SURF DE ILHÉUS GANHA MUSEU NA MARAMATA

A Universidade Livre do Mar e da Mata (Maramata) e a Associação Ilheense de Surf (AIS) irão inaugurar na próxima quarta-feira (26), às 17 horas, o Museu Permanente do Surf, que ficará instalado em dependências do Museu do Mar da Capitania, no campus daquela universidade, no bairro Nova Brasília, zona sul da cidade. De acordo com Aderino França, presidente da AIS, a implantação do museu é resultado de uma indicação apresentada pelo vereador Francisco Sampaio, na Câmara Municipal, a qual foi aprovada por unanimidade, tendo sido acatada pelo prefeito Jabes Ribeiro.

Explica Aderino que o Museu do Surf, já no seu lançamento, contará com um acervo de mais de duas mil peças, entre troféus, revistas especializadas – antigas e novas -, fotografias, camisas de eventos, pranchas de surf, jornais, todas doadas por surfistas, principalmente os pioneiros nesta prática esportiva: Dirceu Góes, Paulo Campos (Paulette), Washington Soledade, César Falcão, a família Argolo, Duda Barreto.
Segundo o presidente da AIS, a inauguração do museu marca os 30 anos de prática ininterrupta do surf no município, “ e todos que fazem parte desta história podem contribuir fazendo doações, uma vez que a nossa intenção é transformar esse espaço num local vivo, atual, e além de resgatar páginas importantes, também iremos preservar essas peças para as futuras gerações”. Para a instalação do Museu do Surf, continua Aderino, foi imprescindível a compreensão e participação do diretor-presidente da Maramata, professor Soane Nazaré de Andrade; do fotógrafo e diretor do Museu do Mar da Capitania, Jackson Freitas.
HISTÓRICO – A prática do surf em Ilhéus teve início em 1973, quando Washington Soledade adquiriu uma prancha de madeirite, em salvador. Apenas dois meses depois, as ondas das praias de Ilhéus já contavam com as presenças de César Falcão e o irmão Edgar, vindo em seguida Paulo Campos (Paulette), Dirceu Góes (que utilizou a primeira prancha de fibra de vidro), e Zé Marcos Levita, que em 1978 sagrou-se campeão baiano.
A partir de 1980, os atletas procuraram cada vez mais se profissionalizar, deixando o surf de ser apenas um hobby. Nesse período, surgem grandes nomes de destaque no cenário nacional e mundial, como Jojó de Olivença (bi-campeão brasileiro profissional), os irmãos Adalvo, Jânio e Brício Argolo, Barrão, Marcos Secão, Homem Velho, Nadador, Nêgo Adilson, Alípio “Johnnys”, Aurélio B, Wilson Nora (campeão mundial por equipe), Flávio Costa, Dennis Tihara (campeão mundial por equipe, Jerônimo Bonfim (campeão mundial por equipe), Gabriel Macedo e Charles Costa (campeão baiano em várias categorias), entre outros. Em 16 de abril de 1983 foi fundada a Associação Ilheense de Surf, uma das primeiras do Brasil.

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