O presidente da Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc) e prefeito de Itapé, Pedro Jackson Brandão (Pedrão), classificou de “duro golpe nas combalidas finanças das prefeituras” e voltou a protestar contra as sucessivas reduções de receita do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) repassada pelo governo federal. Segundo Pedrão, que se encontra em Salvador, a arrecadação municipal sofrerá no mês de junho uma diminuição de 4% em relação ao mês de abril e no mês de julho ocorrerá uma redução de 25% em relação ao mês de junho.

Ao manifestar sua preocupação, o presidente da Amurc disse que essa nova queda no repasse das cotas do imposto faz com que os municípios fiquem ingovernáveis. E para piorar ainda mais a situação crítica que passam atualmente as prefeituras, “poderemos atrasar o pagamento do salário dos servidores e funcionários contratados e fornecedores. Voltamos a apelar aos prefeitos-associados que sejam prudentes na aplicação dos recursos, pois agora estamos numa situação difícil para administrar as cidades devido aos cortes danosos nos recursos”.

CRISE NAS PREFEITURAS – Entende Pedrão que os gestores municipais vão ficar com extrema dificuldade para promover o atendimento à população. “Além da aguda crise na lavoura cacaueira provocada pela vassoura-de-bruxa, os prefeitos terão que conviver agora com outra crise financeira em suas cidades: a falta de recursos. O governo Lula tem que melhorar a participação dos municípios no bolo tributário para podermos atender melhor a comunidade com demandas crescentes nas áreas de habitação, saneamento básico, pavimentação e contenção de encostas, que são questões apresentadas todos os dias aos prefeitos que não contam com verbas suficientes para atendê-las”.