Para a professora Rosenira Serpa da Cruz, coordenadora do Grupo Bioenergia e Meio Ambiente da UESC e da Rede Estadual Energia Renovável e Meio Ambiente “isso representa muito porque começamos a colher os frutos do trabalho que estamos desenvolvendo há quatro anos. Agora o governo, a sociedade e a iniciativa privada começam a se interessar pelo nosso trabalho. Diversas empresas já estão nos procurando, atraídos por essa tecnologia”.
Segundo o professor e pesquisador José Adolfo de Almeida, uma empresa paulista com negócios na Bahia está negociando com a UESC a produção de uma planta comercial menor para ser instalada em Salvador e em cidades do interior. Na opinião do pesquisador isso tem reflexos diretos na agricultura porque o programa do Biodiesel necessitará da ampliação das plantações e cultivo de oleaginosas. “O Biodiesel é um programa que começa no campo e os seus benefícios chegam até a cidade, na medida em que o combustível produzido também pode melhorar a qualidade do ar nas cidades através da redução de gases poluentes.
Os professores Rosenira e José Adolfo lembram que em conseqüência da resistência inicial, ao uso de óleos vegetais como combustível, nas agências de financiamento da pesquisa , o Projeto na UESC foi iniciado priorizando o uso dos óleos e gorduras residuais. Tratava-se, naquele momento de uma estratégia, na medida em que o óleo residual que provocava um problema ambiental, seria transformado em um combustível com excelentes qualidades do ponto de vista energético e ambiental. Recentemente, com o crescimento e aceitação do programa, os óleos e gorduras residuais não são mais suficientes e se avança no sentido de utilização de culturas energéticas oleaginosas.