O helicóptero em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajava de Surubim para Caruaru, em Pernambuco, teve que fazer um “pouso preventivo” por causa do mau tempo. O helicóptero pousou na fazenda Catolé, no agreste pernambucano, a pouco mais de 30 quilômetros de Caruaru. O presidente Lula permaneceu no local por quase uma hora.

A parada inesperada aconteceu depois que Lula deixou Surubim, onde inaugurou a terceira etapa do projeto de abastecimento do Jucazinho. Lula ia em seguida participar da cerimônia de inauguração da Clínica Asa Branca, que faz parte do Programa Brasil Sorridente, do Ministério da Saúde.

O dono da fazenda, Agamenon Gomes da Silva Junior, disse que estava em casa quando um funcionário dele ligou avisando que o helicóptero do presidente havia pousado na fazenda. “Eu vi quando passaram. Aí eu disse, é ele mesmo que está na minha fazenda”, afirmou.

A comitiva do presidente que se deslocava em automóveis buscou Lula na fazenda. Os carros que trafegavam na BR-104, que liga Caruaru (PE) a Campina Grande (PB), pararam para ver a comitiva presidencial, assim como os moradores e crianças da região.

Estavam no helicóptero com o presidente Lula os ministros Tarso Genro (Educação), Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), e o governador em exercício de Pernambuco, Mendonça Filho, além da tripulação.

A clínica Asa Branca, especializada em combate ao câncer bucal, deverá atender, em média, quatro mil pacientes por mês, com realização de biópsias, atividades de reabilitação e campanhas.

Além de participar da cerimônia de inauguração da clínica, Lula também estará presente na assinatura de Protocolo de Intenções entre o Ministério da Educação e a Universidade Federal de Pernambuco para a construção do Campus Universitário de Caruaru. Este será o primeiro campus da Universidade Federal de Pernambuco no interior do Estado.

Folha online
Com Agência Brasil

A Receita Federal libera na quarta-feira a consulta ao segundo lote residual das declarações do Imposto de Renda de 2004 (ano-base 2003). A consulta deve ser feita na internet (www.receita.fazenda.gov.br) e por telefone (0300-780300).
As restituições incluídas nesse lote serão pagas somente no próximo dia 25. Normalmente, o pagamento é feito no dia 15 de todo mês.

Mas problemas no processamento das declarações e o fato de fevereiro ser um mês curto atrasaram a consulta e pagamento das restituições.

Para quem informou o número da conta bancária na declaração de renda, a restituição será depositada automaticamente. Caso contrário, o contribuinte deverá requisitar o pagamento em uma agência do Banco do Brasil.

O pedido de transferência pode ser feito pelo telefone 0800-785678.O dinheiro da restituição fica disponível no banco pelo prazo de um ano. Depois disso, só poderá ser requisitado pela internet, mediante o preenchimento de formulário eletrônico (Pedido de Pagamento de Restituição).

Se o contribuinte não concordar com o valor da restituição, poderá receber a importância disponível no banco e reclamar a diferença junto à unidade local da Receita Federal de sua jurisdição.

As declarações incluídas no segundo lote serão corrigidas em 12,61%. Esse percentual corresponde à variação da taxa Selic no período de maio de 2004 a janeiro de 2005 e mais 1% de fevereiro.

Folha Online

Os contribuintes isentos que não entregaram a declaração de 2003 e de 2004 têm até sexta-feira da próxima semana para regularizar o CPF (Cadastro de Pessoa Física). Após essa data, o número do documento será cancelado pela Receita Federal.
Para regularizar o CPF e evitar o cancelamento, basta ir a uma agência do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal ou Correios e pagar uma taxa de R$ 4,50.

Pelas estimativas da Receita, cerca de 7 milhões de contribuintes brasileiros poderão ter o seu CPF cancelado por não terem entregue a declaração de isento por dois anos consecutivos. No ano passado, foram cancelados 70 milhões de documentos.
“Entre esses 7 milhões há contribuintes que deveriam ter entregue a declaração de isento e outros que deveriam ter entregue a declaração anual de ajuste”, disse o supervisor-nacional do programa do Imposto de Renda, Joaquim Adir.
Para os contribuintes que entregam a declaração anual de ajuste –que no ano passado tiveram renda superior a R$ 12.696–, a regularização poderá ser feita pela internet, no site da Receita (www.receita.fazenda.gov.br). Nesse caso, ao entregar a declaração de ajuste com atraso, o contribuinte estará sujeito ao pagamento de uma multa mínima de R$ 165,74.
Quem tiver o CPF cancelado não poderá abrir contas ou poupanças em bancos, tomar empréstimos, participar de concursos públicos, tirar passaporte, receber aposentadoria oficial, assinar financiamento habitacional oficial ou receber prêmio de loteria.

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

O empresário Paulo Cezar Sanjuan Ganem foi reeleito por aclamação presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Ilhéus para o biênio 2005/2006. A eleição da nova diretoria da CDL-Ilhéus aconteceu na noite de ontem(10), em assembléia geral ordinária que contou com a presença dos associados. Conforme determina o estatuto da entidade, a assembléia foi aberta às 17h30min em primeira convocação. A segunda e última convocação foi às 18h30min, presidida pelo associado Jaime Alves dos Santos, quando foram lidos os editais de convocação, os registros de chapa e a relação de candidatos a diretores da CDL e membros do Conselho Fiscal. Colocada em votação, a diretoria da CDL-Ilhéus foi eleita por aclamação.

A eleição foi com chapa única pois somente uma, intitulada “CDL-Forte”, registrou candidatura na secretaria da entidade. Além do empresário Paulo Ganem, também fazem parte da diretoria eleita da CDL os seguintes lojistas: José Carlos Silveira (1º Vice Presidente); Clovis Gomes Junior (2º Vice Presidente); Carlos Machado Andrade Filho (Diretor de Serviços e Produtos); Aloysio Tomaz Mendonça (Diretor Financeiro); Carlos Alberto Souto (Diretor Financeiro Diretor de Patrimônio Adjunto); Cristina Nora (Diretora de Comunicação Social); e Paulo Sérgio Santos (Diretor de Eventos). Os diretores suplentes são: Igemar Fraga, Antônio Augusto Costa, José Leite de Souza e Derval Vieira Maia. No Conselho Fiscal Efetivo estão os empresários Bruno Alexandre Melo, Luis Eduardo Rehem e Marcos Eduardo Mendonça. Já como suplentes são candidatos André Quadros Santos, Antonio Marcos Lino e Paulo Sérgio de Jesus.
Para Paulo Ganem, conduzir os destinos da CDL-Ilhéus será um desafio que ele pretende assumir mantendo a mesma determinação e a responsabilidade que caracterizaram sua gestão. Nesse trabalho ele espera continuar contando com o apoio dos demais diretores e dos associados, já que todos têm em comum o desejo de desenvolver cada vez mais o comércio de Ilhéus. Além disso, o novo presidente vai continuar buscando parcerias com órgãos públicos e empresas privadas no desenvolvimento de ações que possam atrair cada vez mais consumidores para a cidade. Paulo Ganem também adiantou que realizará campanhas promocionais, buscará novos serviços para os associados, estará cada vez mais presente nas lutas em defesa do comércio e lutará para realizar o sonho da construção definitiva da sede da CDL-Ilhéus.

Os candidatos pré-selecionados no Programa Universidade para Todos (ProUni) têm até o dia 18 de fevereiro para comprovar as informações prestadas na ficha de inscrição junto à instituição de ensino superior. O prazo terminaria hoje.
O cronograma inicial também foi alterado, ficando a data-limite para a seleção da instituição de ensino e o prazo final para a emissão do Termo de Concessão de Bolsa do ProUni dos candidatos pré-selecionados até o dia 4 de março. Já a reclassificação dos alunos ocorrerá até o dia 11 de março. A seleção da instituição e o prazo final para a emissão do Termo de Concessão de Bolsa para os alunos reclassificados foram estendidas até o dia 24 de março.

O candidato pré-selecionado deverá ficar atento para confirmar se o coordenador do ProUni, nomeado pela instituição de ensino, registrou o resultado da sua comprovação de informações no sistema do programa. Os candidatos que não tiverem a aprovação registrada no sistema até o dia 18 de fevereiro de 2005 serão reprovados, perdendo o direito à bolsa de estudos.

Agência Brasil

Após o recesso de Carnaval, o Campeonato Baiano 2005 volta a ser movimentado no próximo Sábado, 12/02, na abertura do returno da fase classificatória, com uma partida isolada, às 18 horas, no Estádio Antônio Pena, em Catu. A Catuense, terceira colocada do Grupo 3, recebe a visita do Vitória, que lidera o Grupo 1 com 10 pontos ganhos.
No Domingo, 13/02, cinco partidas completam a rodada. A partir das 15 horas, pelo Grupo 3, o Itabuna, quarto colocado, enfrenta o Poções, que ocupa a quinta colocação, no Estádio Luiz Viana Filho, em Itabuna.
Em Feira de Santana, no Estádio Jóia da Princesa, mais uma partida pelo Grupo 3, entre Fluminense, que ocupa a liderança com 8 pontos ganhos, e o Colo-Colo, na segunda colocação com dois pontos a menos que o “Touro do Sertão”.

Começando às 16 horas, mais três partidas no Interior do Estado. Em Santo Antônio de Jesus, no Estádio José Trindade Lobo, o Palmeiras, quarto colocado do Grupo 2, enfrenta o Ipitanga, vice-líder do Grupo 1. No Waldeck Ornelas, o “Clássico do Pólo” entre Camaçari, que ocupa a vice-liderança do Grupo 2, e o Sport Camaçariense, quarto colocado do Grupo 1.
Finalmente às 18 horas, no Estádio da Fonte Nova, em Salvador, o Bahia, líder do Grupo 2 com 7 pontos ganhos, enfrenta o Atlético, terceiro colocado no Grupo 1.
As partidas Catuense x Vitória e Bahia x Atlético serão transmitidas pela Globosat, através da SKY e da NET.
As trocas de documentos fiscais por ingressos, dentro do Programa Sua Nota É Um Show, começam amanhã para o jogo de Catu, e a partir da sexta-feira para as demais partidas. Confira a carga de ingressos do Sua Nota É Um Show.

Cientistas que estão trabalhando no Vietnã disseram ter descoberto uma maneira “biológica” de controlar a dengue, atacando os locais de procriação do mosquito Aedes aegypti.
Eles puseram pequenos crustáceos em reservatórios de água e os eles comeram todas as larvas de mosquito.
Ao mesmo tempo, os cientistas incentivaram moradores a recolher pequenos recipientes abandonados, que também poderiam servir para abrigar larvas do inseto.
Sem mosquitos adultos para transportar o vírus da dengue, a doença não pode se alastrar.

Num artigo publicado na revista médica Lancet, os cientistas disseram que, nas pequenas cidades onde foi testado, o método já evitou que quase 400 mil pessoas desenvolvessem a dengue.
Há mais de 50 milhões de casos de dengue em toda a Ásia a cada ano.
O estudo foi realizado pelo vietnamita Vu Sinh Nam, especialista em medicina preventiva do Ministério da Saúde do Vietnã, e pelo australiano Brian Kay, professor de medicina tropical em seu país.

BBC BRASIL.COM

Diante do registro de nova retenção de repasse de cotas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) feito pelo INSS às prefeituras, a Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia-Amurc, em parceria com a União dos Municípios da Bahia-UPB regional sul, agendou para segunda-feira (14), às 14 horas uma reunião com a superintendente regional do órgão em Itabuna, Ariadne Gonçalves Pitanga. Na oportunidade, o presidente da AMURC Pedro Jackson Brandão vai expor a preocupação dos prefeitos sobre o seqüestro de verbas, o que segundo ele, inviabiliza o pagamento de salários dos servidores públicos municipais e de fornecedores, além de prejudicar o andamento de toda a máquina administração. A reunião está marcada para a sede do INSS.

Nesse novo seqüestro de verbas feito pelo INSS atingiu as seguintes prefeituras: Itabuna (674.157,36); Ilhéus (945.577,22); Canavieiras (105.603,23); Una (176.932,13); Ipiaú (132.959,71); Ibirapitanga (118.803,12); Itororó (66.166,75); Itaju do Colônia (50.407,62); Ibicaraí (49.139,51); Lomanto Júnior (45.121,56); Mascote (40.684.21); Itajuípe (37.618,93) Gandu (35.948,37); Ubaitaba (29.078,01); Uruçuca (27.767,60); Aurelino Leal (27.047,82); Itapitanga (18.874,41); Itapé (18.472,77); Santa Cruz da Vitória (18.109,27), dentre outros municípios sob a jurisdição da instituição.

Além de destacar que os prefeitos enfrentam diretamente as demandas populares das suas comunidades, Pedro Jackson Brandão defende uma mobilização dos prefeitos junto à direção do INSS, “e caso não haja sensibilidade por parte dos dirigentes, a direção da Amurc está inclusive propensa a entrar com medidas judiciais coletivas em defesa dos nossos associados”, disse. Já a superintendente do INSS, Itabuna é única cidade do nordeste que atende todos municípios sob a abrangência da Amurc, cujo delegado é Sidney Afonso Lima Silva, que também confirmou sua presença na reunião.

Valderico diz que professor será valorizado para mudar a educação;

Transporte escolar recebe alvarás no próximo dia 21;

Maramata realiza exposição na Marquês de Paranaguá;

Paulo Souza leva música ao Mercado do Artesanato;

Secretária participa de encontro estadual sobre saúde da família;

Secretária vê sérios problemas no Centro Industrial de Ilhéus.

Valderico diz que professor será valorizado para mudar a educação

As ações para que Ilhéus tenha uma educação de qualidade e o esforço para reorganizar a administração num menor tempo possível foram destacados pelo prefeito Valderico Reis, na abertura da jornada pedagógica da rede municipal de ensino, nesta quinta-feira (10), no escritório local da Ceplac. Num auditório lotado de educadores da rede, Valderico chamou atenção para o que foi feito em 30 dias de governo e reafirmou o seu compromisso com a valorização do professor e acesso à educação para toda criança e adolescente em idade escolar.

Valderico ressaltou que está nas mãos do professor mudar a educação. “É por isso que vou fazer o possível para melhorar as condições de trabalho destes profissionais”, afirmou. O prefeito disse que o seu governo não se desanimou diante do caos administrativo encontrado. “Temos procurado agir de todas as formas para resolver os problemas dos cidadãos. Não há descanso, mesmo porque, em nossa administração, a ordem é trabalhar”, disse. O prefeito abriu a atividade de planejamento escolar para o ano letivo de 2005 junto à secretária de Educação, Maria Carolina Brito Cunha, que apresentou a sua equipe aos educadores.

Após a abertura oficial feita pelo prefeito e a secretária, os profissionais da rede assistiram a uma palestra sobre relações humanas e o papel do educador em sala de aula. A palestra foi proferida pela psicopedagoga da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Vera Lúcia Becker. A palestrante destacou a importância de se construir entre professor e aluno um relacionamento pautado na confiança. “Além de transmitir conhecimentos, o professor precisa ajudar o aluno a estabelecer uma ligação entre o que aprende em sala de aula e o que vivencia”, aconselhou.

