Para o secretário de Desenvolvimento Econômico a visita foi proveitosa e os empresários orientais manifestaram interesse em diversos produtos regionais, como o minério de ferro de Poções, mármores e granitos de Potiraguá, Itapebi e outros municípios; soja de Barreiras e Luis Eduardo Magalhães; Níquel, de Itagiba, Manganês e outros minérios, além de lÍquor e manteiga de cacau processados em Ilhéus. O grupo manifestou ainda interesses em projetos na área de ciência e tecnologia e elogiou o porto de Ilhéus, considerado um dos maiores em mar aberto da América Latina.
Melquíades observou que o projeto de ampliação já existe e foi elaborada a proposta de licença ambiental, o que será complementado no médio e longo prazo com as obras de engenharia civil. Um outro aspecto ressaltado da visita, foi o interesse dos empresários chineses numa parceria para melhoria da infra-estrutura de serviços para atender à demanda de uma movimentação de cargas de mais 1,5 milhão de toneladas anuais de minérios.
Hoje, o Porto internacional do Malhado movimenta cerca de 750 mil toneladas anuais de soja para embarques e recebeu, ano passado, 100 mil toneladas anuais de trigo e outras 50 mil toneladas de cacau, mostrando que não só tem viabilidade econômica, como também necessita de obras de ampliação e melhoria da sua infra-estrutura, uma vez que a movimentação de minérios vai exigir equipamentos e depósitos especiais para evitar a contaminação dos produtos agroindustriais.
PLANO DE NEGÓCIOS – Para Sun Hai Long, que apresentou o Plano de Negócios para o Brasil, o grupo da Santiago Foundation e Ge Nan Energy International foi formado e registrado em Hong Kong em 199 e opera nas maiores cidades da China e em Singapura, Indonésia, e nos Estados Unidos operando na área de comércio, investimentos na área imobiliária, em recursos naturais, transportes, infra-estrutura e tecnologia, bem como no setor financeiro e de consultoria técnica. O maior investimento do grupo é de US$ 300 milhões na Asian Regional Information Center of United Nations, em Xangai.
A missão no Brasil tem a missão de criar uma situação de ganha-ganha para as duas partes envolvidas (brasileiros e chineses), criando uma parceria de longo prazo para atender as necessidades dos mercados binacionais, com o foco em negócios e projetos de investimentos. Na região Sul da Bahia, a meta é identificar oportunidades de negócios com a exportação de recursos naturais para a China.