O senador Rodolpho Tourinho (PFL) afirmou ontem que a discussão do
projeto que prorroga até 2019 os benefícios fiscais previstos pela Lei da
Informática não envolve apenas os interesses da Zona Franca de Manaus, mas de outros
estados, como o Pólo de Informática de Ilhéus, na Bahia. A polêmica em torno da Lei
de Informática envolveu os fabricantes de televisores e de monitores de computador.

Tourinho disse que saiu em defesa dos interesses do Pólo de Informática de Ilhéus a
pedido do governador Paulo Souto. O senador lembrou que a região onde está instalado
o Pólo de Ilhéus passou por importantes mudanças econômicas, com a crise da lavoura
cacaueira. Hoje, de acordo com o senador, mais de 50 empresas estão instaladas no
pólo e com um faturamento de R$1,5 bilhão ao ano.
“Temos uma região extremamente importante no nosso estado que, no passado, foi um
esteio de riqueza, não só para a Bahia, como para o Brasil. Aquela região do cacau
propiciou que grande parte do sul e do sudeste se industrializasse com suas
divisas”, afirmou Tourinho.

A partir da crise gerada pela vassoura-de-bruxa, as condições climáticas e a queda
do preço do produto, prosseguiu Tourinho, “tivemos um problema econômico e social
muito sério naquela região”. Segundo o senador, graças a uma ação do senador Antonio
Carlos Magalhães foi possível deflagrar um processo de recuperação da cacauicultura.
“Caso contrário”, afirmou, “essa região estaria com problemas muito sérios hoje”.