MINI-CONGO É CAMPEÃO DO DESFILE OFICIAL DO CARNAVAL CULTURAL

Demonstrando interação entre harmonia da bateria com as diversas alas, o bloco afro Mini-Congo, representando o Outeiro de São Sebastião, foi campeão deste ano, no grupo A, do Carnaval Cultural, antecipado de Ilhéus. O segundo lugar ficou o Zambiaxé, do bairro do Malhado. Pelo grupo B, o primeiro colocado ficou com Leões do Reggae e em segundo lugar ficaram empatados os blocos Raízes Negras e Zimbabwê. Para se conhecer os vencedores dos grupos A e B, o corpo de jurados foi formado pela presidente da Fundação Cultural de Ilhéus, Maria Luiza Heine, pelo professor Manoel Costa, pelo músico Alexandro Costa, pela professora Dulce Drummond, pela atriz Janete Lainha e pelo colunista social Zé Carlinhos, que discorreu sobre enredo, fantasia, adereços, coreografia, bateria, evolução e música. O resultado foi divulgado ontem (9) à tarde, no auditório da Fundação Cultural.



Foto: ED FERREIRA

Dirigido pelo professor Atanagildo Ribeiro, o bloco Mini-Congo levou para a avenida o tema “Tem festa no Terreiro de Odé”, uma homenagem póstuma ao babalorixá Pai Pedro, que por mais de 70 anos comandou no alto do Basílio, a “Mansão de Odé” – como ele mesmo gostava de denominar a sua casa – que foi freqüentada por políticos, empresários, e adeptos e simpatizantes do culto afro da Bahia e de várias partes do país. As pessoas que estavam na avenida e do corpo de jurados, assim que o Mini-Congo entrou no circuito da folia a euforia foi geral durante sua apresentação e comentários diversos depois da sua passagem.

Já o segundo colocado, o Zambiaxé, teve como tema deste ano “Candaces, uma geração de guerreiros”, que era título conferido a uma dinastia de rainhas guerreiras, no império constituído no ano 500 Antes de Cristo, denominado Meroe e situado ao sul do Egito. O bloco participou da festa com a comissão de frente e mais nove alas que foram formadas por ialorixás, comunidade negra, com destaque para homens, mulheres e crianças, além da bateria.

GRUPO B – Pelo grupo B, o bloco Leões do Reggae, representando a avenida Itabuna, na opinião dos jurados, teve também uma brilhante participação, sendo seguido pelos blocos Raízes Negras – do alto da Conquista – e Zimbabwê – do bairro Teotônio Vilela, que realiza ao longo dos anos um trabalho nas áreas social e cultural, voltado basicamente para a comunidade negra. A diretoria do Raízes Negras destaca que a entidade também promove idêntico trabalho, pesquisando e divulgando a cultura negra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *