O prefeito Valderico Reis assegurou ao presidente da Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba), Jorge Medauar, que o governo municipal vai se empenhar para que o projeto de ampliação do Porto de Ilhéus seja viabilizado. A garantia foi dada durante reunião no Palácio Paranaguá, na quinta-feira (13). O porto exportou no ano passado um volume recorde de 1 milhão de toneladas. De acordo com Medauar, com a ampliação, vai ser possível dobrar essa marca, exportando 2 milhões de toneladas por ano.
Medauar afirmou que, graças à movimentação recorde registrada no ano passado, a Codeba já possui em caixa recursos suficientes para investimentos na ampliação do porto. As obras vão garantir que a unidade portuária aumente sua capacidade para operar com até quatro navios ao mesmo tempo, enquanto hoje a estrutura permite a atracagem de apenas duas embarcações de grande porte. O prefeito Valderico Reis enfatizou que a geração de emprego e renda está entre as principais bandeiras da administração municipal. “Neste sentido, vamos batalhar para que este projeto do porto se torne viável”, adiantou.
Segundo o presidente da Codeba, o esforço político será importante para que o porto ilheense passe a exportar a celulose produzida na região extremo-sul. A celulose produzida em Eunápolis segue pelo terminal de barcaças de Belmonte até o porto de Barra do Riacho, no Espírito Santo, a 361 milhas náuticas de distância, o que eleva os custos da empresa. Fazendo o transporte para Ilhéus, haverá uma significativa redução de custos, principalmente em função do trajeto menor, de apenas 63 milhas náuticas.
A exportação por Ilhéus, além de mais barata, não representaria riscos ao equilíbrio ambiental, já que entre Belmonte e Barra do Riacho está a rota das baleias jubarte, nas imediações do arquipélago de Abrolhos. “Vamos levar essas questões ao governador Paulo Souto e nos mobilizar para que a produção de celulose seja exportada por Ilhéus”, disse Valderico.