Vera Becker defendeu a necessidade de se investir no professor, em seu recrutamento, formação inicial e continuada e nas condições de trabalho, para que ele se sinta incentivado a realizar atividades eficientes com os alunos. A secretária Maria Carolina Cunha falou sobre o papel fundamental do professor na formação de cidadãos honestos e dignos e também enfatizou a valorização como “condição essencial” a esse processo.

As atividades da Jornada Pedagógica continuaram por toda a tarde de quinta-feira. Na sexta-feira (11), os professores se reunirão com os diretores e a equipe pedagógica para elaborar o planejamento das atividades do ano letivo, que terá início na próxima segunda-feira (14). A abertura da Jornada também contou com a presença das secretárias de Saúde, Vera Jasmineiro, de Assistência Social e Trabalho, Fátima Reis, e do presidente da Maramata, Almir Pereira.

Transporte escolar recebe alvarás no próximo dia 21

Os proprietários de veículos utilizados no transporte escolar e já vistoriados pela Secretaria de Transportes e Trânsito poderão adquirir os seus alvarás no próximo dia 21, no estacionamento ao lado do Terminal Urbano, centro da cidade. Os selos e alvarás serão entregues em dois turnos: pela manhã, das 9 às 12 horas, e à tarde, das 14 às 18 horas, mediante o pagamento da taxa de vistoria.

Contados 30 dias após o prazo concedido para a regularização do transporte escolar no município, a Setrans vai realizar operações para coibir a exploração clandestina do serviço. Cerca de 20 fiscais da Secretaria serão mobilizados na identificação dos infratores e o secretário Zerinaldo Sena considera a ação da maior importância, “principalmente porque se trata do transporte de crianças”.

Em caso de constatação da irregularidade, o proprietário do veículo é notificado para procurar a Setrans no prazo de 10 dias e efetuar seu cadastro. Caso o proprietário não se regularize no prazo estipulado, é feita a apreensão do veículo e aplicada multa.

Maramata realiza exposição na Marquês de Paranaguá

Os projetos desenvolvidos pela Universidade Livre do Mar e da Mata (Maramata) vão estar mais perto da população ilheense a partir deste mês. Para marcar a nova fase da instituição, sua diretoria realiza, entre os dias 17 e 19, no calçadão da rua Marquês de Paranaguá, uma mostra das principais ações da Maramata, inclusive as que serão empreendidas ao longo de 2005.

Segundo o professor Almir Gonçalves Pereira, presidente da Maramata, vários projetos estão sendo traçados para tornar o trabalho da instituição mais visível, obtendo com isso maior identificação com a comunidade. “Dessa forma, o objetivo da Maramata, que é difundir o conhecimento e a preservação do meio ambiente, será alcançado mais facilmente”, avalia. Durante três dias, quem passar pela Marquês de Paranaguá poderá ver fotos relacionadas à universidade, além de obter material informativo sobre as suas ações. A abertura da exposição contará com a presença do prefeito Valderico Reis, que se diz “extremamente interessado em fortalecer a Maramata, enquanto instituição responsável pela conscientização da comunidade na preservação de nossas riquezas naturais”.

Parcerias

Para ampliar esse trabalho, a Maramata está firmando diversas parcerias, inclusive uma com a Secretaria Municipal de Turismo que visa incluir a instituição no roteiro turístico de Ilhéus. A iniciativa envolve a divulgação em escolas e capacitação de taxistas para dar informações aos visitantes sobre a universidade.

A Maramata também está reformulando o seu Museu Livre do Mar e da Capitania, com a intenção de identificá-lo cada vez mais com a proposta do conhecimento das questões ambientais. Estão sendo firmados ainda convênios visando a melhoria da biblioteca e a instalação de um laboratório paleontológico na sede da instituição.

Paulo Souza leva música ao Mercado do Artesanato

O cantor e compositor Paulo Souza será o primeiro artista a se apresentar no Projeto Música Livre, cuja abertura está programada para as 17 horas desta sexta-feira (11), na praça Caetano Veloso do Mercado de Artesanato. Promovida em parceria com a Fundação Cultural de Ilhéus (Fundaci), a iniciativa pretende divulgar novos talentos e incentivar a produção musical na cidade. As apresentações vão acontecer sempre às quartas e sextas-feiras, das 17 às 21 horas.

Paulo Souza, que também coordena o Música Livre, explica que “com o projeto se pretende oferecer mais opção de lazer e entretenimento à população local e às pessoas que visitam a cidade. Todas as apresentações serão em voz e violão, com repertório que prestigia a Música Popular Brasileira e o cancioneiro regional.

Estão programadas para o mês de fevereiro as presenças dos músicos Djalma Silva (dia 16), Tito Moreno (18), Renato Carvalho (23) e Sinho (25). Em março, a programação será renovada e já foram confirmadas as participações de Herval Lemos e Itassucy.

Secretária participa de encontro estadual sobre saúde da família

A secretária municipal de Saúde, Vera Jasmineiro, e a diretora do Departamento de Atenção Básica, Mônica Moura Costa, participarão do Encontro Estadual de Saúde da Família, no Centro de Convenções de Salvador, entre os dias 13 e 15 deste mês. O encontro discutirá o atual estágio e experiências bem sucedidas do Programa Saúde da Família na Bahia, e será aberto com uma conferência do médico cardiologista e ex-ministro da Saúde Adib Jatene. Ele vai abordar a complementação da escolaridade de agentes comunitários de saúde.

No segundo dia do encontro, segunda (14), haverá mesa-redonda e sessões simultâneas, e um dos temas será “O PSF que temos e o PSF que queremos”. Nas sessões simultâneas, secretários municipais vão discutir os dez anos do programa e falar de experiências de sucesso em outros Estados. “Será uma boa oportunidade para trocar conhecimentos e reavaliar os rumos do programa”, afirma a secretária municipal de Saúde, Vera Jasmineiro.

A secretária também anunciou que o Saúde da Família será reestruturado em Ilhéus. Vera disse que estão sendo mantidos contatos com o Ministério da Saúde e a Sesab para que recursos do projeto de consolidação do PSF sejam assegurados para o município. Ilhéus deveria estar contando com 23 equipes do Programa, mas até o final de dezembro possuía apenas 12. Vera acrescentou que também vai introduzir mecanismos para garantir o controle social e a qualidade dos serviços prestados à população.

Em Salvador, a secretária também participa de conferências destinadas aos municípios. O evento vai preceder o Encontro do PSF e nele serão discutidas questões importantes para o setor de saúde, como função gestora das secretarias municipais, controle social do setor e organização da assistência à população, além de vigilância à saúde e financiamento.

Secretária vê sérios problemas no Centro Industrial de Ilhéus

A secretária de Indústria, Comércio, Ciências e Tecnologia de Ilhéus, Rúbia Carvalho, afirmou que o Moinho Ilhéus (que paralisou a produção há seis meses, com prejuízos sociais e financeiros ao município) “é só a ponta do iceberg representado por um processo industrial com sérios desvios herdados do governo anterior e que o prefeito Valderico Reis quer retomar em bases sólidas, recuperando o controle perdido pela administração passada”. Ela lamenta que o Moinho tenha encerrado as atividades justamente quando terminou o prazo de isenção fiscal, o que pode significar a sinalização de episódios semelhantes com outras indústrias.

