ÁREA SOCIAL ESTÁ DEBILITADA

O serviço de atendimento ao público da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Ilhéus começa a funcionar somente no dia 17. O prazo será importante para que o município possa executar obras de reparo no prédio que abriga as estruturas administrativas e de atendimento da Secretaria. As obras são necessárias para que o público possa ser atendido com o mínimo de conforto, segundo a secretária Fátima Reis.

Uma inspeção identificou que o prédio, localizado na Rua Mário Alfredo (centro), está com as suas instalações elétricas e hidráulicas comprometidas e parte do teto corre risco de desabamento. O setor utilizado para emissão de passe-livre e atendimento para benefício de prestação continuada foi interditado. O teto já não existe mais e o que restou da cobertura de madeira apodreceu. “O local está sem as mínimas condições de atendimento”, afirma a secretária Fátima Reis.

Infiltrações nas paredes internas e no teto provocam um forte odor no prédio, principalmente em setores como os de recepção e de administração de programas sociais como Bolsa-Escola, Bolsa-Família e Vale-Gás. O mini-auditório onde deveriam acontecer as atividades de jornada ampliada de programas como o Agente Jovem foi utilizado como depósito de material tóxico e inflamável. Mais de 40 latas de tinta-zarcão para navio foram abandonadas no auditório. O produto teve que ser removido para a parte externa do prédio, mas o auditório ainda não pode ser utilizado, assim como os banheiros, que estão fechados, sem condições de uso.

Fátima Reis demonstrou-se preocupada com o quadro de deterioração e descaso não só do prédio, como também de equipamentos e arquivos. Aparelhos de ar condicionado foram encontrados sucateados e jogados no chão. Os portões de acesso ao prédio estão danificados. O material didático que deveria ser utilizado nas atividades de jornada ampliada do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) não teve utilidade. Segundo funcionários, desde outubro não há mais atividades educativas do Peti e de outros programas sociais como o Agente Jovem.

Programas sociais
O descaso na área social afetou também o desenvolvimento de programas de educação e transferência de renda. As duas mil crianças do Peti não recebem recursos desde setembro passado. A Prefeitura fechou o ano devendo R$ 15.473,00 somente aos pequenos fornecedores do Peti. As duas mil crianças e adolescentes não receberam ainda as bolsas-auxílio referentes a setembro, outubro, novembro e dezembro porque a prefeitura ficou inadimplente com a União.

O município não pagou em tempo hábil a contra-partida e, por isso, o repasse do benefício encontra-se suspenso. “Estamos correndo para agilizar esses pagamentos e regularizar os programas sociais”, afirma Fátima Reis. O Peti atende crianças de 7 a 15 anos, fornecendo bolsas-auxílio mensais de R$ 25,00 por criança ou adolescente, além de atividades educativas, uniforme e lanches. Fátima afirma que, atendendo determinação do prefeito Valderico Reis, o Programa, assim como toda a área social, será reestruturada.

A secretária de Assistência Social informa que as providências serão tomadas também em relação ao Programa Agente Jovem. 175 jovens atendidos pelo programa ficaram sem receber benefício relativo a setembro, outubro e novembro, além de dezembro. “Nosso governo vai priorizar ações para dar dignidade a quem mais necessita”, destaca Fátima.

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