BATACLAN, MULTIPLOS PRAZERES EM UM SÓ LUGAR

O Centro Cultural Batalan, situado na Av. 2 de Julho,Centro de Ilhéus , imortalizado na obra de Jorge Amado, foi reinaugurado em 28 de junho de 2004, após ser reconstruído. Diferentemente da primeira versão dos idos anos de 1910 a 1942 , mas reconstituindo cenicamente o passado, o Centro Cultural Bataclan nos dias atuais abriga um restaurante e choperia, cyber café, charutaria, artesanato, salão para reuniões, exposições, saraus e esquetes teatrais, apresentações da cultura negra, como maculele e capoeira. Com mais de vinte mil visitas deste a abertura e inúmeras atividades, proporcionando aos visitantes, entretenimento aliado ao conforto e qualidade em serviços, solidifica-se como peça principal no roteiro turístico histórico cultural do Sul da Bahia.



FACHADA DO CENTRO CULTURAL BATACLAN

Dia 16 de dezembro, o Bataclan ofereceu uma noite com variadas atrações para apresentação do produto turístico para os guias e agências de Ilhéus e Porto Seguro. Na oportunidade apresentaram-se o Grupo Afro Dilazenze com sua percussão e balé afro, a cordelista e atriz Janete Lainha e o ator Eli Izidno encenaram a cafetina e o coronel do cacau, o cantor e instrumentista Lito Vieira com o chorinho, o quarteto Adriana Carvalho, Roberta Pignaton, Daniela Maia e Felipe Veloso deram um show de MPB.

Compareceram ao jantar cultural: Rodrigo, Márcia Pereira e Cassío NV Turismo, Grou Turismo, Taipe Turismo Porto Seguro; Hermano Fahning, Ana Matilde e Carlos Paulista, diretores da Secretaria de Turismo de Ilhéus no próximo mandato, José Oscar da Multimagem, Eustaquio da ViaMetro transportes Urbanos, José Ribeiro, Carmem do SAC, Angélica Leahy e Graça Rocha do SENAC, Hans Schaeppi da ATIL, José Leal, Paulo Cidade e Emília Nascimento.



GUIAS SE DIVERTEM COM A ENCENAÇÃO DA CAFETINA INTERPRETADA POR JANETE LAINHA

HISTÓRIA E ESTORIAS DO BATACLAN
Era freqüentado pelos ricos coronéis da cidade e de toda a região, pelos comerciantes em ascensão econômica e, até mesmo, pelos caixeiros-viajantes, quando estavam de passagem pela cidade. Numa época de costumes machistas, em que a cultura do ter forjava comportamentos e valores, era “normal” os homens freqüentarem cabarés como forma de demonstrar virilidade e poder.



Grupo Afro Dilazenze em apresentação no Bataclan



Capoeira é mais um atrativo do Bataclan

O Bataclan e o Trianon eram os principais cabarés de Ilhéus, freqüentados pelos exportadores, fazendeiros, comerciantes, viajantes de grandes firmas. Mas nas ruas de canto havia outros, onde se misturavam trabalhadores do porto, gente vinda das roças, as mulheres mais baratas. O jogo era franco em todos eles, garantindo os lucros. Uma pequena orquestra animava as danças […] A orquestra do Bataclan atacava valsas, tangos, fox-trotes, polcas militares. (Ibid, p. 165 – 243).



Apresentação de dança

Representava uma opção de lazer noturno e oferecia entretenimento a seus clientes como os jogos de sorte e apresentações artísticas de dançarinas vindas de outras regiões do país, com seus números eróticos e sensuais:
Era quase uma da manhã quando a orquestra cessou e as luzes se apagaram. Ficaram apenas umas pequenas lâmpadas azuis, da sala de jogo veio muita gente, espalhando-se pelas mesas, outros de pé junto às portas. Anabela surgiu dos fundos, enormes leques de penas nas mãos. Os leques a cobriam e a descobriam, mostravam pedaços do corpo […] Anabela dançava no meio da sala, sorrindo para as mesas. Foi um sucesso. O coronel Ribeirinho pedia bis, aplaudia de pé. As luzes voltavam a se acender, Anabela agradecia as palmas, vestida com uma malha cor-de-carne […] Sob aplausos, ela retirou-se para voltar minutos depois num segundo número mais sensacional ainda: coberta de véus multicores que iam caindo um a um, como anunciara Mundinho. E durante um breve minuto, quando caiu o último véu e as luzes novamente se acenderam, puderam ver o corpo magro e bem feito, quase nu, apenas uma tanga mínima e um trapo vermelho sobre os seios pequenos. A sala gritava em coro, reclamava bis, Anabela passava correndo entre as mesas ( Ibid, p. 165 – 166).



Lito Vieira e seu chorinho encanta os visitantes

Por meio desse tipo de apelo e através da oferta de “boas moças” ou melhor, de bons serviços, a “casa” rendia elevados lucros. Os frequentadores do cabaré pagavam generosamente pelos serviços prestados no local, desde que a oferta satisfizesse às suas necessidades.



Encernação da cafetina e o coronel de cacau, feita por Janete Lainha e Eli Izidno

O dinheiro rolava fácil, nos cabarés corria a champanha, nova carga de mulheres em cada navio, os estudantes fazendo concorrência aos moços do comércio e os caixeiros-viajantes no xodó das raparigas. Os coronéis pagando, pagando com largueza, rasgando dinheiro, notas de quinhentos mil – réis (Ibid, p. 369).



MPB também faz parte da noite no Bataclan

Ao destacar os trânsitos e costumes dos clientes do Bataclan, é ressaltada a sociedade ilheense coronelista dos anos 30, em que os ricos fazendeiros mantinham as suas esposas trancafiadas em casa, cuidando das atividades domésticas, enquanto eles, boêmios, divertiam-se à noite nos cabarés, quando não montavam casas para as amantes, visando a encontros.



Cafetria, restaurante, charutaria e cyber café no Bataclan



Artesanato também pode ser adquiridos no Bataclan



Lateral vista do deck bar do Bataclan



Quarto de Maria Machadão

Maiores informações: www.oclus.com.br

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