Como o Governo do Estado, que dá o perdão fiscal às indústrias, já anunciou sua disposição de acabar com essa prática em Ilhéus, Rúbia Carvalho não esconde o receio de que o “efeito Moinho Ilhéus” se multiplique e “contamine” o Centro Industrial, provocando atitudes semelhantes em outras empresas. “Nosso papel como agentes políticos, e o prefeito Valderico Reis está muito consciente disso, é somar esforços para evitar que isso aqui se transforme numa ´festa´, com as indústrias arrumando as malas, tão logo perdem as vantagens dadas pelo governo”.

Rúbia Carvalho tem reunião com o secretário estadual de Indústria e Comércio, Luis Garrido, às 15 horas de segunda-feira (14), para discutir questões do Centro Industrial e, por extensão, do Moinho Ilhéus. “Precisamos abrir essa caixa preta em que foi transformado o processo de industrialização do município, saber como fica a questão do Moinho e tratar desse blefe chamado de Porto Seco pelo governo passado – que não é Porto Seco coisa nenhuma”, adianta a secretária. Ela sustenta que esse contato é fundamental para que o município tome conhecimento da parte que lhe cabe no controle do processo de desenvolvimento industrial de Ilhéus. “Vamos obter do secretário Luiz Garrido as informações a que não temos acesso aqui, nem com o Sudic nem com o Moinho Ilhéus”, finaliza a secretária.

para aprovados no Vestibular 2005 da Universidade Estadual de Santa Cruz, no campus Soane Nazaré de Andrade, no bairro Salobrinho.
Os alunos regulares seguem um calendário diferente e fazem as matrículas pela internet, através do site www.uesc.br
Os 1.290 candidatos aprovados no vestibular 2005 devem comparecer ao campus com os documentos exigidos pela Uesc, incluindo o certificado ou diploma de conclusão do curso médio (ou equivalente) ou a declaração de equivalência para os cursos realizados no exterior.
Também são exigidos histórico escolar (original) de nível médio, cópias autenticadas do título de eleitor com comprovante de votação em 2004; identidade; certidão de nascimento ou casamento; quitação de serviço militar.
Além disso é preciso levar uma fotografia 3×4 recente; a ficha de identificação candidato e requerimento de matrícula preenchidos, ambos fornecidos nos Colegiados de Curso da Uesc.

Em caso de impedimento, a matrícula poderá ser feita por seu procurador, devidamente credenciado e com todas as informações e documentos exigidos.

Estatística
Cerca de 16 mil candidatos participaram do vestibular da Uesc, que teve concorrência global de 12,59 candidatos por vaga.
Os cursos mais disputados foram Medicina, com 58,05 alunos por vaga; Enfermagem com 24,42; Direito matutino com 20,24; Direito noturno, com 19,88 e Biomedicina com 19,57.
95,5% dos candidatos que participaram do vestibular deste ano são baianos. Desses, 29,2% são itabunenses e 24,3% ilheenses. 7% são de Salvador, 3% de Vitória da Conquista, 1,7% de Jequié e 1,7% de Feira de Santana.
Entre os outros estados, a maior presença é de Minas Gerais, com 1,8%, seguido do Espírito Santo com 1%. Os dados mostram que a Uesc continua uma universidade restrita aos baianos e, principalmente aos sulbaianos, falhando em atrair candidatos de outros estados.
O vestibular da Uesc terminou com um dos menores índices de abstenção da sua história, 9,21% dos inscritos, mais baixo que o de 2004, que foi de 9,58%.

Estão abertas as inscrições ao Troféu Jupará 2005. Como nas edições anteriores, as inscrições podem ser feitas em 16 categorias distribuídas entre música, teatro, dança e artes plásticas.
Podem se inscrever ao troféu os artistas regionais que tenham apresentado trabalhos em Itabuna ou Ilhéus durante o ano passado.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na sede da rádio Morena FM 98.7, na avenida Buerarema, 819, bairro Conceição; pelo telefone (73) 613-1011 ou no site www.trofeujupara.com.br

Promovido pela Morena FM e Fundação Jupará de Cultura e Ecologia, o Troféu Jupará é o único evento cultural do estado com votação direta do público.
Há doze anos ininterruptos ele premia os artistas que mais se destacam no eixo Itabuna/Ilhéus e revolucionou o mercado de trabalho dos talentos regionais.

Os estudantes pré-selecionados no Prouni (Programa Universidade para Todos) têm até amanhã para comparecer à instituição de ensino superior na qual foram escolhidos e comprovar as informações prestadas na ficha de inscrição. Os candidatos que não tiverem a aprovação registrada no sistema do programa até o dia 11 perderão o direito à bolsa de estudos.
É importante que o estudante confirme se o coordenador do Prouni, nomeado pela instituição de ensino, registrou o resultado da sua comprovação no sistema do Ministério da Educação.

Além da confirmação dos dados, as faculdades, centros universitários e universidades podem aplicar um teste aos candidatos pré-selecionados pelo MEC, a título de classificação. A vaga do candidato pré-selecionado só poderá ser excluída se ele não comprovar os requisitos exigidos pelo Prouni.

Os alunos devem ficar atentos e verificar junto à instituição a data e o horário de comparecimento para a realização da avaliação final, gratuita.

Reclassificação

Os estudantes que não foram pré-selecionados devem acompanhar o resultado da comprovação de informações. Se ocorrer reprovação de algum aluno, haverá reclassificação automática, dentro da ordem de classificação de curso, habilitação e turno.

Os estudantes reclassificados terão de comparecer à instituição de ensino até o dia 4 de março para comprovar os dados da ficha de inscrição. O Prouni destina bolsas de estudo a alunos carentes em instituições superiores privadas.

O Prouni ofereceu 112.416 bolsas parciais ou integrais em todo o país. Em três etapas de inscrições, 535 mil alunos se cadastraram. Deste total, 107.126 foram aprovados, sobrando 4.939 vagas.

Segundo o Ministério da Educação, são de cursos em que há pouca procura, como por exemplo, pedagogia e licenciatura. Elas serão distribuídas para prefeituras que precisem dar formação superior a professores.

Folha Online
Com informações do MEC

Cientistas querem criar um enorme catálogo de toda a vida existente na Terra, estabelecendo “códigos de barra” para cada espécie –do menor plâncton à gigantesca baleia azul.
A idéia foi lançada em Londres na Conferência Internacional para Codificação em Barras da Vida.
A etapa inicial prevê a catalogação de todos os tipos de peixe conhecidos –atualmente 15 mil que vivem no mar e 8 mil em água doce. O grupo seguinte deverá ser o dos pássaros.
Para tanto, os cientistas vão registrar detalhes da composição genética dos seres que podem ser usados para diferenciar uma espécie da outra.

Os pesquisadores admitem que deverão demorar anos para completar o projeto.

“Cerca de 1,7 milhões de espécies são conhecidas –nós suspeitamos que existam algo entre dez milhões e 30 milhões de espécies na Terra”, afirma o diretor do Museu de História Natural de Londres, Richard Lane.

“Nós descobrimos que é bastante possível haver uma pequena sequência de DNA que caracteriza vários tipos de vida no planeta.”

Código de barra

Vários representantes de uma mesma espécie serão analisados para que os pesquisadores possam extrair a sua informação genética “em código de barras”. Cada um desses testes deverá custar uma libra esterlina (ou cerca de R$ 4).

O passo seguinte será colocar todos os dados colocados em um grande banco de dados que o Consórcio para a Codifição em Barra da Vida (CBOL, na sigla em inglês) espera poder ser usado em combinação com todo o conhecimento científico acumulado.

O consórcio reúne uma série de museus, zoológicos, instituições de pesquisa e empresas envolvidas com taxonomia e biodiversidade.

