ILHÉUS RECUPERA A LIDERANÇA DO JAMA

Ilhéus recuperou a posição de líder dos Jogos Abertos da Mata Atlântica ao confirmar o favoritismo nas modalidades de basquete (masculino e feminino) e handebol (masculino), além de conquistar a vice-liderança no vôlei (feminino), no futsal (masculino) e o terceiro lugar no vôlei (masculino). O município de Vitória da Conquista, que tinha a liderança geral dos jogos, passou para a segunda posição e Itabuna ficou com a terceira classificação nas competições que começaram na última sexta-feira (2) e terminou às 4 horas da madrugada de hoje (5), em Ilhéus. O VIII Jogos Abertos da Mata Atlântica trouxe para Ilhéus cerca de 1.600 atletas e técnicos envolvidos com delegações de 19 cidades baianas e uma de Minas Gerais (Itabira).

As competições do VIII Jama – modalidades de basquete, handebol, futsal e vôlei -, foram realizadas nos ginásios de esportes do Instituto Nossa Senhora da Piedade, Clube Social de Ilhéus e do Herval Soledade. Promovido pela Prefeitura de Ilhéus, através de sua Secretaria do Esporte e Cidadania, o Jama é o segundo maior evento de esporte amador do interior brasileiro, vindo atrás apenas De um realizado no interior de São Paulo. Segundo o secretário Sizínio Barros, a nova edição da competição contou com um excelente nível de atletas, inclusive que fazem parte de grandes equipes do cenário brasileiro, a exemplo do Pinheiro de São Paulo, entre outros.
Para a realização do Jama 2004, a Secretaria do Esporte e Cidadania contou com o apoio do comércio local, que cedeu R$ 2.500 em passagens. As delegações foram hospedadas nos colégios Estadual de Ilhéus, Instituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne, Odete Salma, Paulo Américo, Centro Integrado Rômulo Galvão e Clube de Remo. A coordenação dos jogos contou ainda com parte do efetivo da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, que garantiram a segurança nos ginásios de esportes. Apesar do número recorde de delegações, o secretário garante que todas foram bem acomodadas.
Na visão do secretário Sizínio Barros, o incentivo ao esporte amador é uma das grandes finalidades do Jama, que procura também difundir a necessidade de preservação da Mata Atlântica. Ele destacou ainda a atração de visitantes à cidade, contribuindo dessa forma com o turismo local e a revelação de novos talentos no esporte. Dentre as cidades baianas que participaram do Jama, o secretário lembrou de Salvador, Itabuna, Canavieiras, Porto Seguro, Camaçari, Vitória da Conquista, entre outras que deram brilho a competição. Durante a realização do jogos, os atletas movimentaram a cidade.

II BPM DE ILHÉUS GANHA AMANHÃ OITO VIATURAS

O prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, participa às 14 horas de amanhã, dia 6, da solenidade de entrega de oito viaturas para o II Batalhão de Polícia Militar, sediado na Barra de Itaípe, zona norte da cidade. O evento, será realizado na praça J.J. Seabra, e contará com as participações do secretário estadual de Segurança Pública do estado da Bahia, general Edson Sá Rocha; do comandante-geral da PM, coronel Antônio Jorge Ribeiro Santana; comandante do II CPR, coronel Gilberto Santana da Cunha Filho, e do comandante do II BPM, coronel Augusto Salgado.

De acordo com informações do II BPM, as oito viaturas – Meriva Chevrolet – irão reforçar o policiamento preventivo na zona urbana do município, visando, inclusive, ampliar o atendimento aos bairros com implantação de novos horários de rondas. O novo investimento faz parte da política de segurança pública do governador Paulo Souto, em atender as polícias militar e civil, com a entrega de equipamentos essenciais para garantir sempre uma melhor garantia de segurança à população.

MARIA QUITÉRIA

Maria Quitéria de Jesus, a mulher-soldado, nasceu em São José de Itapororocas, no ano de 1797, na antiga Província da Bahia.

