Após temporada em Salvador, o espetáculo “Joguete”, que tem a finalidade de levar ao palco as fraquezas e medos que fazem parte da natureza humana, porém sem perder a natureza poética e lírica, de maneira sutil e jocosa, estréia no dia 30 deste mês, às 20 horas, no Teatro Municipal de Ilhéus, com reapresentação no dia 31, no mesmo local. Montado pela Companhia Buffa de Teatro, os atores, para unir esses pólos utilizam uma linguagem próxima à poesia, provocando risos pela ingenuidade de seus representantes. O ingresso custa 6 reais (inteira) e 3 reais (estudantes) e pode ser adquirido antecipadamente na bilheteria no teatro.
A produção do espetáculo diz que “Joguete” contém cenas que provocam risos, mas que tem uma natureza trágica a triste, demonstrando a situação humana, ridícula e abstrata. Com isso, a Companhia Buffa de Teatro pretende mostrar as tramas das relações interpessoais e causar no espectador uma reflexão sobre a condição humana e interdependência, fazendo com que o público perceba nele mesmo as faltas e louvores que refletem no palco.
“JOGUETE” – “Joguete” é a continuação de um estudo de montagens de espetáculos que iniciou em 1998, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, na Universidade Federal de Santa Maria, com a finalidade de unir num processo de metodológico e criação de espetáculo, obras que fazem parte do teatro do absurdo, técnicas de clown, cinema mudo, desenho animado e circo. A direção é de Joice Aglae e o elenco é formado por Jacyan Castilho, Diana Ramos, Andréa Rabelo, Simone Araújo, Fernando Lopes e Jorge Baia.
A diretora gaúcha e atriz Joice Aglae, mestranda do PPGAC da Universidade federal da Bahia diz que a leitura e análise do texto “Fim de partida”, de Samuel Beckett, serviram como ponto de partida para uma reflexão das contradições humanas, das relações de interdependência e de poder, numa ousada e arrojada estética cênica que dispensa o texto verbalizado e prioriza a ação e o trabalho corporal dos atores.