“É como um policial que vê um carro infringindo a lei e tudo o que ele tem é o número da placa, mas com esse número ele sabe quem é o proprietário e a data em que o carro foi comprado”, explica o professor da Universidade de Pensilvânia Dan Janzen.

“Um código de barras é isso –é o que liga você ao corpo de informações que os taxonomistas (especialistas na classificação dos organismos), os historiadores naturais e os ecologistas vêm acumulando nos últimos 200 anos.”

Os códigos de barras de DNA em princípio facilitariam o reconhecimento de espécies em campo, especialmente em casos em que os métodos tradicionais de identificação não são nada práticos. Além disso, o processo seria mais confiável, principalmente para leigos.

O simples saber da existência de todas as espécies que existem no planeta nos ajudaria a responder questões fundamentais sobre a evolução e a ecologia. Com essa informação, poderíamos ter melhores políticas para gerir e conservar o mundo à nossa volta.

O segmento de DNA a ser usado no projeto é encontrado num gene conhecido como citocroma c oxidase I ou COI.

O gene está envolvido na metabolização de todas as criaturas mas é codificado de formas ligeiramente diferentes de espécie para espécie.

Nos seres humanos, os códigos de barra diferem de um indíviduo para outro por apenas uma ou duas “letras” no DNA –a sequência do código genético é composta por 648 “letras”. Em relação aos chimpanzés, nós nos diferenciamos em 60 pontos da sequência e em relação aos gorilas, em 70.

Depois dos peixes e dos pássaros, grupo que abrange mais 10 mil espécies, os cientistas pretendem “etiquetar” geneticamente as cerca de 8 mil plantas existentes na Costa Rica.

Críticas

A catalogação por código de barras é recebida com resistência com parte da comunidade científica.

Alguns pesquisadores temem a perda do conhecimento de métodos tradicionais de identificação e questionam a credibilidade do novo sistema.

O especialista em borboletas da University College de Londres James Mallet apóia o projeto, mas questiona o conceito de código de barras, que considera inadequado para espécies novas ou híbridas.

“Eu só gostaria que (o projeto) não fosse chamado de código de barra porque isso implica que as coisas são idênticas –é assim que você um produto.”

“Isso não é verdade no DNA mitocondrial e, num contexto evolutivo onde as espécies se desdobram em outras, isso é muito mais complicado.”

Segundo Mallet, quanto mais próximas duas espécies são, mais informações você precisa para diferenciá-las.

JONATHAN AMOS
da BBC Brasil

Mistura de ritmos irá agitar o fim de semana em Ilhéus. Na Concha Acústica acontece dia 12 de fevereiro a “Ressaca do Arrocha” com apresentação de várias bandas do estilo musical. Já no dia 13 de fevereiro acontece no Espaço Alternativo, localizado ao lado do Hotel Opaba, Pontal, Km 0 da Rodovia Ilhéus-Olivença, apresentação das bandas, “O Quadro” hip-hop, “Quizila” reggae e “Hot Pop” rock; uma mistura para adrenalizar o fim de tarde na cidade, início às 16h.

Ilheenses e turistas prestigiam festa no cais;

Carnaval da Ponta da Tulha é marcado pela irreverência;

Jornada pedagógica discute o ensino na rede municipal;

Ilhéus terá mutirão de combate à dengue.

Ilheenses e turistas prestigiam festa no cais

Os tambores do grupo afro Dilazenze marcaram a abertura da festa que a Prefeitura de Ilhéus realizou neste fim de semana, período do Carnaval Oficial. De sábado (5) até terça-feira (8), 20 atrações fizeram a alegria de ilheenses e turistas, que “brincaram” em um clima de muita alegria e tranqüilidade. Organizado pela Fundação Cultural, o evento chamou atenção sobretudo pela expressiva presença de famílias.

A folia reuniu artistas e bandas regionais, em um palco instalado no cais da Avenida Dois de Julho. Ao longo dos quatro dias, o público curtiu 32 horas de música nos mais variados ritmos, desde axé music até arrocha e samba reggae. O prefeito Valderico Reis e vários membros do seu secretariado compareceram ao evento, planejado para substituir o carnaval oficial em decorrência da difícil situação financeira em que a Prefeitura foi encontrada.

Apesar de modesta, a folia no cais não desapontou e milhares de pessoas prestigiaram as atrações. Para garantir a segurança dos foliões, a Prefeitura contou com o apoio da Polícia Militar, que chegou a utilizar detectores de metais para impedir a entrada de armas na área da festa. Outra medida adotada foi a de cadastrar os vendedores de bebidas e alimentos, cujas barracas passaram por vistoria da Vigilância Sanitária. Além disso, uma ambulância permaneceu o tempo todo no local, para atendimentos de emergência.

“Foi uma festa modesta, mas nem por isso a Prefeitura descuidou da organização”, afirma o prefeito Valderico Reis. Ele reitera que a festa no cais foi realizada porque a Prefeitura não teria condições de promover um evento de grande porte nesse momento, mas assegura que em abril os ilheenses e visitantes terão uma micareta com os maiores nomes do Carnaval da Bahia.

Carnaval da Ponta da Tulha é marcado pela irreverência

A Ponta da Tulha, em Ilhéus, recebeu mais de 10 mil foliões na grande festa de carnaval que começou no sábado (5) e só terminou na noite de ontem (8). Turistas de várias partes do estado e do País se juntaram a ilheenses num agito que reuniu blocos tradicionais, minitrios e bandas emergentes do cenário musical do sul da Bahia. Mesmo com um público recorde, a festa foi marcada pela alegria e tranqüilidade. Quem pulou o carnaval na Tulha, pôde desfrutar da bela paisagem e da praia que é uma das mais procuradas do sul da Bahia.

Os organizadores consideraram o carnaval deste ano o maior já realizado naquela comunidade e atribuem o sucesso à estrutura montada, registrando recorde de público e de atrações, sem perder a irreverência – garantida por atrações como As Leoninas, bloco de homens travestidos de mulher. A festa, que contou com o apoio da Prefeitura, teve as presenças do prefeito Valderico Reis e do secretário de Agricultura, Interior e Pesca, Jorge Viana.

Além de contar com a irreverência de blocos como As Leoninas e o Largadão, de Ilhéus, e Casados I… Responsáveis, de Itabuna, o Carnaval da Ponta da Tulha teve muito som com Fala Sério, Balanço, Balancinho e Ruanda. As bandas se revezaram em apresentações nos minitrios e em um palco fixo. A Secretaria Municipal de Saúde mobilizou equipe para distribuir preservativos e panfletos com orientações sobre DST / Aids.

O movimento também garantiu lucro maior para cabaneiros, donos de bares e ambulantes. Para eles, o Carnaval da Ponta da Tulha este ano foi bem melhor que os anteriores. Ao conseguir reunir um público fiel e atrair novos foliões, o carnaval da Tulha virou marca e já entrou para o calendário das festas do município.

Jornada pedagógica discute o ensino na rede municipal

As relações humanas e as atribuições do educador em sala de aula serão temas da palestra que a psicóloga e professora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Vera Becker, vai proferir a educadores da rede municipal em Ilhéus, nesta quinta-feira (10). O evento será realizado no auditório do escritório local da Ceplac, no centro, a partir das 9 horas, e integra a programação da jornada pedagógica direcionada aos mais de mil profissionais em educação da rede. A abertura das atividades de planejamento será feita pela secretária municipal de Educação, Maria Carolina Brito Cunha, e pelo prefeito Valderico Reis.