Em 1822, sob o ideal de liberdade, o Recôncavo Baiano lutava contra o dominador português que se negava a reconhecer a Independência do Brasil. Nesse clima, surge a figura de Maria Quitéria. A necessidade de efetivos fez com que a Junta Conciliadora de Defesa, sediada em Cachoeira-BA, conclamasse os habitantes da região a se alistarem para combater os portugueses.

Maria Quitéria, uma humilde sertaneja baiana, atendeu ao chamado, motivada pelos ideais de liberdade que envolviam seus conterrâneos. Ante a posição contrária do pai, foge de casa e, com o uniforme de um cunhado, incorpora-se inicialmente ao Corpo de Artilharia e, posteriormente, ao de Caçadores, com nome de Soldado Medeiros. O seu batismo de fogo ocorre em combate na foz do rio Paraguaçu, ocasião em que ficam evidenciados seu heroísmo invulgar e sua real identidade.

Em fins de 1822, a intrépida baiana, já com saiote tipo “highlander escocês” sobre o uniforme militar, incorpora-se ao Batalhão dos Voluntários de D. Pedro I, tornando-se, desse modo, oficialmente, a primeira mulher a assentar praça numa unidade militar, em terras brasileiras.

De armas na mão, participando de combates como o da Pituba e o de Itapuã, torna-se merecedora das mais honrosas citações de bravura, valor e intrepidez, passando a constituir-se em referência do heroísmo da mulher brasileira.

Finda a campanha baiana, Maria Quitéria embarca para o Rio de Janeiro.

A sua presença na Corte é cercada de muito respeito, em face da fama de sua coragem e da grande curiosidade decorrente das características de seu uniforme, por demais ousado para a época.

No dia 20 de agosto de 1823, D. Pedro I confere à gloriosa guerreira a honra de recebê-la em audiência especial. Sabedor da bravura e da maneira correta com que sempre se portara entre a soldadesca, num gesto de profunda admiração, concede-lhe o soldo de “Alferes de linha” e a condecoração de “Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro”, em reconhecimento à bravura e à coragem com que lutara contra os inimigos da Pátria.

Maria Quitéria, no entanto, não se deixou levar pela vaidade e pelo fulgor da glória que conquistara. Depois de encerrada a guerra, a heroína recolheu-se ao silêncio do lar, falecendo no dia 21 de agosto de 1853, num “doloroso anonimato”.

No ano do centenário do falecimento da valorosa mulher-soldado, o então Ministro da Guerra determinou, por intermédio do Aviso Nº 408, de 11 de maio de 1953, que em todos os estabelecimentos, repartições e unidades do Exército, fosse inaugurado, no dia 21 de agosto de 1953, o retrato da insigne patriota.

Finalmente, em 28 de junho de 1996, Maria Quitéria de Jesus, por decreto do Presidente da República, passou a ser reconhecida como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.

INDEPENDÊNCIA DA BAHIA

A Guerra da Independência, ocorrida entre 1822 e 1824, representou a luta dos patriotas, aqueles que, imbuídos de um forte nativismo, se contrapunham à recolonização proposta pelas Cortes portuguesas.

Oficializada a separação política de Portugal, a Independência não foi aceita imediatamente por todos. Governadores de algumas províncias resistiram em aceitar a separação, apoiados pelas tropas militares portuguesas. Embora o sul permanecesse coeso, nas províncias do Norte – Maranhão e Grão-Pará -, na Bahia, no Mato Grosso, e na Cisplatina houve lutas entre partidários de Portugal e os defensores da Independência do Brasil. Essas províncias contavam com grande número de tropas e comerciantes portugueses com interesses muito mais ligados a Portugal do que ao Rio de Janeiro. Além disso, muitos ressentimentos acumulados contra a “nova Lisboa”, faziam com que as juntas governativas permanecessem ligadas às Cortes de Lisboa.

