serve como um estímulo a mais para o “tigre”. “Se a torcida comparecer as nossas chances aumentam muito”, reconhece Guga, que é vice-artilheiro da competição, com três gols.

Brasileiro trabalha até 20 de maio só para pagar impostos do ano

O brasileiro terá de trabalhar até sexta-feira, dia 20, para pagar impostos e contribuições federais, estaduais e municipais neste ano.
Estudo do IBPT (Instituto Brasileiro do Planejamento Tributário) mostra que houve um aumento de dois dias no prazo que o brasileiro trabalha apenas para cumprir suas obrigações com o fisco em relação a 2004. Já em 2003, eram quatro meses e 15 dias de trabalho só para os impostos.
Segundo o IBPT, esse período aumenta ano a ano, em linha com a trajetória da carga tributária brasileira sobre os rendimentos dos trabalhadores.
O cálculo foi feito com base no peso da carga tributária sobre o rendimento dos trabalhadores, que subiu de 36,98% em 2003 para 37,81% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2004. Para 2005, o IBPT estima que a parcela de impostos sobre salários subirá para 38,35%.
Além do período necessário para pagar impostos, o IBPT informa que o brasileiro terá mais 112 dias para pagar serviços que deveriam ser prestados pelo governo, como saúde, educação, segurança, manutenção de estradas e assim por diante.

O raciocínio é esse: até sexta-feira, o contribuinte trabalha para pagar os impostos; até 9 de setembro, trabalha para pagar o que o governo deveria oferecer como serviço público. Somente a partir daí seu salário é livremente usado para comprar alimentação, vestuário e lazer.

Folha Online

INFORMES – ASCOM – PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHÉUS

Sesab afirma que epidemia de dengue em Ilhéus era esperada;

Ilhéus terá Dia Municipal de Vacinação anti-rábica;

Ilhéus já tem programa de combate à hepatite C;

Amurc presta homenagem à secretária Luciana Reis;

Valderico reafirma compromisso de valorizar servidor municipal;

Governo quer criar “teia social” em Ilhéus.

Sesab afirma que epidemia de dengue em Ilhéus era esperada

O diretor do Departamento Estadual de Vigilância Epidemiológica (Divep), Edgar Crusoé, afirmou nesta quarta-feira (18) que a epidemia de dengue em Ilhéus “já era anunciada desde o ano passado”. Segundo o diretor do Divep, o grande avanço da doença e a proliferação do mosquito transmissor da dengue se devem à forma “precária” de controle e prevenção desenvolvida no ano passado, quando foi cumprido apenas um dos seis ciclos anuais de combate a focos do Aedes aegypti. Na opinião do técnico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), o trabalho foi “insatisfatório” e isso fez com que se “elevasse o índice de infestação do mosquito da dengue”.
“Não houve um trabalho eficiente de controle vetorial e os ciclos preconizados não foram cumpridos”, afirmou Crusoé, ao participar do encerramento do curso de apoio à gestão municipal. O diretor também condenou a política de combate a doenças endêmicas desenvolvida pelos ex-gestores municipais. Por conta da má-gestão na área epidemiológica, ainda segundo análise de Edgar, Ilhéus enfrentou um quadro epidêmico de dengue, baixa cobertura vacinal e desestruturação do serviço de combate à tuberculose.
A Secretaria Municipal de Saúde informa que 75% dos casos de tuberculose no ano passado não foram lançados no sistema de informação do SUS. Também houve um alto índice de abandono dos pacientes em tratamento, chegando a 9%. No ano passado, Ilhéus não conseguiu atingir nenhuma das metas de vacinação contra raiva animal, paralisia infantil e gripe. “Isso demonstra de forma clara a fragilidade e o sucateamento dos serviços de saúde pública”, afirma a atual titular da pasta, Vera Jasmineiro.
O diretor do Divep elogiou as estratégias usadas pelo município – em 2005 – para o controle, combate e prevenção às doenças endêmicas. “Ilhéus tem obtido sucesso em suas campanhas de vacinação”, disse Edgar, ao analisar o relatório de imunização. Na campanha contra a gripe em idosos, o município conseguiu atingir 97,5% da meta. Edgar Crusoé afirma ainda que estão corretas as estratégias de combate à dengue este ano. “Ilhéus retomou o trabalho de forma intensa e acertou nas medidas adotadas”, completou.
Suspeita de desvios
Os dados relativos ao ano passado somente reforçaram as suspeitas de má-gestão da saúde e de desvios de recursos do Programa de Combate a Endemias. O Conselho Municipal de Saúde resolveu abrir investigação para saber como e onde foi utilizada a verba destinada ao combate de doenças como a dengue e a tuberculose, no ano passado. As investigações foram abertas no mês passado a pedido dos representantes dos usuários no Conselho Municipal. De acordo com a secretaria da entidade fiscalizadora, uma comissão foi instalada e, no momento, analisa os relatórios de gestão do Programa de Combate a Endemias.
Quase toda a verba destinada a este programa é usada para o combate à dengue. No ano passado, os recursos foram de, aproximadamente, R$ 600 mil. Mas, apesar da verba, a Saúde somente realizou um ciclo de combate aos focos de proliferação da doença. O Conselho estuda até a possibilidade de convocação do ex-secretário municipal de Saúde, Paulo Medauar, e do ex-diretor de Vigilância Epidemiológica, Antônio Firmo. Eles serão convocados para explicar como e onde foi aplicada toda a verba do Programa.