Além de enfocar as atribuições do educador, a jornada também abordará temas como a formação de novos cidadãos e as relações interpessoais. O evento será o primeiro grande encontro dos atuais dirigentes da Secretaria de Educação com os profissionais da rede municipal. “Vai ser uma ótima oportunidade para reforçarmos pontos importantes de nossa política educacional, como o ensino de qualidade e a valorização profissional dos nossos colaboradores”, afirma a secretária Maria Carolina Brito Cunha.

As atividades da jornada pedagógica começam amanhã, no escritório local da Ceplac, e se encerram na próxima sexta (11), nas escolas. De acordo com a assessora-executiva da Secretaria Municipal de Educação, Sílvia Barral, amanhã os professores e coordenadores pedagógicos terão contato com as diretrizes de ensino da nova gestão municipal. “É com base em paradigmas que priorizam a qualidade no ensino e o respeito às individualidades que os profissionais vão fazer o planejamento escolar para o ano letivo de 2005”, diz.

As aulas na rede começam na próxima segunda-feira (14). Mais de 30 mil alunos estão matriculados em escolas municipais, no Ensino Fundamental e na Educação Infantil. Maria Carolina enfatiza que todas as unidades de ensino passaram por melhorias antes do início das aulas. “Tivemos pouco tempo para as obras, mas as escolas vão funcionar com o mínimo de dignidade e conforto”, assegura a secretária.

Ilhéus terá mutirão de combate à dengue

Mais de 120 agentes de combate à dengue estarão nas ruas de Ilhéus a partir da próxima segunda-feira (14), em um grande mutirão para eliminar focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti. O trabalho vai abranger toda a área do município e, para atingir bons resultados, a Secretaria de Saúde espera contar com a colaboração da comunidade.

De acordo com a Secretaria, o índice de infestação é alto em todo o município, devido ao baixo nível do controle realizado em 2004. “Vamos retomar o trabalho de forma efetiva, com visitas domiciliares em todos os ciclos de reprodução do mosquito transmissor”, assegura a secretária Vera Jasmineiro.

O trabalho de combate aos focos será supervisionado pela 6ª Diretoria Regional de Saúde (Dires) e a expectativa da Prefeitura é contar com a participação efetiva dos ilheenses. Além da aplicação de larvicida em potenciais criadouros, o trabalho vai envolver a limpeza de quintais e terrenos baldios. “Cascas de coco, latas e garrafas deixadas ao ar livre são facilmente usadas pelo mosquito para depositar suas larvas”, explica Jasmineiro.

O Aedes aegypti se prolifera em água limpa e parada, portanto a melhor maneira de se evitar que a doença se alastre é mantendo caixas d’água bem tampadas e não deixar recipientes expostos em áreas descobertas. Os principais sintomas da dengue são dores por todo o corpo, febre e indisposição. Na modalidade hemorrágica, a enfermidade pode provocar a morte do paciente.

A eleição da nova diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas(CDL) de Ilhéus para o biênio 2005/2006 e para os membros do Conselho Fiscal será realizada nesta quinta-feira, dia 10, na sede da entidade. Conforme prevê o estatuto da CDL, a primeira convocação será às 17h30min, com a presença de metade e mais um do número de associados, e a segunda às 18h30min com qualquer número. Para garantir total lisura e atender ao que dispõe o estatuto, a diretoria da CDL-Ilhéus já publicou o edital de convocação em jornal de circulação na cidade e também enviou cópia do edital para todos os associados. A eleição será com chapa única pois somente uma, intitulada CDL-Forte, registrou candidatura na secretaria da entidade.

A chapa é liderada pelo atual presidente, Paulo Ganem, que, por solicitação dos associados, assumiu o desafio de tocar os destinos da CDL-Ilhéus por mais dois anos. A princípio Paulo Ganem não aceitou a idéia da reeleição mas resolveu assumir o desafio mais uma vez por entender que após esses anos de dificuldades e de pagamento de contas será possível continuar o trabalho de organização da entidade e desenvolver o importantes projetos voltados para o fortalecimento do comércio de Ilhéus. Depois de realizar um amplo trabalho de organização da entidade, um dos desafios do presidente da CDL-Ilhéus é continuar realizando esse trabalho e construir a sede definitiva da entidade, nas Cabanas do Mirante Lojista.
Além do empresário Paulo Ganem, também fazem parte da chapa CDL Forte os seguintes lojistas: José Carlos Silveira (1º Vice Presidente); Clovis Gomes Junior (2º Vice Presidente); Carlos Machado Andrade Filho (Diretor de SPC); Aloysio Tomaz Mendonça (1º Diretor Financeiro); Carlos Alberto Souto (2º Diretor Financeiro); Nadja Nogueira Argollo (1ª Secretária); Jorge Coelho Menezes (2º Secretário); Cristina Nora (Diretora de Relações Públicas); e Paulo Sérgio Santos (Diretor de Eventos). No Conselho Fiscal Efetivo estão os empresários Bruno Alexandre Melo, Luis Eduardo Rehem e Marcos Eduardo Mendonça. Já como suplentes são candidatos André Quadros Santos, Antonio Marcos Lino e Paulo Sérgio de Jesus.

A Previdência deve dar início na próxima semana à primeira fase do recadastramento de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O objetivo dessa checagem é identificar irregularidades no cadastro do INSS, como pagamento indevido de benefícios para aposentados.
A partir daí, o INSS terá uma lista de benefícios irregulares que serão mais tarde checados num recadastramento mais detalhado.
A Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas) deve se reunir amanhã com representantes da Previdência. No encontro devem ser discutidos detalhes operacionais do recenseamento de aposentados.

Entre os pontos a serem definidos está a participação dos sindicatos e entidades de aposentados no recadastramento. Também precisa ser detalhada a forma de remuneração dessa prestação de serviço.

Pelos cálculos da Previdência, as fraudes atingiriam até 20% dos benefícios pagos pelo INSS.

No começo do mês, aposentados receberam uma convocação por carta para comparecer a uma agência do INSS para fazer recadastramento no prazo de dez dias. Esse aviso, entretanto, não tem nada a ver com o recadastramento oficial da Previdência. Trata-se apenas de uma atualização do banco de dados das agências do INSS.

Sem filas

No final de janeiro, o ministro da Previdência, Amir Lando, afirmou que o recadastramento será efetuado sem filas. “O aposentado não enfrentará filas. Não passará por humilhação”, disse ele se referindo à primeira tentativa de recadastramento, de 2003.

Na ocasião, a Previdência cortou o benefício dos aposentados com mais de 90 anos até que eles se recadastrassem. A medida gerou uma série de críticas. Após a repercussão negativa, o governo suspendeu o recadastramento.

Para evitar novas críticas, a Previdência está buscando desta vez o apoio das entidades de representação dos aposentados para elaborar o novo plano de recadastramento.

FABIANA FUTEMA
Folha Online

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou nesta semana dois financiamentos no valor total de R$ 227,8 milhões para a cervejaria Schincariol. Os recursos serão destinados à construção de duas fábricas de cerveja, refrigerante e água mineral.
Um dos financiamentos, de R$ 105 milhões, irá para a Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes, para a instalação de uma unidade em Igrejinha, no Rio Grande do Sul. O projeto está orçado em R$ 212,3 milhões e, desse total, a companhia entrará com R$ 106,8 milhões.
O outro financiamento, de R$ 122,3 milhões, será liberado para a Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes do Norte-Nordeste –empresa do grupo responsável pela construção da fábrica em Benevides, no Pará.

O projeto terá investimentos totais de R$ 229,4 milhões, dos quais R$ 107 milhões serão aportados pela própria empresa.

