Falando para professores e pesquisadores da UESC – Universidade Estadual de
Santa Cruz o diretor geral da FAPESB – Fundação de Apoio para a Pesquisa do
Estado da Bahia, Alexandre Tocchetto Paupério, disse que as Universidades
estaduais tem um papel muito importante no projeto de construção de uma nova
Bahia. Para ele a UESC nos últimos anos, vem mostrando um grande dinamismo e
destacando-se na área da pesquisa.

As implementações do Centro Regional de Controle de Qualidade em Diagnóstico
Médico por Imagem, do Núcleo de Saúde Coletiva, de Estufas Agrícolas e do
Centro de Microscopia Eletrônica e Micro Análise, cujos convênios acabam de ser
assinados entre as duas instituições, são importantes ações a incentivar a área
de pesquisa na UESC alavancando áreas estratégicas. Esse maior suporte em
infra-estrutura de laboratórios criará condições para que os pesquisadores
possam desenvolver projetos avançados e com isso ampliar a possibilidade da
Universidade ter competência ainda maior na área de pesquisas.

Alexandre Paupério disse que a Bahia vive um caso similar ao que acontece no
Brasil e no mundo. Segundo ele “a pesquisa está muito concentrada nos países
ricos e, no Brasil, existe uma concentração muito grande nos estados do Rio de
Janeiro e São Paulo de todo o esforço científico e tecnológico. Há uma
determinação do Ministro de Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, de tentar
buscar uma desconcentração dos investimentos em tecnologia. O mesmo
procedimento estamos aplicando na Bahia, desconcentrando um pouco os recursos
da região metropolitana de Salvador e buscando abranger um pouco mais o
interior do Estado de forma a que os benefícios para o desenvolvimento
científico e tecnológico cheguem aos pólos regionais de uma forma mais ampla”.
Na sua avaliação, a FAPESB está passando por um processo de reestruturação na
no qual será fortalecido o papel do Conselho Curador, que representa a
comunidade cientifica, definindo as prioridades de ação da Fundação. Em segundo
lugar está a profissionalização da gestão.
Os recursos da FAPESB são muito
importantes para a área de ciência e tecnologia do Estado e devem ser aplicados
de uma forma muito transparente e criteriosa através, das prioridades indicadas
pela Secretaria da Ciência Tecnologia e Inovação.
Desafio x Ousadia – Até o final deste mês o Conselho Curador da FAPESB vai
discutir o planejamento para os próximos anos e definir quais serão as linhas
prioritárias que devem estar de acordo com a política estadual de ciência,
tecnologia e inovação. A grande novidade será a profissionalização da gestão e
as prioridades estabelecidas junto ao Conselho. Esse dois elementos vão dar um
novo direcionamento à Fundação.
Na palestra sobre “A nova concepção e modelo da FAPESB” ele disse que a Bahia
está precisando de ações ousadas no campo da ciência. “Temos que sair dessa
situação de acomodamento. A UESC é o maior exemplo, em termos de instituição,
que tem se mexido, buscando crescer e se aprimorar. Necessitamos disso em todas
as áreas. A comunidade cientifica precisa se mobilizar para atender às demandas
da sociedade, carente de avanços em pesquisa e tecnologia para resolver os seus
graves problemas. Esse desafio é grande e só se resolve com ousadia, saindo-se
do acomodamento a que estamos acostumados. Se acharmos que ciência, tecnologia
e inovação não podem resolver os problemas da sociedade, fechemos então as
Universidades, a FAPESB e apliquemos os recursos em outras coisas. Pesquisa,
ciência, tecnologia e inovação têm que servir como solução aos problemas da
nossa sociedade. Essa é a ousadia que eu estou propondo”.