Ilhéus terá Dia Municipal de Vacinação anti-rábica

O próximo sábado (21) será o Dia Municipal da Vacinação Contra Raiva Animal em Ilhéus. A data foi estabelecida pela Prefeitura Municipal para intensificar ainda mais a vacinação de cães e gatos no município. Neste dia, a vacinação será reforçada com atendimento em 35 postos fixos e nove volantes, 28 carros e 309 agentes de saúde, com a meta de vacinar 20.206 cães e gatos.
A intensificação da vacinação anti-rábica começou em Ilhéus no dia 11 de abril e vai até 3 de junho. Durante este período, a aplicação da dose da vacina está sendo feita diariamente na 6ª Dires em, durante a semana, em diversos bairros da cidade. Todas as segundas-feiras no Hernani Sá (Urbis), às terças, no Teotônio Vilela, às quartas no Iguape, quintas no Parque Infantil e no Malhado, e às sextas, no Nelson Costa. Até terça-feira (17), 87% dos animais da zona rural já haviam sido vacinados, o que corresponde a cerca de 6 mil cães e 1.500 gatos.
O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Aloísio Correia Leite, explica que a raiva é uma doença letal tanto para cães e gatos como para o homem, já que o animal infectado pode transmitir a doença pela mordida ou até mesmo através de um arranhão. Ele afirma que todos os animais com mais de um mês de vida devem ser vacinados, inclusive aqueles que receberam a dose no ano passado e as fêmeas que estiverem prenhes ou amamentando.
No sábado, as doses serão aplicadas em todas as regiões do município. Na Zona Norte, serão realizadas no Sarah I e II, Parque de Operações, Posto de Saúde do Iguape, CSU, Escola Vovô Isaac, Igreja Santa Terezinha, Corpo de Bombeiros e no Bar Família da Vila Lídia. Na Zona Oeste, a vacinação será no Centro de Saúde do Teotônio Vilela, Barro Vermelho, Igreja Assembléia de Deus, Bar Senhor Nunes, Vila Cachoeira e Vila Nazaré.
Na Zona Sul, os animais poderão ser vacinados no Colégio Cierg, Posto Herval Soledade, Centro Comunitário Nelson Costa, Posto da Urbis, Colégio Bohana, Praça da Mangabeira e Unidade Saúde da Família Nossa Senhora da Vitória I e II. No Centro, a intensificação será no CAE III (antigo Sesp), Morro São sebastião, Policlínica da Conquista, Praça Santa Rita, Alto da Tapera, Grupo Escolar Basílio, Colégio Odete Salma, no Malhado, Jupará Motos, Grupo Escolar Estado do Ceará, Posto Almiro Vinhas (avenida Princesa Isabel) e no Clube 19 de março.

