ilustra a camisa da III Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas e Transgêneros
da Bahia, que acontece no próximo domingo, 06 de junho, com concentração a
partir das 14h, no Campo Grande. Este ano, a Parada leva para a rua o tema
Inteligência e Sensibilidade. “Com isso pretendemos homenagear gênios
homossexuais que contribuíram para o aperfeiçoamento da humanidade”,
explica Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB),
instituição que organiza o evento. A lista de gênios homossexuais começa
com o inglês Oscar Wilde, passa por João Silvério Trevisan, Peter Fry e
termina com a cantora Cássia Eller.
artísticas – do afro à música eletrônica. Seis trios elétricos devem animar
a multidão, que deve colorir o percurso do Campo Grande a Carlos Gomes com
as cores do arco-íris, em um ato de cidadania e respeito aos direitos
humanos. Entre os convidados, estão Simone Sampaio, Petra Adriane, Michele
Marinze, Aloizio Menezes, Cátia Guimma, Luis Caldas, Gerônimo, Márcia
Short, Carla Visi, Carla Cristina, Banda Nosso Balanço, Viva Varjão, Will
Carvalho, Alobenede, Daniela Firpo, Nana Meireles, Mariene de Castro e Jota
Veloso.
Pela primeira vez, a Parada desfila com duas madrinhas. A cantora Simone
Sampaio, que participou como convidada na edição passada, é a madrinha
festiva do evento. A reitora da Universidade do Estado da Bahia, Ivete
Sacramento, ocupa o papel de madrinha política do evento. “Professora Ivete
é um símbolo negro pela humanização do ensino superior na atualidade”,
opina Marcelo Cerqueira. A reitora fará um discurso junto com as demais
autoridades no carro abre-alas da passeata
GGB é pioneiro – Com 24 anos de existência, o Grupo Gay da Bahia (GGB) é a
mais antiga associação de defesa dos direitos humanos dos homossexuais e a
primeira organização não-governamental a iniciar a prevenção da Aids no
Brasil. O GGB luta em defesa dos interesses da comunidade homossexual,
denunciando expressões de homofobia, divulgando informações corretas sobre
a homossexualidade e lutando pela prevenção à Aids junto às minorias
homossexuais.
A I Parada da Bahia aconteceu em 2002, teve como padrinho o cantor Edson
Cordeiro e levou cerca de 15 mil pessoas para a Praça Castro Alves. A
segunda edição do evento, no ano passado, contou com a participação da
cantora Ivete Sangalo no papel de madrinha e um público estimado em 30 mil
pessoas.
Prefeito apóia evento – “Salvador é uma cidade plural, composta por uma
gente tolerante, que não admite o preconceito em qualquer nível”.Assim
começa a carta que o prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy, enviou ao
Grupo Gay da Bahia (GGB) para manifestar seu apoio a realização da III
Parada Gay da Bahia.
“Todos nós devemos apoiar iniciativas do porte da Parada do Orgulho Gay,
porque – mais do que um evento festivo, em consonância com o espírito
alegre do soteropolitano significa uma manifestação afirmativa com o
objetivo de dizer não ao preconceito, que conclama a todos a comungar
destes sentimentos de igualdade e respeito mútuo, algumas das muitas
qualidades que Salvador encerra.”, conclui o prefeito.
Gênero e etnia na III Parada – Neste ano, a Parada Gay busca aliar as
questões de gênero a um discurso de respeito à diversidade étnica. Para
tanto, convidou a reitora da Universidade Federal da Bahia, professora
Ivete Sacramento, a ocupar o papel de madrinha política da passeata. Foi na
gestão de Ivete que a Uneb adotou o sistema de cotas, com reserva de 40%
das vagas para candidatos que se autodefinem como negros e provenientes da
rede pública de ensino. A interiorização do ensino universitário é outra
ação de destaque: hoje, a Uneb oferece ensino superior nas mais diversas
áreas de conhecimento a cerca de 20 municípios baianos.
A Uneb também colabora com a reflexão e produção de conhecimento sobre as
questões de gênero: a cerca de dois anos, a Universidade criou o Núcleo de
Estudo sobre Gênero e Sexualidade Diadorim, que também está representado na
III Parada.
Grupo Gay da Bahia (GGB)
321-1848 / 322-2552 – – 9989.4748
Marcelo Cerqueira
ggb@ggb.org.br