Na Bahia, em inícios de 1822, a população se rebelou contra as tropas portuguesas comandadas por Madeira de Melo, cercando a cidade de Salvador.

Apesar do envio de tropas do Rio de Janeiro, lideradas pelo brigadeiro francês Labatut, os rebeldes não conseguiram vencer os portugueses, que, por seu lado, também receberam reforços, mas ficaram isolados em Salvador. Nessa ocasião, os soldados portugueses invadiram o convento da Lapa, em busca de “patriotas” escondidos, assassinando a madre superiora, irmã Joana Angélica, que tentou impedir a invasão.

Como as forças militares brasileiras não formassem ainda uma tropa bem treinada, era necessário organizá-las. Providenciou-se a compra de armas, de navios e foram recrutados militares estrangeiros, franceses e ingleses, que atuaram como mercenários. A ajuda das milícias populares, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, foi muito importante na luta contra os portugueses.

Os patriotas retiraram-se para o interior, dominaram todo o Recôncavo Baiano, controlando inclusive a ilha de Itaparica. Segundo o historiador Eurípides Simões de Paula, “durante a guerra da Independência na Bahia, surgiram tropas irregulares recrutadas no interior baiano: os jagunços e os couraças, vestidos de couro como os sertanejos. Essas tropas combateram muito bem contra os portugueses do General Madeira e chamaram a atenção não só pelo traje exótico como também pela prática da guerrilha”. Nesses grupos de guerrilheiros voluntários estava Maria Quitéria de Jesus Medeiros, filha de um fazendeiro do interior , que teve atuação importante na luta contra as tropas de Madeira de Melo, recebendo, mais tarde, a medalha Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul.

Em maio de 1823 chegou à Bahia uma esquadra comandada pelo Almirante Lord Cochrane. As tropas de Madeira de Melo não tinham mais condições de resistir. Ameaçadas pela fome, pois com o Recôncavo dominado pelos “patriotas” era cada vez mais difícil conseguir alimentos, deixaram Salvador no dia 2 de julho, data em que, na Bahia, se comemora a Independência.

As províncias do Norte, formadas pelo Maranhão, Piauí e pelo Grão-Pará, estavam mais ligadas a Portugal do que às províncias do Sul. Assim, quando foi proclamada a Independência, preferiram se manter fiéis às Cortes de Lisboa.

Em São Luís, capital do Maranhão, a esquadra de Lord Cochrane ameaçou bombardear a cidade, conseguindo a rendição dos portugueses, em 28 de julho de 1823.

No Piauí, as tropas de João da Cunha Fidié foram derrotadas e a província aderiu à Independência por volta de agosto do mesmo ano.

Na província do Grão-Pará, mesmo antes da Independência já havia lutas entre a população e a junta governativa. O ano de 1823 marcou o auge dos conflitos. Quando o navio Maranhão, comandado por Lord Grenfell, chegou à costa paraense, trazendo a notícia da chegada da esquadra do almirante Cochrane, a população invadiu o palácio do governador, demitiu a junta e entregou o poder provincial aos líderes populares. Grenfell reprimiu violentamente a população e seus líderes. Muitos foram fuzilados, e cerca de 300 prisioneiros foram colocados no porão de uma embarcação com escotilhas fechadas e cal jogada sobre eles. Todos morreram asfixiados.

Na província Cisplatina, as forças da junta estavam divididas. Os favoráveis às Cortes, chefiados por D. Álvaro da Costa, obrigaram os partidários da Independência a retirar-se de Montevidéu. Após a vitória sobre as forças de Madeira de Melo, na Bahia, o almirante Cochrane enviou à Cisplatina cinco navios, que bloquearam Montevidéu. Em fins de 1823, as tropas portuguesas foram expulsas.

Com o término da Guerra da Independência, todas as províncias estavam incorporadas ao Império brasileiro, o que, no entanto, não significou o fim das rivalidades entre as forças favoráveis a Portugal e os patriotas.

