PROJETO CINEMA BR MOVIMENTO

Dois dos mais aplaudidos filmes da produção brasileira contemporânea – “O prisioneiro da grade de ferro” e “O homem que copiava” -, vão ser exibidos com entrada franca na Fundação Cultural de Ilhéus nos dias 28 e 29 deste mês, no Cine-Teatro Fernando Leite Mendes, da Casa de Cultura Jorge Amado, a partir das 18h30min, através de parceria com o Cinema BR em Movimento, que desde maio de 2000 vem proporcionando um encontro inédito da população brasileira com a recente produção cinematográfica nacional. Atuando simultaneamente em todo o país em dois circuitos não formais – universitário e comunitário -, o projeto exibe gratuitamente filmes brasileiros ocupando novos espaços, formando platéias para o cinema nacional e democratizando o seu acesso para a população excluída das salas de cinema, por motivos econômicos ou geográficos.



A meta dos coordenadores do CBRM é atingir cerca de um milhão de espectadores até o final deste ano. De maio de 2000 até setembro de 2004 o projeto já alcançou mais de 900 mil pessoas e a inclusão de Ilhéus é decorrente de sua importância populacional, turística e cultural. “Mais do que alcançar a meta de um milhão de espectadores, os números indicam a aceitação e a penetração do projeto nas comunidades e universidades do país”, comemora Gabriela Carriço, gerente do CBRM.

FILMES – “O prisioneiro da grade de ferro” foi filmado um ano antes da desativação da Casa de Detenção Carandiru, em São Paulo, onde os detentos aprenderam a utilizar câmeras de vídeo e documentaram o cotidiano do então maior presídio da América Latina. Com roteiro e direção de Paulo Sacramento, o filme foi rodado em sete meses, tendo recebido o prêmio da crítica como documentário longa-metragem no XXXI Festival de Gramado, em 2003; ganhou também os prêmios de melhor documentário nas competições nacionais e internacionais no “Festival é Tudo Verdade” recebeu menção honrosa por parte do júri do Festival do Uruguai, em 2004; e venceu o prêmio de melhor documentário no VIII Festival Internacional Latino-Americano de Cinema, em Los Angeles.

Já “O homem que copiava” conta a história de um jovem de 20 anos que trabalha na fotocopiadora da papelaria Gomide, localizada em Porto Alegre. Ele precisa desesperadamente de 38 reais para salvar a vida de Silvia, sua grande paixão, que trabalha como balconista numa loja de roupas, e precisa estar de qualquer maneira em um encontro no alto do Corcovado. Para conseguir o dinheiro, André tem vários planos e, incrivelmente, todos dão certo. Contando com as participações de Lázaro Ramos, Leandra Leal, Luana Piovani, Pedro Cardoso e Paulo José, “O homem que copiava” ganhou o prêmio de melhor roteiro no XXI Festival Internacional de Miami; recebeu o prêmio da crítica no VII Festival Internacional de Cinema de Punta del Este, e ganhou a mostra latino-americana do Festival do Uruguai, tudo em 2004.

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