D. GASPAR SADOC FEZ APELO À PAZ NA INAUGURAÇÃO DA SEDE DA ALI

Ao considerar que a humanidade precisa encontrar o seu caminho, porque
vivemos num mundo “satanicamente transloucado e ilógico demais”, o monsenhor Dom Gaspar Sadoc, 88 anos, dos quais 63 de sacerdócio, em Salvador, onde integra a Academia de Letras da Bahia, defendeu ao falar na abertura dos trabalhos para 2004 na Academia de Letras de Ilhéus, que também ganhou a sua sede própria na rua Antônio Lavigne de Lemos, 39, no Quarteirão Jorge Amado, num imóvel doado pela prefeitura, o compromisso de cada pessoa com uma profunda transformação moral, ética e sobretudo religiosa, “porque tudo depende da intervenção de Deus no mundo”.

D. Gaspar Sadoc também fez uma homenagem aos fundadores da Academia de Letras de Ilhéus, como o poeta Abel Pereira, a quem definiu como um soberano que não precisa de trono; Plínio de Almeida e D.Antônio Caetano Lima dos Santos, além do padre Nestor Passos. Ele também saudou amigos acadêmicos da região como Wilde Lima e Oswaldo Ramos, “o primeiro que abriu o caminho na Bahia para fazer do púlpito um lugar para falar da necessidade de justiça e da perversidade dos perversos”.

HOMENAGENS – Ele começou o seu discurso agradecendo às homenagens que recebeu da ALI, através do acadêmico Dorival Freitas e lembrando: “só quem sabe ser irmão compreende o que é o amor”. Ele citou Cristo, que sendo filho de Deus, se fez irmão de todos os homens e falou a importância da amizade e da união entre os homens, “porque só tem o coração feliz quando se sabe servir e o próprio Jesus dizia, que veio para servir e não para ser servido”, complementou.

Considerando a sede da Academia de Letras de Ilhéus uma terra sagrada e uma casa do saber, monsenhor Gaspar Sadoc lembrou que toda a sabedoria é divina e que cada ser humano deve ser encarado como uma obra prima de Deus: “o importante é que estamos realizando a missão especial para a qual formos criados”. E fez um paralelo entre ter nascido em Santo Amaro, que foi um pólo econômico da Bahia com a produção da cana-de-açúcar e Ilhéus, município consolidado no século passado como um centro de produção de cacau.

Ele disse ainda, que “Ilhéus é a face menor de Salvador e com o cacau,
contribuiu produzindo riquezas para a grandeza da Bahia. Por isso visito Ilhéus com alegria, sabendo da sua participação na história e cultura da Bahia.” Elogiou a Academia de Letra de Ilhéus, que comemorava seus 45 anos de fundação e a inauguração da sua sede, um centro de difusão de cultura.

CASTRO ALVES -Monsenhor Sadoc concluiu com uma homenagem a Castro Alves, a quem considerou um iluminado pela poesia e “uma daquelas pessoas que quando nascem na terra, Deus acende uma estrela no céu. E a estrela de Castro Alves vai brilhar para sempre e as palavras são poucas e pequenas para defini-lo,” finalizou.

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