O projeto de infra-estrutura prevê a construção e a operação de 440 quilômetros entre Campinas (SP) e Rio de Janeiro e 820 quilômetros ao longo da costa do Nordeste e visa “aliviar a deficiência crônica” de energia no país”, nas palavras usadas no comunicado da empresa japonesa.
Inicialmente, as participações no projeto eram divididas entre três grupos japoneses de “trading” (comércio exterior): Mitsui (40%), Mitsubishi (30%) e Itochu (30%). Agora, cada uma dessas companhias vendeu uma fatia de 5% para a Tokyo Gas, totalizando 15%. Ou seja, Mitsui, Mitshubish e Itochu passam agora a possuir, juntas, 85% do “Projeto Malhas”.
As quatro companhias japonesas vão investir nas empresas transportadoras de gás criadas no final de 2003 para viabilizar esse projeto: NTS (Nova Transportadora do Sudeste) e NTN (Nova Transportadora do Nordeste), encarregadas de construir e operar os gasodutos.
O empreendimento conta com o financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), do JBIC [Japan Bank for International Cooperation, banco japonês de fomento] e outros bancos comerciais. A previsão é terminar a construção dos gasodutos em junho e começar ao peração em julho deste ano. Depois de dez anos de prestação de serviços, os ativos serão transferidos para a Petrobras.
SÉRGIO RIPARDO
Folha Online