Os imóveis construídos a partir do século IX em Ilhéus são um dos traços mais marcantes da história do município que tem 470 anos. O centro histórico da cidade possui um casario antigo em contraste com construções modernas, tornando o patrimônio arquitetônico de Ilhéus um exemplar da época áurea do cacau. Revelando aspectos distintos da civilização do cacau, esse patrimônio histórico tem despertado a atenção de pesquisadores, empresários e o poder público, com investimentos e obras de urbanização no sítio turístico-cultural denominado Quarteirão Jorge Amado.
A pesquisadora, que fez levantamento de todas as leis que protege o patrimônio histórico, a maioria de iniciativa do atual prefeito Jabes Ribeiro, disse que não só para preservar como também para valorizar os imóveis de importância fundamental para o incremento do turismo cultural e acima de tudo para o resgate da história de Ilhéus. Citou como exemplo o tombamento do Palácio Paranaguá, na praça J.J. Seabra, e as restaurações recentes de prédios como o Bataclan, na praça José Marcelino, e o General Osório, onde funciona a Biblioteca Pública Municipal Adonias Filho e o Arquivo Público João Mangabeira, na praça Castro Alves.
Segundo Maria Luiza Heine, apesar de todo o esforço até agora realizado para a preservação e valorização de imóveis históricos, “ainda é pouco tendo em vista que esse patrimônio deve ser usado como suporte para o turismo. Para assegurar a conservação desses prédios é necessário esforço conjunto entre governo e a comunidade, além de um trabalho de conscientização com os donos dos imóveis a respeito da importância da preservação”. Ela cita alguns prédios, que considera verdadeiras preciosidade: convento da Piedade, Palacete Misael Tavares, Teatro Municipal de Ilhéus. Palácio Paranaguá, Ilhéus Hotel, Bataclan, Bar Vesúvio, Casa dos Artistas, Casarão das irmãs Silva, Igreja Matriz de São Jorge, entre outros.