Ilhéus já tem programa de combate à hepatite C

As atividades do Ministério da Saúde (MS), para identificar os casos de hepatite C de origem viral no país são marcadas em Ilhéus pelos primeiros resultados positivos do programa de combate à doença, implantado há cerca de quinze dias pela administração Valderico Reis. “Em tão pouco tempo, já fornecemos orientação a 40 pacientes, todos identificados a partir de um grupo de risco, os que foram previamente cadastrados como soro-positivos”, comemora a coordenadora de DST/HIV/AIDS do município, a médica Alba Ikuta. Ela acrescenta que, em Ilhéus, o trabalho de detecção e orientação sobre hepatite C será qualificado e prolongado, pois mais dois médicos estão em treinamento especial em Brasília, retornando às atividades na segunda-feira (23).
A coordenadora lembra que a campanha nacional do MS está chamando todos os pacientes que receberam doação de sangue antes de 1993 (quando a lei era pouco exigente com os hemocentros), pois essas pessoas constituem grupo de risco para a doença. Também os usuários de drogas injetáveis, devido ao uso de seringa contaminada, estão no mesmo grupo. De acordo com Alba Ikuta, a atual administração municipal tem promovido ações significativas quanto a esse problema de saúde pública, “a ponto de Ilhéus não mandar mais para Salvador seus pacientes com doença do fígado, que agora são tratados aqui mesmo”.
A hepatite C é uma inflamação no fígado, causada por vírus, e que pode levar à morte, após transformar-se em cirrose, sendo potencialmente mais perigosa em pacientes diabéticos ou aidéticos. A doença é quase sem sintomas, sendo freqüentes as informações e dor abdominal e olho amarelado – sendo a verdadeira identificação feita em laboratório, pela medição do nível de uma enzima chamada aminotransferase. “Em Ilhéus, estamos capacitados a diagnosticar a doença com rapidez e segurança, tantos em termos clínicos quanto de laboratório”, assegura Alba Ikuta.

Amurc presta homenagem à secretária Luciana Reis

A participação cada vez mais expressiva da mulher na política e em outros setores da sociedade foi lembrada na homenagem que a Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc) prestou à secretária de Governo de Ilhéus, Luciana Reis, nesta terça-feira (17). O fato foi registrado durante o Fórum de Gestão Municipal, organizado pela Amurc no Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, em Ilhéus. A data do fórum coincidiu com o aniversário da secretária.
Antes da abertura oficial do evento, o presidente da Amurc e prefeito de Itapé, Pedro Jackson Brandão (Pedrão), convidou a secretária à tribuna para receber a homenagem. Luciana Reis foi lembrada por seu importante papel no governo ilheense, onde tem desenvolvido um trabalho decisivo em colaboração ao chefe do Executivo, na construção de uma administração eficiente e marcada pela transparência e participação popular.
Entre outras ações, a secretária teve reconhecido o seu papel na abertura do governo à sociedade civil em suas várias instâncias representativas. “A secretária Luciana Reis mostra competência e habilidade no diálogo com os mais diversos setores. Por esse motivo, ela conquista respeito cada vez maior em sua atuação política”, disse o presidente da Amurc.
A secretária agradeceu a homenagem e conclamou os prefeitos presentes ao Fórum da Amurc a unirem esforços em prol dos interesses comuns à região cacaueira. Segundo Luciana Reis, “é preciso que todos os municípios da região estejam unidos para se fortalecer politicamente e conquistar maior respaldo em suas reivindicações”.

Valderico reafirma compromisso de valorizar servidor municipal

Ao participar de uma série de homenagens aos servidores da limpeza pública municipal, o prefeito Valderico Reis reafirmou que a valorização do funcionalismo será uma das prioridades de seu governo. Na noite da última segunda-feira (16), Valderico participou de uma solenidade em homenagem ao Dia do Gari e destacou que todos os servidores devem ser respeitados e sempre terão o seu apoio enquanto administrador do município. Atualmente a limpeza pública conta com cerca de 200 trabalhadores, 64 deles pertencentes ao quadro efetivo.
Na homenagem prestada pela Prefeitura, foram sorteados brindes e distribuídas cestas básicas para os servidores. Valderico lembrou que o serviço de limpeza é reconhecido como um dos mais eficientes do governo. “Com a colaboração de todos vocês e de um trabalho árduo de nossa equipe, a imagem de Ilhéus é outra, está mais limpa, mais bonita”, disse. A secretária de Governo, Luciana Reis, também participou das homenagens e ressaltou o esforço que o município tem feito até agora para quitar os seus compromissos em dia. “Estamos colocando as finanças em dia e quitando os salários deixados em atraso pelos ex-gestores. Isso é reconhecer o trabalho do nosso servidor”, disse.
Neste sentido, a Prefeitura também está realizando o recadastramento do servidor municipal. Segundo a secretária de Governo, a medida visa reconhecer aqueles que trabalham e coibir irregularidades cometidas por ex-gestores. O recadastramento foi iniciado em março e já detectou casos de servidores que recebem sem trabalhar. “Tínhamos gente morando em Salvador, mas que recebia como funcionário da Prefeitura”, disse. “Queremos acabar com esses absurdos para termos como valorizar quem realmente trabalha pela população”, disse a secretária.

