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Foto: CLODOALDO RIBEIRO
Com dois pavimentos, o Bataclan terá no térreo um grande salão para apresentações culturais diversas e exposições; espaço de café; sala de administração; cozinha; área de souvenir e sanitários. Já no pavimento superior, além de terraço, que também servirá para encontros culturais, será reservada uma ampla sala para memória de Maria Machadão. Para o secretário Isaac Albagli, a entrega do novo Bataclan dará um grande reforço à divulgação do turismo ilheense, “o que vem sendo uma prioridade do prefeito Jabes Ribeiro, que já implantou a Biblioteca e o Arquivo Públicos, urbanizou a primeira etapa do Quarteirão Jorge Amado e está prestes a iniciar a Segunda, sempre na busca de dotar a cidade de toda infra-estrutura para atrair os visitantes”, afirmou.
HISTÓRIA – De acordo com a historiadora e presidente da Fundação Cultural de Ilhéus, Maria Luiza Heine, em seu livro “Passeios por São Jorge dos Ilhéus”, o Bataclan ganhou destaque nacional e internacional devido o livro de Jorge Amado. Segundo ela, “o Bataclan representou na década de 20 o fausto da cultura do cacau. Foi, durante muito tempo, o local preferido dos abastados senhores do cacau, quando a cidade permitia que houvesse vida noturna intensa”.
E continua: “Alí funcionava um salão para dança, shows e um cassino. Constantemente se apresentavam companhias de dança com mulheres bonitas vindas do sul do país e até do exterior. Sempre estavam muito bem vestidas e arrumadas, para atender ao gosto dos frequentadores da casa. Com a proibição do jogo no país, o Bataclan entrou em decadência e o proprietário teve que fechá-la, pois foi impossível continuar a manter o seu luxo só com bar e dança”.