Bahia discute política de resíduos

Seminário marca o lançamento oficial do Instituto Simões Filho, destinado a
estimular ações voltadas para a cidadania

O que fazer com o lixo produzido pela sociedade é o tema central do
seminário Construindo Cidades Sustentáveis: Política de Resíduos Sólidos
para o Estado da Bahia, que reúne em Salvador nos próximos dias 5 e 6
administradores públicos, ecologistas e técnicos em limpeza urbana de
diferentes partes do Brasil. Entre os participantes, estarão o ministro de
Desenvolvimento Social, Patrus Ananias e o físico e ecologista Fritjof
Capra, autor de Ponto de Mutação.

Organizado pelo Fórum Lixo & Cidadania da Bahia e por A TARDE, o seminário
também serve como o lançamento oficial do recém-criado Instituto Simões
Filho (ISF), uma entidade destinada a dar visibilidade a ações voltadas
para a cidadania. “Em Salvador, o lixo não é mais um grande problema. Mas
ainda é preciso desenvolver políticas na área para a maioria dos municípios
baianos”, explica o diretor do ISF, Waltenn Garrido.

A grande estrela do evento é o físico austríaco Fritjof Capra, que ganhou
fama internacional com obras como O Tao da Física e, mais recentemente,
Conexões Ocultas, e que há dez anos transformou-se em ecologista militante.
Fundador e presidente do Center for Ecoliteracy (centro de alfabetização
ecológica) em Berkeley, Estados Unidos, Capra fará uma palestra sobre As
Redes do Capitalismo Global e Gerenciamento Ecológico.

O seminário será aberto no dia 5, às 15h20, com as presenças do ministro
Patrus Ananias, do ministro da Controladoria Geral da União, Waldir Pires,
do deputado federal Zezéu Ribeiro, da coordenadora do Fórum Lixo &
Cidadania na Bahia, Maria de Fátima Espinheira e do diretor de A TARDE,
Silvio Simões.

Durante os dois dias, serão discutidas experiências bem sucedidas na
transformação e controle de resíduos sólidos, a necessidade de um marco
regulatório para a questão e a construção de uma política de resíduos
sólidos com responsabilidade social.

Instituto – Silvio Simões afirmou que o Instituto Simões Filho (ISF) é a
continuação do trabalho realizado há 91 anos por meio de A TARDE. “A
criação do ISF demarca dois momentos: o primeiro, a vida do jornal que
construiu ao longo desses anos a informação com credibilidade. Num segundo
momento, a criação do instituto é o começo de uma nova fase em que A TARDE
passa a ser conhecida como um Grupo”, afirma Simões.

Como base para a instituição que nasce, ele cita a célebre frase do
fundador de A TARDE, Ernesto Simões Filho, publicada na primeira edição do
jornal, em 1912: “A luta pelos mais nobres deveres da civilização não pode
deixar de ser a nossa preocupação assídua e constante, sem embargo da
feição principal d’A TARDE ser a de um jornal de informação”.

Para ele, a função do ISF é conduzir a filosofia do Grupo A TARDE dentro
das premissas do seu fundador, sendo que o jornal deve estar sempre
presente, acompanhando a evolução da civilização. “Portanto, esse momento
histórico em que o modelo de desenvolvimento começa a se esgotar,
degradando o homem e a natureza, é propício para a criação do ISF”, avalia.

Simões ressalta que o ISF leva para o Grupo o “sentimento de
responsabilidade pela humanização da humanidade”, através do jornal, do
portal On Line, da Rádio 104 FM, da agência de notícias e da gráfica,
levando a informação com o sentido de estar construindo uma nova visão de vida.

“O ISF será avaliado pela capacidade que tem de realizar eventos que
demonstrem claramente a mudança de paradigmas, e que essa informação possa
ter uma exposição por meio de um maior número de canais de comunicação,
para que tenhamos condições de aferir através da audiência a quantas
pessoas conseguimos levar uma visão crítica, que permita que a gente
realize a construção de uma nova era que se avizinha”, declarou.

Silvio Simões ressalta que esse caminho só é possível com a humanização da
humanidade. “O ISF, como foi dito, tem uma visão e uma missão, como todas
as atividades que se desenvolvem no mundo contemporâneo. Mas é importante
que se saiba que, independente da visão e da missão, o ISF tem uma alma”,
conclui.

Fonte: www.atarde.com.br

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