A criação do Conselho Municipal de Segurança Pública e do Fundo Municipal de Segurança Pública foi anunciada hoje (29), pelo prefeito Jabes Ribeiro durante reunião realizada com autoridades civis e militares, além de representantes da sociedade civil organizada, com o objetivo de discutir as estratégias para melhoria da segurança da população. O prefeito também anunciou a implantação de uma casa de acolhimento para menores infratores numa parceria com o governo do Estado.

A criação do Conselho Municipal de Segurança Pública e do Fundo Municipal de Segurança Pública foi anunciada hoje (29), pelo prefeito Jabes Ribeiro durante reunião realizada com autoridades civis e militares, além de representantes da sociedade civil organizada, com o objetivo de discutir as estratégias para melhoria da segurança da população. O prefeito também anunciou a implantação de uma casa de acolhimento para menores infratores numa parceria com o governo do Estado.
Ao anunciar que o projeto do Conselho Municipal e do Fundo de Segurança deverá ser encaminhado à Câmara Municipal através da Procuradoria Jurídica do município, o prefeito fez uma avaliação da situação da segurança na comunidade, enfatizando que a sociedade precisa de respostas para enfrentar a verdadeira escalada da violência que vem ocorrendo no âmbito local e nacional.
Ele ressaltou ainda que no Programa Prefeitura Cidadã que sua administração realiza, e que prioriza a parceria entre governo, comunidade e iniciativa privada em diversos bairros e distritos ilheenses, com a realização de diversas ações públicas, “um dos temas que mais nos tem chamado a atenção nas pesquisas com os moradores das áreas atendidas tem sido com relação à questão da segurança, e a criação dos conselhos comunitários nestes locais têm apresentado resultados positivos, através da integração das ações entre a polícia e comunidade”.
Jabes Ribeiro citou como exemplo positivo, o caso do distrito de Banco Central, onde ocorreram avanços no resgate da tranqüilidade da população, “mostrando a importância da participação da sociedade organizada no processo, o que estamos tentando agora, numa escala ampliada com o Conselho Municipal de Segurança Publica.” Citou ainda, pesquisas divulgadas na Veja e Folha de São Paulo mostrando que a segurança é um problema que atinge a todo o país, onde a violência tem crescido ao longo dos últimos anos.
CAUSAS – Para o prefeito, a violência em Ilhéus pode ser compreendida de duas formas. Primeiro, como conseqüência de uma crise local, com conseqüência dos problemas decorrentes da mudança do perfil econômico da região em função da ocorrência da vassoura-de-bruxa nas plantações de cacau, o que gerou uma migração intensa da população do campo para o litoral. Ilhéus em 15 anos, praticamente duplicou a população que passou de 130 mil para 250 mil habitantes, enquanto em termos reais o município empobreceu.

Em paralelo a tudo isto, ele destacou a crise nacional decorrente do aumento do desemprego e da queda do poder aquisitivo da população, o que se reflete no crescimento da violência urbana e na sensação de insegurança da própria população. O prefeito acredita que em função deste quadro, “não nos resta outra coisa senão uma tomada de posição e uma reflexão ampla das forças vivas e das lideranças locais, porque o problema é grave e atinge de forma indistinta a todos nos”.
Na reunião, o comandante do 2º BPM, tenente coronel Augusto César Salgado e o coordenador da 7a Coorpin, Eduardo Lemos Barcelos apresentaram uma análise dos indicadores da violência em Ilhéus, onde têm crescido o número de homicídios e de carros roubados, enquanto no período de janeiro a maio deste ano houve uma redução em outras modalidades de crimes.
PRESENÇAS -Também falaram na reunião os juizes Raimundo Alves de Souza e Alfredo Costa Couto, além das promotoras Luciana Isabela Moreira e Darluzes Ribeiro Souza, que fizeram uma avaliação critica do processo indutor da violência e defenderam um modelo de ações integradas para um efetivo combate ao crime organizado. Na reunião também falaram o presidente do Grupo de Ação Comunitária de Ilhéus e do Rotary Clube, Marcelo Mendonça; da CDL, Paulo Ganem e do empresário José Duarte, do setor de transporte, que defendeu uma política de tolerância zero no combate à criminalidade.
Da reunião participaram ainda Ednaldo Lopes, do Conselho Tutelar; Sueli Braga do pro-Menino; Salma Carmel, do Lyons Ilhéus Centro; Gilza Nely Pacheco, do Lyons Norte; José Leite, da Associação Comercial; Leonel Cristo Pontes, da OAB Ilhéus; Daniel Lino, venerável da Loja Maçônica Vigilância e Resistência; Antonio Bezerra, da Loja Regeneração Sulbaiano; Elaine Sá, das Filhas de Jó; Nelson Cardoso, do Sdindtáxi; Leda Pureza, do Núcleo da Mulher; Ana Margarida Amado, presidente da Associação da Mulher, além de lideranças comunitárias e secretários municipais Soane Nazaré de Andrade, Antonio Pinto Madureira, Antonio Zugaib e Paulo Medauar, entre outros.