Seis equipes científicas em várias partes do mundo trabalham no projeto, com mais de US$ 50 milhões da Fundação Gates.
Mas especialistas na conferência também criticaram a falta de coordenação. Uma das maiores autoridades em dengue, Duane Gubler, disse que até agora as políticas de saúde pública fracassaram na conteção da doença.
Surto
Nos últimos dois dias foram relatadas experiências com a doença em vários países do Sudeste da Ásia.
Houve um grande surto em Cingapura no ano passado e, embora a dengue seja raramente fatal, seus efeitos podem debilitar o paciente.
Podem ser necessários semanas ou até meses de convalescença, o que gera um forte impacto econômico e social.
A conferência enfatizou a importância de controle regional, exigindo que as autoridades sanitárias e os governos “levem a sério” a doença, disse o correspondente da BBC em Phnom Penh, Guy De Launey.
O primeiro passo seria um sistema amplo de notificação que permita que os surtos sejam contidos mais rapidamente.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2004, foram registrados mais de 90 mil casos da doença no Brasil, onde há condições favoráveis para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 50 milhões de pessoas contraiam dengue anualmente, em mais de cem países de todos os continentes, exceto a Europa.
Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue.
BBC BRASIL