De acordo com uma das autoras do estudo, Hannah Brückner, a virgindade pode até encorajar um comportamento sexual de alto risco. Isso porque, na verdade, 88% dos que prometem guardar a virgindade têm uma vida sexual ativa, mas sem penetração vaginal.
“Ficamos surpresos. Os adolescentes que prometem manter a virgindade têm menos parceiros sexuais, começam a fazer sexo mais tarde e se casam mais cedo. Assim, deveriam ter menos DST, mas não têm”, disse a pesquisadora, que é professora-assistente de sociologia em Yale.
Camisinha
A pesquisa, publicada na revista especializada Journal of Adolescent Health, também descobriu que o uso de camisinha entre os “virgens” durante o sexo anal é muito baixo. E para o sexo oral é quase inexistente.
Assim, de acordo com Hannah Brückner, o comportamento de risco dos virgens pode ser um fator que contribui para taxas de DST mais altas do que o esperado para este grupo.
Segundo a pesquisa, os virgens tendem a não usar camisinha na primeira vez em que fazem sexo.
Além disso, eles costumam não procurar ajuda médica quando têm DST, possivelmente por temerem a estigmatização ou por terem uma percepção errada do risco de infecção a que estão submetidos.
Também de acordo com o estudo, os virgens tendem a ficar infectados DST por períodos mais longos do que os não virgens.
BBC BRASIL