A participação dos artistas da terra nos diversos eventos promovidos pela Prefeitura de Ilhéus nessa alta temporada é um exemplo concreto das ações do governo municipal para a valorização do talento regional, cuja política de incentivo cultural começou a ser implementada em 1997 por determinação do prefeito Jabes Ribeiro. Os resultados dessa iniciativa vêem se manifestando, mais efetivamente, através da revelação de novos talentos no cenário musical, colocando Ilhéus como um dos maiores produtores de artistas da Bahia. A programação do Verão Cravo e Canela 2003/2004 foi consagrada pela grande presença das bandas da região, que tiveram participação fundamental para o êxito dos eventos e a boa recepção do público.

Em toda grade da programação foram inseridas apresentações de bandas da região, com destaque maior para o Carnaval Cultural antecipado 2004, que reuniu inúmeras atrações de Ilhéus e de cidades circunvizinhas, permitindo emprego e renda aos músicos, além de incentivar os artistas de forma abrangente, tendo em vista a necessidade de mostrar seus trabalhos ao público. Mais um grande número de músicos foi revelado através das atividades do Verão Cravo e Canela 2003/2004, como Batuque Bom, Badalada, Sambadila, Percussiva Dilazenze, Banda Ruanda, Circuito Fechado e o Quadro, entre outras, sendo que estas receberam maior destaque popular, pela boa performance nas apresentações e outras foram reveladas nos anos anteriores, a exemplo da Di Bali e a cantora Márcia Alencar.

Na visão do presidente do Conselho de Entidades Afro-culturais de Ilhéus, Jaks Rodrigues, a política de valorização dos artistas da terra “é um passo importante para que haja um crescimento do músico, batalhador incansável pela conquista de espaços. Só agora, no governo Jabes Ribeiro, está havendo a implementação de uma política voltada para o incentivo ao artista local, como tivemos a oportunidade de presenciar novamente, durante as atividades do verão, nesta temporada”. Rodrigues disse ainda que a política de valorização implementada pela Fundação Cultural de Ilhéus privilegia, ainda, as entidades afro, que podem ser incluídas nesse patamar, pois trabalham com muitas formas de arte, entre elas a música. Dentro desse contexto apontou a banda Percussiva Dilazenze e a Sambadila, revelações do carnaval.

Segundo jaks, “isso resulta num crescimento maior da cultura e representa o incentivo para que o artista se sinta seguro na busca de novos espaços”. Rodrigues apontou a realização do encerramento do verão 2003/2004, como um forte aliado à política de valorização do artista da terra, uma vez que somente bandas da região fizeram a festa. Passaram pelo palco armado na avenida Dois de Julho as bandas Di Bali, Circuito Fechado, O Quadro, Pakaya, Badalada, S4 & Cia, Raízes, Carbono 14, Bebeto, Abóbora com Jirimum e Itassucy e Ivan Moraes.