JOVENS COMERCIALIZAVAM DROGAS PELA INTERNET

A polícia Federal investiga 29 mil usuários do ORKUT que negociam maconha, ecstasy e lança-perfume na internet e no Messenger, sistema de comunicação da Microsoft. comunidades de Salvador que negociavam lança-perfume saíram do ar. Os perfis do estudante de arquitetura da Ufba, G.S, e da estudante de odontologia da Bahiana de Medicina, C. V., foram excluídos do site.
O esquema da compra e venda da droga funciona, além da Bahia, nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santos, Minas Gerais e São Paulo. Só nas comunidades sobre lança-perfume de Salvador, mais de 80 jovens negociavam à vontade ampolas no site de relacionamentos.
A notícia começou a circular nas páginas do Orkut antes das 5 horas da manhã desta sexta-feira, 28. Na comunidade de F. C., uma mensagem enviada por “Anonymous” alerta os membros da comunidade: “Fiquem espertos com os porcos fardados” e avisa: “Rapaziada, sou totalmente a favor que a Polícia Federal corra atrás de drogas, que acabem com o crime, mas contra o lança-perfume não, sem chance!”
No Orkut, não há um mecanismo para banir ações consideradas ilegais como ocorre nas salas de bate-papo dos portais brasileiros. Há apenas uma advertência na página inicial do usuário que diz “não é permitido promover ou encorajar ações ilegais, é preciso ter 18 anos para usar os serviços e é proibido usar o site para comercializar qualquer tipo de produto”. Como os cadastros não são monitorados, fica por conta de cada usuário respeitar ou não a restrição do sistema.
Caso o internauta queira reclamar ou denunciar algo, o contato é feito por e-mail, mas nem sempre o resultado é eficaz. A resposta pode demorar bastante. “O Orkut está hospedado nos Estados Unidos e isso dificulta o controle do que é publicado em português”, explica Paulo Perez, da Open Communication Security, empresa de engenharia de segurança na internet.
Sobre a negociação das drogas pelo Messenger, a Microsoft informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não se responsabiliza pelo conteúdo trocado no MSN. Caso haja uma denúncia pela polícia sobre o uso irregular do produto, a empresa poderá desativar a conta.

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