As obras de infra-estrutura previstas para serem executadas no Porto de Ilhéus nos próximos três anos vão torná-lo capaz de movimentar um volume de cinco milhões de toneladas, por ano. Para ampliá-lo, a Companhia das Docas da Bahia (Codeba) prevê investimento de R$ 21 milhões até 2007. Obras emergenciais como as de enrocamento e construção do dolfin para atracação de navios já começaram e permitirão que o porto tenha capacidade para receber, ao mesmo tempo, três navios de médio porte já no final neste ano. O dolfin estará pronto até março e as obras de enrocamento, em junho.
O coordenador de gestão do porto de Ilhéus, Eduardo Melquíades Silva, afirma que, atualmente, o porto recebe dois navios graneleiros ao mesmo tempo. Após a conclusão das obras em 2007, poderão atracar na base ilheense cinco navios de uma só vez. O dolfin vai resultar numa ampliação em 80 metros do cais (hoje possui extensão de 432 metros). O andamento dos projetos foi avaliado esta semana pelo presidente da Codeba, Jorge Medauar, e pelos membros do Conselho de Autoridades Portuárias de Ilhéus, dentre eles a secretária municipal de Indústria, Comércio, Ciências e Tecnologia, Rúbia Carvalho.
Os planos de expansão previstos para o porto local deverão ter reflexo direto na economia ilheense. Os investimentos podem garantir ao município a exportação de novos produtos, como algodão e minério (ferro e magnesita) extraído no oeste da Bahia e em Minas Gerais. Melquíades destaca que, no ano passado, “o porto obteve o melhor resultado de sua história ao exportar de 1 milhão de toneladas”. Melquíades afirma que as obras de enrocamento vão possibilitar a construção de uma nova área de 100 mil metros quadrados para estocagem.
O porto também irá contar com uma base de apoio para as transportadoras. A aquisição do terreno para esta base está sendo negociada entre o presidente da Codeba e o prefeito Valderico Reis, que já iniciaram negociações visando adquirir uma área próxima à concha acústica. A Prefeitura e a Codeba também se mobilizam para que a produção baiana de celulose passe a ser exportada por Ilhéus. Somente com a celulose, o volume de exportação saltaria de 1 milhão para 3,5 milhões de toneladas exportadas pelo porto local.