Governo quer criar “teia social” em Ilhéus

Oferecer a associações comunitárias e Organizações Não-Governamentais os instrumentos para uma atuação efetiva no auxílio à execução de programas sociais. Esse é o objetivo da Prefeitura de Ilhéus, que deseja promover um trabalho de orientação técnica e padronização de posturas adotadas pelas entidades representativas de moradores, principalmente dos bairros mais carentes do município.
Projeto nesse sentido está sendo conduzido pela Secretaria de Assistência Social e Trabalho, que já iniciou os primeiros contatos com líderes comunitários. Uma das idéias é promover um seminário com a participação de representantes do governo e membros das associações, provavelmente no início de julho. Nessa reunião, serão discutidas formas de agregar as entidades aos programas sociais executados pelo município.
Para a titular da Secretaria de Assistência Social e Trabalho, Fátima Reis, a articulação com as associações comunitárias vai tornar mais eficiente a atuação do governo no auxílio aos mais carentes. “Por estar em contato mais direto com a comunidade, os representantes das entidades podem ajudar a identificar aqueles que necessitam de apoio”, avalia a secretária.
Desde que assumiu o governo, o prefeito Valderico Reis tem se empenhado na reativação de programas sociais como Agente Jovem, Peti e de Combate às Carências Nutricionais (Programa do Leite). Este, inclusive, deverá ser ampliado, com o aumento de 5 mil para 9 mil litros de leite distribuídos diariamente. O município também mantém uma distribuição de 4 mil pratos de sopa por dia e pretende elevá-la para 12.500 pratos.
A secretária Fátima Reis acredita que essa atuação será otimizada com a participação dos líderes comunitários, na condição de verdadeiros agente sociais. Além da ajuda direta à população que vive em situação de extrema pobreza, ela diz que o governo vai articular medidas envolvendo instituições de microcrédito, como o Credbahia e, futuramente, o Banco da Mulher, com o objetivo de estimular o surgimento de pequenos negócios e a geração de emprego e renda nas comunidades. “Nosso objetivo é ir além do papel assistencialista, criando mecanismos que realmente contribuam para melhorar a vida das pessoas nas comunidades carentes”, frisa.

Mutação pode ter aumentado perigo da febre aviária, diz OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu nesta quarta-feira que os resultados de um novo estudo indicam que o vírus da gripe aviária pode ter sofrido uma mutação no norte do Vietnã, fazendo com que a doença possa agora ser transmissível de uma pessoa para outra.
Até agora, as pessoas só têm contraído a gripe em contato com aves doentes.
Apesar das suspeitas, cientistas ainda não conseguiram provar que houve essa mutação, e a doença pode estar se espalhando mais no Vietnã simplesmente porque o vírus adquiriu características que permitem que ele seja transmitido mais facilmente de aves para humanos.
A BBC teve acesso a uma cópia das conclusões do estudo feito no norte do Vietnã, que convoca os governos a melhorar as medidas de saúde pública que estão sendo tomadas para proteger contra uma pandemia de gripe aviária.
Pandemia

Esse é o primeiro estudo detalhado da OMS sobre a possibilidade de um novo padrão de transmissão da doença.

Desde o fim de 2003, pelo menos 92 pessoas se contaminaram com a gripe ao lidar com aves.

No novo estudo, os cientistas constataram que o vírus encontrado no norte do Vietnã tem diferenças mais marcantes em sua constituição genética do que outras cepas do vírus encontradas, em outras regiões.

Segundo o correspondente da BBC Pallab Ghosh, a preocupação é que a nova forma de infecção, de um ser humano para outro, possa formar a base de uma nova ameaça global.

BBC BRASIL