Um dos financiamentos, de R$ 105 milhões, irá para a Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes, para a instalação de uma unidade em Igrejinha, no Rio Grande do Sul. O projeto está orçado em R$ 212,3 milhões e, desse total, a companhia entrará com R$ 106,8 milhões.
O outro financiamento, de R$ 122,3 milhões, será liberado para a Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes do Norte-Nordeste –empresa do grupo responsável pela construção da fábrica em Benevides, no Pará.
Os recursos aprovados pelo BNDES serão repassados pelo Bradesco, líder de um consórcio que inclui o Itaú BBA, o Unibanco e o Banco do Brasil.
O projeto prevê a geração de 480 empregos diretos e cerca de 4.800 indiretos, sendo 50% deles em cada uma das duas novas unidades.
Cada uma das unidades terá capacidade instalada de 1,5 milhão de hectolitros de cerveja, 500 mil hectolitros de refrigerante e 175 mil de água mineral por ano. Com isso, o grupo ampliará sua capacidade instalada –de 27,4 milhões de hectolitros anuais– em cerca de 16%, o que deverá trazer impactos positivos nas atividades operacionais e nos resultados financeiros do grupo.
O grupo possui seis unidades industriais, localizadas em Itu, em São Paulo –onde está a matriz– Caxias (MA), Alagoinhas (BA), Paulista (PE), Cachoeiras de Macacu (RJ) e Alexânia (GO), que geram cerca de 6.400 empregos diretos e 46,5 mil indiretos.
Nos últimos três anos, a Schincariol investiu aproximadamente R$ 370 milhões na construção de fábricas nos Estados de Goiás, Pernambuco e Maranhão, além de investimentos de modernização nos seus centros de distribuição.
As duas novas fábricas, que contarão com financiamento do BNDES, permitirão a inserção do grupo nas regiões Norte e Sul do país, hoje parcialmente atendidas pelas unidades de Caxias (MA) e Itu (SP).
A produção de Igrejinha, a 85 km de Porto Alegre, atenderá prioritariamente aos mercados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Futuramente, existe a possibilidade de atender também à demanda dos países do Mercosul.
A unidade de Benevides, no Pará, a 20 quilômetros de Belém, atenderá aos mercados do Pará, Amazonas, Roraima e Amapá, podendo, também, abastecer parte do Estado do Maranhão. Atualmente, a região Norte ainda é pouco explorada comercialmente pelos grandes fabricantes de cerveja, embora representem quase 5% do mercado nacional.
Folha Online