Segundo o relatório do grupo, as armas estão armazenadas em oito bases, distribuídas pela Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália, Reino Unido e Turquia. É na Alemanha que há maior concentração de armas, onde existem, pelo menos, 150 bombas guardadas. O país também detém três bases nucleares, e duas estão em total operação.
“O número atual de bombas é de dois a três vezes maior que as estimativas feitas por analistas ligados a ONGs (organizações não-governamentais) durante a segunda metade da década de 90”, afirma o relatório. De acordo com o grupo, essas estimativas foram realizadas com base em informações públicas sobre a capacidade de cada base nuclear.
O texto afirma que o acúmulo de armas acaba por atrapalhar os esforços para a constituição de relações estáveis com a Rússia, e mina o direito dos americanos e europeus de pedirem a outros países que abandonem os seus respectivos programas nucleares.
“A administração [do presidente George W.] Bush e a Otan devem tratar desse assunto como de interesse à segurança global, e os EUA deveriam retirar todas as armas nucleares da Europa”, afirma o relatório.
A publicação do texto coincide com a reunião da Otan, que inclui os ministros da Defesa de vários países e também o secretário de Defesa americano, Donald Rumsfeld. O encontro da aliança, que começou hoje, tem duração de dois dias e foi organizado em Nice, na França.
Folha Online
Com agências internacionais