Um erro de preenchimento do formulário de inscrição do vestibular resultou no indeferimento da matrícula do estudante Jorge Amado Neto, neto do escritor baiano, aprovado em 21º lugar para o curso de filosofia. O processo julgado pelo Juiz Saulo José dizia equivocadamente que o estudante era proveniente de escola pública. Quando detectou o problema, a Câmara de Graduação da universidade indeferiu o pedido e recusou a matrícula do estudante, que seria aprovado mesmo fora do sistema de cotas, já que o curso pretendido disponibiliza 27 vagas para estudantes não-cotistas. Jorge Amado Neto, filho de João Jorge Amado, primogênito do escritor, entrou com mandado de segurança alegando que o formulário foi preenchido de forma errada e entrou com recurso administrativo na Ufba solicitando o direito de matrícula, já que ele não poderá se matricular na vaga de cotista.
Segundo a procuradora jurídica da Ufba, Ana Guiomar Macedo, o caso do estudante é diferente dos demais e deverá ter uma solução nos próximos dias. Ontem, a procuradora da universidade entrou com um ofício de informações contra todos os 24 processos impetrados até ontem na Justiça Federal. Desses, seis já tiveram liminares favoráveis à matrícula dos estudantes. No entanto, segundo ela, as liminares não são claras em várias questões que cercam a decisão. Uma delas é a ausência da determinação de que estudantes aprovados devem sair para a matrícula dos estudantes que conseguiram liminares. As determinações também não fazem referência ao semestre em que o aluno deve ser matriculado o que, segundo a jurista, são falhas que precisam ser reparadas.
Fonte: Correio da Bahia