A decisão da Mesa não precisa passar pelo plenário e representa um aumento de R$ 35 mil para R$ 43.750. Esta verba é usada pelos deputados para os gastos com gabinete e contratação de pessoal de confiança. O reajuste já passa a valer no próximo pagamento.
O aumento da verba de gabinete foi uma das primeiras promessas de campanha do atual presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE). Até o momento, Severino não conseguiu levar adiante outra promessa polêmica, a de aumentar o salário dos deputados, equiparando-o ao dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Prejuízo à imagem
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) havia proposto o aumento de R$ 35 mil passa R$ 45 mil. A Mesa atual preferiu o aumento de 25%. O custo do reajuste para as contas da Câmara chega a R$ 4,448 milhões.
O primeiro vice-presidente da Casa, Thomaz Nonô (PFL-AL), disse que não vê prejuízo na imagem da Casa semelhante ao registrado quando Severino patrocinou a tentativa de elevar o salário de deputados e senadores. “Eu acho que a opinião pública julga. As questões não têm nada a ver uma com a outra”, afirmou o vice-presidente.
ROSE ANE SILVEIRA
FELIPE RECONDO
Folha Online