PORTO DO MALHADO

A visita dos empresários chineses da Santiago Foundation of China e Ge Nan Energy International Development Ltd. realizada na primeira quinzena do mês de junho passado, já apresenta os primeiros resultados concretos segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedecon), Antônio Zugaib, que recebeu correspondência do representante comercial das duas empresas no Brasil, Antônio Clemente, agradecendo a hospitalidade durante a visita do grupo de empresários chineses a Ilhéus e propondo uma parceria mais ampla com a prefeitura no apoio à exportação de minérios através do porto do Malhado.

A meta da Santiago Foundation e da Ge Nan é, para Alexandre Clemente, exportar inicialmente através da base Ilhéus 150 mil toneladas de minério de ferro, manganês e níquel. O grupo pretende firmar um contrato de exportação para um período de 15 anos, garantindo assim o suprimento de matéria prima equivalente a 27 milhões de toneladas de minério de ferro produzido na região Sul da Bahia para escoamento pelo Malhado.

Na mesma correspondência, ele também solicita informações sobre preços e condições para o fechamento dos contratos de exportação, além de uma área de 46 mil metros quadrados em Ilhéus para poder começar a movimentar o minério em Ilhéus. Ele agendou ainda para a próxima semana, uma nova visita a Ilhéus, para tratar dos contratos de parceria com o porto do Malhado e com a Prefeitura de Ilhéus, inclusive em termos de levantamento de incentivos fiscais para o setor.

ALAGOAS – Também esta semana a Sedecon recebeu correspondência do assessor de Tecnologia da Informação da Célula de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado de Alagoas, Ricardo Menezes, informando que “estamos entusiasmados com o Pólo Tecnológico que se forma nesse município, com a adesão de 50 empresas de hardware e construção do Centro Tecnológico (Cepedi), com possibilidade de implantação de uma zona aduaneira”.

Ele também agendou uma visita a Ilhéus em agosto, onde pretende visitar o Pólo de Informática, conhecer a infra-estrutura existente e o modelo de gestão dos recursos tecnológicos, o que vai servir de subsídio para programas do governo de Alagoas que também pretende investir na área tecnologica.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

O prefeito Jabes Ribeiro confirmou sua presença no Colégio-Modelo Luiz Eduardo Magalhães, às 19 horas deste sábado (3), na solenidade de entrega da escritura de concessão gratuita de posse de terrenos para 400 famílias carentes, o que representa duas mil pessoas residentes na Vila Freitas, antigo Fundão. O anúncio foi feito pelo secretário de Administração, Antônio Madureira, que coordena em conjunto com a Procuradoria Geral do Município o programa de regularização fundiária do governo.

O secretário lembrou ainda, que na Vila Freitas a prefeitura desapropriou uma área de três hectares, ampliando assim o programa de regularização fundiária realizado pelo governo beneficiando a outras 3,5 mil famílias, com mais de 15 mil pessoas nos bairros do Nelson Costa, alto do Carvalho, alto do Amparo e na rua da Horta.

A prefeitura de Ilhéus também está iniciando o trabalho de regularização fundiária urbana no bairro Nossa Senhora das Vitórias, onde já foram cadastrados os lotes de duas mil famílias, “mas a programação é de atender até a quatro mil, o que depende da aceleração do trabalho de levantamento topográfico que vem sendo realizado por técnicos do governo.” O programa deverá beneficiar a outras três mil famílias da Princesa Isabel fora da área da Marinha, que não pode ser incluída no programa.

Para o secretário Antônio Madureira, o trabalho de regularização fundiária é uma das prioridades sociais do governo em função do seu largo alcance na valorização da cidadania, porque além de assegurar a posse definitiva de terrenos para famílias carentes, facilita o acesso ao crédito para construção e melhoria dos imóveis ou mesmo ao microcrédito para investimentos em empreendimentos pessoais.