O programa Catálogo da Vida começou em 2001, fruto de uma colaboração entre o projeto Espécies 2001, da University of Reading, do Reino Unido, e o Sistema Integrado de Informação Taxonômica, de Washington (EUA). Ambos os grupos hospedam parte do diretório on-line.
Desde então, muitas universidades e instituições de história natural abriram seus catálogos empoeirados para contribuir com o levantamento digital.
“Não dá para entender a biodiversidade sem um sistema de comunicação, por isso é fundamental que tenhamos esse diretório”, completa Kirk.
“O catálogo é útil em qualquer situação em que pesquisadores precisem observar organismos vivos”, disse Kirk. Por exemplo, uma lista definitiva de todas as espécies de um gênero pode ajudar nos estudos evolutivos.
O recurso vai fornecer também o ponto de partida para esforços de conservação em partes remotas do mundo, onde pessoas que não têm formação em biologia, podem usar o catálogo como referência para ajudar no monitoramento da biodiversidade.
Muitas espécies são conhecidas por diferentes nomes coloquiais em países vizinhos e o catálogo pode ajudar a eliminar casos de confusão.
Das bactérias às baleias
Biólogos estimam que cerca de 1,75 milhão de espécies, de bactérias a baleias azuis, já foram identificadas na Terra. Mas pode haver de 3 a 12 milhões a serem descobertas, de acordo com Kirk.
Para cada espécie conhecida, o catálogo lista diferentes nomes, acompanhados de detalhes de onde ela foi encontrada, nomes de especialistas e links para sites relacionados.
Outros projetos estão empenhados em criar catálogos mais completos, como o Índice Internacional de Plantas, de Londres. Outro esforço promissor é o Wikispecies. Iniciado em agasto de 2004, é uma iniciativa do grupo Wikimedia, cuja enciclopédia on-line é construída pelos próprios usuários. “Biólogos do mundo inteiro estão sendo convidados para contrubuir com o site Wikispecies”, afirma seu fundador Jimmy Wales.
PALOMA VARÓN
Folha Online