Os recursos aprovados pelo BNDES serão repassados pelo Bradesco, líder de um consórcio que inclui o Itaú BBA, o Unibanco e o Banco do Brasil.
O projeto prevê a geração de 480 empregos diretos e cerca de 4.800 indiretos, sendo 50% deles em cada uma das duas novas unidades.

Cada uma das unidades terá capacidade instalada de 1,5 milhão de hectolitros de cerveja, 500 mil hectolitros de refrigerante e 175 mil de água mineral por ano. Com isso, o grupo ampliará sua capacidade instalada –de 27,4 milhões de hectolitros anuais– em cerca de 16%, o que deverá trazer impactos positivos nas atividades operacionais e nos resultados financeiros do grupo.

O grupo possui seis unidades industriais, localizadas em Itu, em São Paulo –onde está a matriz– Caxias (MA), Alagoinhas (BA), Paulista (PE), Cachoeiras de Macacu (RJ) e Alexânia (GO), que geram cerca de 6.400 empregos diretos e 46,5 mil indiretos.

Nos últimos três anos, a Schincariol investiu aproximadamente R$ 370 milhões na construção de fábricas nos Estados de Goiás, Pernambuco e Maranhão, além de investimentos de modernização nos seus centros de distribuição.

As duas novas fábricas, que contarão com financiamento do BNDES, permitirão a inserção do grupo nas regiões Norte e Sul do país, hoje parcialmente atendidas pelas unidades de Caxias (MA) e Itu (SP).

A produção de Igrejinha, a 85 km de Porto Alegre, atenderá prioritariamente aos mercados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Futuramente, existe a possibilidade de atender também à demanda dos países do Mercosul.

A unidade de Benevides, no Pará, a 20 quilômetros de Belém, atenderá aos mercados do Pará, Amazonas, Roraima e Amapá, podendo, também, abastecer parte do Estado do Maranhão. Atualmente, a região Norte ainda é pouco explorada comercialmente pelos grandes fabricantes de cerveja, embora representem quase 5% do mercado nacional.

Folha Online

Catarina Paraguaçu, primeira matriarca da Bahia, é o símbolo da miscigenação na América Portuguesa

Convertida ao catolicismo, Catarina Paraguaçu ganhou um nome francês e passou a ensinar às índias a cultura branca

Ela foi a primeira matriarca da Bahia, verdadeira senhora da terra e mar de Todos os Santos. Bela índia tupinambá, Paraguaçu é o símbolo da miscigenação na América Portuguesa. Nua, corria livre as praias de Salvador até que um encontro mudaria sua vida, os destinos de sua tribo e de um país que mais tarde se chamaria Brasil. Um encontro com um homem diferente, de pele branca, estranhamente coberta por muitos panos. Ele veio do mar como um peixe, como um deus, como um Caramuru. Era o primeiro homem assim a chegar por essas terras, entre 1509 e 1511, e atendia pelo nome de Diogo Álvares. Logo eles se apaixonariam, teriam muitos filhos, constituiriam a primeira família aristocrática do Recôncavo, e simbolizariam a integração das raças que viria a formar o povo brasileiro.

Existem diferentes analogias ao nome Paraguaçu. O reconhecido historiador Teodoro Sampaio acreditava ser “aldeia grande”. O antropólogo Thales de Azevedo se referia a “grinalda grande”. Já a tupinóloga e historiadora Consuelo Pondé de Sena fala em “rio caudaloso grande”. “Pará significa rio caudaloso; guaçu significa grande”, explica a especialista. Seja como for, foi do ventre da grande Paraguaçu, filha do chefe de sua aldeia, o cacique Taparica, que surgiram os primeiros luso-tupinambás para ocupar a numerosa aldeia euro-indígena que viria a ser matriz de Salvador, primeira capital do Brasil.

Até hoje ninguém explicou ao certo como e por que o náufrago português Diogo Álvares veio parar em Salvador, mas sabe-se que foi avistado pelos tupinambás pela primeira vez na praia defronte ao atual Largo da Mariquita, no Rio Vermelho. O próprio nome Mariquita é uma corruptela de Mairaquiquiig, que na língua tupi significa “naufrágio dos franceses”. O termo pressupõe, como acreditam vários historiadores, que Diogo era, na verdade, um agente mercantil a serviço daquele país. Por ter surgido do mar entre as pedras, os tupinambás lhe deram o nome de Caramuru, pois era assim que se referiam às moréias, peixes que vivem entre as rochas do mar.

Também é uma incógnita o motivo pelo qual Diogo não foi devorado pelos tupinambás, já que era um costume das tribos que habitavam a costa da cidade comer os inimigos e invasores. Diz a lenda que Diogo teria preservado uma espingarda e ao avistar os índios disparou alguns tiros para o alto, o que teria lhe rendido o apelido de “homem do fogo”, ou “filho do trovão”. Mas, embora presentes em algumas crônicas e até poemas quinhentistas, a lenda não foi confirmada e por isso é refutada pela maioria dos pesquisadores.

O certo é que Caramuru deveria ter uma boa lábia, capaz de convencer tupinambás furiosos, franceses gananciosos e portugueses patrícios. E até espanhóis que naufragavam na costa o jovem Diogo Álvares recepcionou em sua aldeia, recebendo por isso uma carta de agradecimento do Rei Carlos V, da Espanha. Era um verdadeiro embaixador do Brasil, num período em que os lusitanos ainda estavam longe de ocupar a Baía de Todos os Santos.

Vila Velha

Logo que se conheceram, a moréia e o grande rio caudaloso foram viver com os tupinambás entre o atual Porto da Barra e o Largo da Vitória, na aldeia então batizada de Vila Velha. Tiveram muitos filhos. As duas primeiras foram casadas com europeus, que seriam acolhidos por Caramuru depois de fugir de São Vicente, onde cometeram um assassinato. Possivelmente este tenha sido o primeiro casamento religioso nessas terras, já que a primeira expedição do governador Tomé de Souza e dos padres Jesuítas só chegaria em 1549 para a fundação da cidade.

Mas Martim Afonso de Souza passava pela segunda vez pela Baía de Todos os Santos em direção às índias, trazendo consigo alguns padres franciscanos, que abençoariam a união. O primeiro casório foi o de Madalena com Afonso Rodrigues, em 1534, e está registrado em uma lápide na igreja matriz da Vitória. Depois, foi a vez da outra filha de Paraguaçu, Felipa, se casar com Paulo Dias Adorno. Do primeiro casal, nasceriam três homens, futuros senhores de engenho na cidade de Cachoeira. Do outro, nasceu Antonio Dias, que se tornaria oficial da Câmara de Salvador anos mais tarde.

Em 1526, Paraguaçu, a heroína tupinambá, embarcava com seu marido para uma viagem à França, onde dois anos depois seria batizada e se casaria na cidade de Saint Malo. Sua certidão de batismo mostra que, em 30 de julho de 1528, receberia o nome de Katherine du Brézil (Catarina do Brasil), em referência à sua madrinha, Katherine des Granches, esposa do navegador Jacques Cartier, explorador do Canadá. Seu padrinho foi o nobre senhor Guyon Jamyn, irmão de Oliver Jamyn, marido de Tomasia Cartier, tia de Jacques. Muitos filhos e filhas viriam depois. Logo viriam também os netos.

À casa de Paraguaçu, na grande aldeia de Vila Velha, estaria ainda reservada um momento grandioso. Em 1549, abrigou a tripulação do primeiro governador do Brasil, Tomé de Sousa, a pedido do rei de Portugal, e, durante alguns meses, ali seria sediada a colônia. Com Tomé de Sousa vieram nobres poderosos, como Garcia D”Ávila, que com suas sesmarias se tornou o maior latifundiário do mundo. O neto de Paraguaçu se casaria com a filha de Garcia D”Ávila, dando origem ao arcabouço aristocrático do recôncavo baiano.

