O Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão (CONSEPE), da Universidade
Estadual de Santa Cruz (UESC), aprovou o Programa de Mestrado em Produção Vegetal
que deverá começar as suas atividades até o final deste ano. O programa será
coordenado pelos professores Norma Eliane Pereira, do Departamento Ciências
Agrárias e Ambientais (DCAA) e Alex-Alan de Almeida Furtado, do Departamento de
Ciências Biológicas (DCB).

Segundo a professora Norma Pereira, o Programa de Mestrado em Produção Vegetal da
UESC será constituído de quatro linhas básicas de pesquisa: Cultivos sob ambiente
tropical úmido, Melhoramento de Plantas e Biotecnologia, Fitossanidade, e Solos e
Nutrição de plantas em ambiente tropical úmido, onde se inserem diversos projetos de
pesquisa dos diferentes professores envolvidos. O Programa de Mestrado em Produção
Vegetal vai permitir uma formação interdisciplinar envolvendo aspectos fitotécnicos,
ambientais e morfofisiológicos, propiciando ao aluno o aprofundamento em disciplinas
que possam contribuir para o avanço de conhecimentos na obtenção de novas técnicas
para o desenvolvimento de cultivos.

Para a professora Norma o Programa se justifica porque a pós-graduação no Brasil
adquiriu uma dimensão significativa na política de ensino superior, principalmente
na região Nordeste, onde existe uma demanda por programas que possam capacitar
profissionais na área de ensino, pesquisa e extensão e desenvolver novas
tecnologias. Se faz necessário criar mecanismos que possam contribuir com a
exploração mais eficiente do solo em sistemas produtivos auto-sustentáveis, buscar
soluções para as questões regionais limitantes à elevação da produtividade, atender
a demanda existente para aumentar o quadro de pós-graduações na região e melhorar a
qualidade dos cursos de graduação da Universidade.

A coordenadora enfatiza que a UESC possui um corpo de professores altamente
qualificado e multidisciplinar para atender às expectativas geradas no decorrer do
Programa. Na Mesorregião Sul Baiana, área de inserção da UESC, ocorre ecossistemas
variados que incluem a flora e a fauna da Mata Atlântica, grandes áreas de
manguezais e restingas, a cacauicultura, as fruteiras tropicais, as pastagens, o
pólo madeireiro em expansão. Todos estes fatores podem ser considerados laboratórios
naturais da Universidade, sempre disponíveis para a realização de atividades de
pesquisa.