Reduzida a 7% de seu território original e muito fragmentada, a Mata Atlântica ainda possui grande importância social e ambiental. Na Bahia, porém, os remanescentes da floresta, que possui alta diversidade biológica e riquezas naturais, continuam sob forte ação degradadora. Atento para o fato, o Ministério Público baiano criou o Grupo de Atuação Especial de Defesa da Mata Atlântica, pioneiro no Brasil, que tem como finalidade promover ações em defesa do meio ambiente ecologicamente equilibrado, um direito social do povo brasileiro. A primeira reunião do grupo, que é formado por todas as Promotorias de Justiça de Meio Ambiente com atuação na área de Mata Atlântica, foi aberta na manhã desta segunda-feira (11), no Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do MP (Ceaf), no Jardim Baiano, em Salvador. Designado para coordenar o grupo, o promotor de Justiça Antônio Sérgio Mendes explica que a intenção é priorizar medidas preventivas, investigando e combatendo as ações mais graves de destruição da floresta. “Se nada for feito, em 10 anos a Mata Atlântica se extinguirá”, alertou o coordenador, acrescentando que além de punir os agressores, é preciso impedir que a floresta seja derrubada, uma vez que é muito difícil reconstruí-la. Para isso, foram criadas sete coordenações regionais, abrangendo a Baía de Todos os Santos, Costas das Baleias, do Cacau, dos Coqueiros, do Dendê, do Descobrimento e Recôncavo Sul.
Fonte: Ascom/MP-Ba