Já convertida ao catolicismo, a velha índia tupinambá passou a ensinar os novos costumes às demais de sua tribo. E de um dia para o outro passaria a ter uma série de sonhos em que apareciam visões de uma mulher que a chamava à praia da Barra. Intrigado, seu marido mandaria vasculhar a área e encontraria uma escultura em madeira de Nossa Senhora, carregando o Jesus menino nos braços. Comovidos com o “milagre”, Caramuru e Paraguaçu mandariam construir a Igreja da Graça, por volta de 1530, para abrigar a imagem santa. É nela que repousam os restos mortais de Catarina do Brasil. Em um grande painel e também no teto da igreja, estão retratadas a visão milagrosa de Paraguaçu.

Depois da morte de Caramuru, por volta de 1557, a viúva Paraguaçu ampliaria ainda mais as suas posses. Além das terras deixadas pelo marido, onde estava situada a Aldeia Vila Velha, a índia tupinambá recebeu do próprio governador Mem de Sá um vasto território que compreendia os atuais bairros da Graça e da Vitória, se tornando uma verdadeira senhora da Bahia. Tudo isso, inclusive a igreja, considerada o primeiro santuário mariano da América, seria doada por Paraguaçu em testamento aos monges beneditinos, em 1587. O testamento original ainda se encontra no Mosteiro de São Bento, fundado em 1582.

Considerada um dos principais símbolos femininos da história do país, por ter exercido um papel fundamental na integração das raças que formaram o povo brasileiro, a tupinambá Catarina Paraguaçu é sempre lembrada como a mãe das mães brasileiras, o esteio e a origem da família no país.

CORREIO DA BAHIA

Os donos da terra chegaram há milhares de anos. Vieram a pé, queriam alcançar o lugar onde não se morre, acreditando em uma antiga lenda do seu povo, que, tempos depois, se revelaria uma grande ironia do destino. Queriam chegar onde, segundo seus antepassados, havia fartura de terra e mar, de solo fértil e muitos peixes. Inspirados por seus deuses, um dia decidiram se reunir e caminharam pelas matas e caatingas, seguindo sempre o pôr-do-sol. Relatam os antigos cronistas que desceram de muito além do Rio São Francisco até chegar em solo baiano. Mas o caminho não seria nada fácil. Nele haviam de encontrar os tapuias e os tupinaês, inimigos mortais. Muitas guerras se travaram, aldeias inteiras foram destruídas, até que os tupinambás expulsassem seus contrários e se deparassem com a Baía de Todos os Santos, para eles Kirimuré-Paraguaçu. Desde então, se transformariam nos senhores daquelas terras e mares, do novo paraíso dos tupinambás.

Extinta, mas geneticamente presente no sangue miscigenado que corre nas artérias da Bahia, a nação tupinambá por milhares de anos habitou todo o recôncavo e parte do sertão baiano, até as imediações do Rio São Francisco. E ocuparam este território até a chegada avassaladora dos invasores europeus. Mas desde antes os tupinambás já tinham inimigos por todos os lados. Ao norte, eram os caetés. Em direção ao Rio São Francisco, guerreavam com os potiguares. Ao sul, brigavam primeiro com os tupiniquins, depois com os aimorés, que subiam a costa vindos do Rio Caravelas. Pelo sertão disputavam espaço com os tapuias, que haviam sido expulsos do recôncavo por eles.

Quando não guerreavam com outros grupos, os tupinambás gladiavam entre si, por diversas desavenças. Brigas por espaço, por comida e até para manter o controle demográfico. Para o sociólogo Florestan Fernandes, a guerra entre os tupinambás tinha mesmo uma função social. Uma confusão que hoje pode parecer tola teria originado uma história de ódio entre duas tribos rivais, e acabaria sendo responsável pela povoação de Itaparica e outras ilhas ao redor. Conta o cronista Gabriel Soares de Souza, português radicado na Ilha, em seu Notícias do Brasil, publicado em 1587, que um índio tomou uma jovem tupinambá de seu pai sem o consentimento do velho murubixaba (chefe). Indignado, o pai da indiazinha passou para a Ilha de Itaparica com seus parentes e amigos de outras aldeias, enfrentando os temíveis upupiaras, monstros marinhos que na lenda tupinambá habitavam as águas calmas da Kirimuré-Paraguaçu. E depois de chegar ao outro lado fizeram frente aos índios da cidade, em episódios de primitivas batalhas navais. “E ainda hoje em dia há memória de uma ilheta, que se chama a do Medo, por se esconderem atrás dela; onde faziam ciladas uns aos outros com canoas, em que se matavam cada dia muitos deles”, relatou o cronista lusitano, se referindo a uma famosa ilha da baía. Depois de destruir uma das aldeias da tribo, os inimigos abriam as covas e destruíam suas caveiras para que a vingança fosse completa.

E as desavenças entre os belicosos tupinambás não paravam por aí. Aqueles que viviam na costa de Salvador não se davam com os do sertão e ambos, por sua vez, lutavam até a morte contra os que perambulavam no litoral norte. Terminada uma das batalhas o ritual era sempre o mesmo: os vencedores escravizavam os mais fracos, e os corajosos viravam a refeição principal da festa de comemoração da vitória. Para os europeus, maior sinal de barbárie não havia do que os rituais antropofágicos dos índios tupinambás.

E quando os discípulos de Cabral aportaram nos domínios tupinambás, foram recebidos com sua cordial saudação: “Ereiupe?”, que significa: “Vieste?”. Esta, por sua vez, deveria ser respondida com um: “Pá, aju”, que quer dizer: “Pois não, vim”. Mas apesar da simpatia aparente, o fato é que eles não gostavam dos portugueses. Preferiam os franceses, que queriam apenas negociar o pau-brasil e não vinham para ficar e ocupar suas terras. Se davam com os padres jesuítas, presentes desde a fundação da cidade do Salvador, em 1549. Os tupinambás enxergavam a boa intenção daqueles que chamavam de abaré – que significa homem diferente -, pelo fato de não “gostarem” de mulheres. Com os jesuítas, os nativos viveram por muitos anos em aldeamentos destinados à catequese, onde estavam protegidos da fúria dos colonos, mas não das doenças por eles trazidas, que dizimou milhares de índios indefesos diante das pestes européias. Foi o começo do fim. O final de uma história que ainda reservaria episódios de massacres, traições e escravidão, que jamais seriam tolerados pelos nativos, que resistiram até onde puderam. Depois, fugiram, mas sem nunca se render. Por serem tão belicosos, os tupinambás jamais seriam adaptados ao convívio com os forasteiros europeus.

Mas antes mesmo que existisse fim, houve um recomeço. Do ventre da índia Paraguaçu, a mãe das mães brasileiras, e depois de outras índias tupinambás, nasceram os primeiros brasileiros mestiços que povoariam toda a Baía de Todos os Santos. Hoje, cada baiano carrega um pouco de tupinambá em si mesmo. Da semente plantada por Paraguaçu, primeira personagem feminina a entrar para a história do novo mundo, grandiosa como seu próprio nome sugere, nasceriam os caboclos e caboclas que se transformariam no símbolo da Independência da Bahia, da luta pela libertação contra os mesmos invasores de outrora. Caboclos que mais tarde se uniriam aos negros. E todos, juntos, escreveriam a história com suas próprias mãos. Uma história chamada Brasil.

CORREIO DA BAHIA