Jogadores dedicam vitória contra Juazeiro à diretoria do Colo Colo

Jogadores e comissão técnica do Colo Colo dedicaram à diretoria do clube a primeira vitória no Campeonato Baiano do Interior, conquistada domingo, em Juazeiro. “Sabemos que não é fácil conduzir uma estrutura de um clube de futebol. Estamos aqui todos os dias convivendo com isso. Por isso sabemos efetivamente quem faz e quem só tem conversa”, disseram após o jogo ao presidente José Maria de Santana. A delegação teve conhecimento ainda em Juazeiro, de uma matéria publicada neste final de semana, onde o ex-jogador Carlos Freitas faz críticas aos dirigentes do clube. “A gente precisava dar esta vitória aos diretores do Colo Colo, em reconhecimento à seriedade com quem conduzem o clube”, disse o treinador Ado Alves, que estreou bem no comando técnico do Colo Colo. “Enfrentamos um adversário de qualidade que foi semifinalista do Campeonato Baiano. Esta vitória tem um significado muito grande. O de que estamos iniciando um trabalho e seguindo o rumo certo”, resumiu o treinador após o jogo. Os gols do Colo Colo foram assinalados por Guga, Mário e Zé Mário.

Na véspera do jogo, a diretoria do Colo Colo foi duramente criticada pelo ex-jogador de futebol, Carlos Freitas, que exigia mudanças no comando gerencial do clube. O presidente do Colo Colo de Futebol e Regatas, José Maria de Santana, que acompanhou a delegação até Juazeiro, reagiu com ironia às críticas feitas pelo ex-jogador. “Ele não poupa críticas públicas nem mesmo ao prefeito de Ilhéus que lhe deu um emprego com um bom salário, imagina contra a minha pessoa que não o quero nem de graça na diretoria do Colo Colo”. Para José Maria, que considera Freitas “um conhecido criador de caso por onde passa”, o mérito principal dos dirigentes do Colo Colo foi ter restabelecido a história do clube, quando em 1999 deu à cidade o título de campeão da divisão de acesso do futebol da Bahia e promoveu o retorno do clube à elite do futebol estadual. “Porque ele que critica tanto a atual diretoria e diz que ama tanto o clube, não fez isso pelo Colo Colo quando o uniforme do time era guardado numa gaveta de armário com cheiro de nafitalina?”, alfineta o presidente.
A quem interessa? – Para a diretoria do Colo Colo já virou rotina as críticas feitas pelo ex-jogador. “O que queremos saber é porque isso só volta à tona quando o clube vai iniciar uma competição. Foi assim quando estávamos iniciando a disputa do campeonato baiano e, agora, voltou a acontecer, às vésperas da estréia no Campeonato do Interior. A quem interessa isso?”, pergunta o presidente. José Maria explica que a ajuda da Prefeitura não é uma situação vivenciada apenas pelo Colo Colo. Segundo ele, a grande maioria das equipes que disputam o Campeonato Baiano necessita do apoio público, porque sem estes recursos não há caixa suficiente para quitar os seus compromissos. “É apenas uma ajuda, que é muito bem vinda. Ou ele acha que com apenas 10 mil reais se banca um time profissional de futebol, formado por 35 trabalhadores que comem, bebem e dormem por conta do clube?, pergunta.
Segundo o diretor financeiro, Paulo Carqueija, todos os meses a diretoria protocola na Prefeitura de Ilhéus uma prestação de contas do dinheiro recebido. “O prefeito sabe o que estamos fazendo com o dinheiro, conhece a nossa lisura. O prefeito e o vice –prefeito têm sido extremamente corretos e parceiros do clube. Talvez ele (Freitas) não saiba disso, porque pouco fica na secretaria onde trabalha. Prefere as esquinas da cidade onde o seu trabalho mais profissional pode ser executado: o fuxico”, acusa. “O Colo Colo é um patrimônio da cidade, até mesmo daquelas pessoas que, nos bastidores, só fazem prejudicar o time”. O presidente do Colo Colo voltou a ironizar o ex-jogador, lembrando que, ao contrário do que ele disse, nos últimos dois campeonatos baianos, o Colo Colo chegou às semifinais das competições. “Ele pode dizer que a campanha que terminou mês passado não entusiasmou o torcedor de Ilhéus?”. O Colo Colo foi quinto na classificação geral dos profissionais e terceiro, na competição de juniores, atrás apenas de Bahia e Vitória.
Resultados – Para o vice-presidente do clube, Marco Maron, um dos coordenadores do trabalho de base no Colo Colo, além de tudo Carlos Freitas trabalha com a desinformação, quando diz que o Colo Colo não promove atletas oriundos da sua divisão de juniores. “Do ano passado pra cá, profissionalizamos Diogo, Felipe, Guinle, Boy, Alan, Russo, João Victor e Beto. Todos eles são patrimônio do clube. A valorização está sendo feita. E com planejamento”, assegura. Dirigentes do Colo Colo se reuniram nesta terça-feira, para avaliar as denúncias feitas pelo ex-jogador. “Temos uma diretoria cujas contas foram aprovadas pelos Conselhos de Conta e Deliberativo, convocados através de Edital, numa reunião em que ele que se diz tão preocupado com o caixa do clube, poderia ter comparecido. Ele deveria ter ido fiscalizar. Mas se omitiu. São diretores do Colo Colo pessoas de bem desta cidade que muitas vezes põem do seu próprio bolso. Mantêm o clube com esforço para os que ficam de fora criticar sem promover qualquer tipo de ajuda”.
Por ser um dos assessores da Secretaria Municipal de Esportes e comandar diretamente a administração do estádio Mário Pessoa, agora a diretoria do Colo Colo está preocupada com possíveis retaliações de Carlos Freitas ao Colo Colo e vai pedir ao vice-prefeito e secretário Newton Lima que sejam acompanhadas de perto as ações administrativas necessárias para se manter a tranqüilidade do trabalho do clube no estádio municipal. Ainda ontem, o presidente do Colo Colo, José Maria de Santana, anunciou que Colo Colo, atendendo a punição imposta pelo Tribunal de Justiça Desportivo (TJD), vai disputar as duas partidas que terá de cumprir fora de Ilhéus, no estádio municipal de Camacan. A prefeita de Camacan, Débora Borges, já declarou que a cidade está preparada para sediar os jogos e o torcedor de Camacan vai dar o apoio que o clube precisa. A escolha de Camacan também leva-se em conta a possibilidade de o torcedor ilheense comparecer aos jogos que o clube terá que cumprir fora dos seus domínios. “É a menor distância entre os estádios disponíveis para o Colo Colo”, explica José Maria de Santana, acrescentando que, logo após estes dois jogos, o clube retorna para Ilhéus, “de onde não vai sair, mesmo que essa seja a vontade de algumas pessoas”. Para o presidente do Colo Colo, a forma respeitosa que tem recebido do prefeito Valderico Reis, é a resposta da seriedade e da confiança que a administração municipal tem nos atuais dirigentes do clube.

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