Ao elevar nesta semana a verba de gabinete dos deputados federais em 25% sem votação no plenário, a Câmara não legitima uma decisão questionável e dá uma bofetada na opinião pública. Dinheiro público não pode ser tratado às escuras. Isso é malversação pura e simples.
Um deputado federal custa hoje R$ 89.259. O salário é R$ 12.847. A verba de gabinete subiu de R$ 35.350 para R$ 44.187. A chamada verba indenizatória, dinheiro para cobrir despesas no Estado de origem, como montagem de escritório e atividades políticas, é R$ 15.000. A cota de correios e telefonemas está em R$ 4.268; e o auxílio-moradia, R$ 3.000. Por último, há um gasto médio de R$ 9.947 em passagens aéreas.
Um deputado federal custa hoje R$ 89.259. O salário é R$ 12.847. A verba de gabinete subiu de R$ 35.350 para R$ 44.187. A chamada verba indenizatória, dinheiro para cobrir despesas no Estado de origem, como montagem de escritório e atividades políticas, é R$ 15.000. A cota de correios e telefonemas está em R$ 4.268; e o auxílio-moradia, R$ 3.000. Por último, há um gasto médio de R$ 9.947 em passagens aéreas.
É perfeitamente admissível um debate sobre as condições de trabalho que um deputado federal que precisa ter, até mesmo a respeito de seu salário.
Mas é inadmissível uma envergonhada decisão de cúpula, sem que todos os 513 deputados federais sejam obrigados a endossá-la e a arcar com explicações perante a sociedade. Do contrário, os deputados passam a imagem de que foi legal receber o agrado desde que fiquem quietos. Quem perde é a democracia.
Kennedy Alencar
Folha on line