Um universo de cores, beleza, sensualidade e expressões multifacetadas de negros e índios, é a grande marca da exposição “À flor da pele”, do fotógrafo Ed Ferreira. O profissional inaugurou na tarde de ontem (20), na Galeria do Teatro Municipal de Ilhéus, a exposição contendo trabalhos com focos direcionados a retratar costumes, e registrar sentimentos naturais das duas raças. Com 52 fotografias “garimpadas” entre 300 trabalhos feitos em diversos municípios do sul do estado da Bahia, “A flor da pele” pode ser conferida pelo público até o dia 27 de novembro.

Segundo o profissional, “À flor da pele” nasceu em função da temática envolvendo a segregação racial, onde negros e índios são mais penalizados no país. Outro aspecto da exposição, segundo Ed Ferreira, mostra a grandiosidade de hábitos desses povos, a exemplo de manifestações como capoeira, candomblé e outros. Entre tantas curiosidades apresentadas pelo fotógrafo, o público poderá conferir traços da miscigenação, a exemplo da mistura entre o índio e o europeu. Rostos com expressões de felicidade, tristeza e angústia foram alvo da lente de Ed Ferreira e podem ser conferidas pelo público.
A exuberância da beleza da raça negra é outro traço da exposição. Isso pode ser percebido pela abordagem de fotos retratando o vestuário colorido e os detalhes de penteados dos modelos espontâneos e naturais. Outro traço da “À flor da Pele” está relacionado à sensualidade de corpos semi-nus e faces suadas, dando a magnitude do titulo da exposição. Chama atenção ainda do público, além do profissionalismo de Ed Ferreira, fotos retratando expressões de índios com seus adereços. Neste contexto, observa-se a presença de cores, a alegrias de “curumins” e a satisfação de um membro de uma tribo ao fumar o cachimbo da paz.