Geraldo assumiu o cargo atendendo a um convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a missão de consolidar o processo de modernização do sistema portuário na Bahia.
Uma das primeiras ações do novo presidente da Codeba será o reinício das obras de ampliação do Porto de Ilhéus, paralisadas há cerca de dois meses.
“Vamos elaborar um Plano Diretor e definir os investimentos para o próximo ano”, afirma Simões. “O aumento das exportações brasileiras passa pela modernização dos portos e a Bahia está nesse projeto”.
Com relação ao Porto de Ilhéus, o novo presidente da Codeba ressalta que “suas atividades não podem se concentrar apenas na exportação de cacau e de soja. Vamos criar condições para que outros produtos sejam escoados em alta escala”.
Curriculo
Geraldo Simões Oliveira, 51 anos. é formado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Santa Cruz e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia.
Em 1990, foi eleito deputado estadual e em 1992 elegeu-se prefeito de Itabuna. Em 1998 foi eleito deputado federal e em 2000 retornou à prefeitura de Itabuna.
Geraldo investiu na modernização da estrutura administrativa, com a informatização de todos os setores da prefeitura, o sistema de transferência eletrônica e a implantação de pregões online.
A REGIÃO
Novo presidente da Codeba é investigado pelo TCU e TCM
Geraldo Simões responde processos ainda no MP e no Tribunal de Justiça
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva salva mais um derrotado nas eleições municipais de 2004 do ostracismo: o ex-prefeito de Itabuna, Geraldo Simões (PT), derrotado pelo pefelista Fernando Gomes, assume, na segunda-feira, às 11h, o comando da Companhia das Docas da Bahia (Codeba), que controla os portos de Salvador, Aratu e Ilhéus. Geraldo Simões vai substituir Jorge Medauar (PPS). A troca no comando da Codeba também é uma punição ao PPS que se afastou da base aliada do governo no fim do ano passado.
Além de ser um derrotado nas eleições municipais, Geraldo Simões fez uma administração que ainda hoje é questionada pelos tribunais de Contas da União, e dos Municípios, além da Procuradoria Geral do Estado, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Tribunal de Justiça do Estado, por sua desastrosa passagem pela prefeitura de Itabuna.
Um dos casos mais escandalosos da administração de Geraldo Simões ocorreu em 2003, quando o Ministério Público ingressou com ação civil pública por improbidade administrativa e ação penal por crime de responsabilidade por danos causados ao erário. O ex-prefeito foi acusado de ter desviado cerca de R$7 milhões em recursos públicos através de convênio para a empresa privada Associação Itabunense de Apoio à Saúde (Aias).
De acordo com a denúncia do MP, o ex-prefeito autorizou a criação da Associação Itabunense de Apoio à Saúde (Aias), que tinha entre seus sócios pessoas ligadas a ele da equipe de governo, e, posteriormente, permitiu que a Secretaria Municipal de Saúde firmasse convênio transferindo para a empresa privada a gestão dos recursos federais do Programa Saúde na Família (PSF) e Agentes Comunitários de Saúde, o que é vedado pela Constituição.
A irregularidade, segundo o MP, estava na constituição de uma entidade privada para gerir os recursos públicos. “O município de Itabuna ”criou” uma associação fora dos moldes constitucionais e legais para intermediar a contratação e demissão e evitar concursos públicos, licitações e exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal”, enfatizou.
CORREIO DA BAHIA