Segundo o instituto, em 1991, 32,5% dos primeiros nascimentos estavam concentrados nas mães com idades entre 10 e 19 anos. Em 2000, esta concentração superou os 38%, e atingiu 73% ao serem agregados os primeiros nascimentos de mães com idades entre 20 e 24 anos.
O IBGE afirma que há uma situação preocupante entre as mães precoces. Em 2000, no Estado de Alagoas, 18,5% das mães com idades entre 10 a 14 anos já possuíam ao menos dois filhos nascidos vivos. Em outros Estados do Nordeste e do Norte –como em Sergipe, Bahia, Pernambuco, Amapá Rondônia e Acre– o quadro da maternidade precoce se repete.
Com as informações censitárias foi possível identificar as características que diferenciam o grupo das mães jovens das mais velhas. Aquelas que deram à luz pela primeira vez com idades entre 40 e 49 anos fazem parte de um segmento populacional com alta escolaridade (59,1% tem oito anos ou mais de estudo) e pertencem a famílias com alto poder aquisitivo (25,7% com rendimento mensal familiar de mais de dez salários mínimos).
Segundo a pesquisa, a maioria delas se declararam brancas (58,7%) e pardas (31,7%). Além disso, 58,8% são economicamente ativas e 79,3% estavam unidas ou já tinham experimentado uma união no passado.
Já as mulheres que tiveram o primeiro filho jovens apresentaram pouca escolaridade e baixos rendimentos. A proporção das mães economicamente ativas é baixa para esta faixa de idade e, em relação as mães mais velhas, menos jovens se declararam brancas. Apenas 54,7% das adolescentes –com idades entre 10 e 14 anos– afirmaram que viviam ou já tinham vivido em união.
A pesquisa investigou as mulheres, por grupos de idade, que foram mães pela primeira vez no período de referência de 12 meses anteriores as datas dos Censos Demográficos de 1991 e de 2000.
Folha Online