E as declarações bombásticas não pararam por aí. Na entrevista concedida a quatro repórteres de “O Tempo” (Natalie Lima, Tarso Augusto, Thiare Maia e Vitor Paiva), a atual namorada do ex da top Gisele Bündchen, o empresário Ricardinho Mansur, falou de tudo um pouco, incluindo os amores.
Leia abaixo alguns trechos da matéria:
Beleza
“A beleza me atrapalha em pouca coisa. Mas me atrapalha, pra começar, no próprio preconceito que existe, há anos, que mulher bonita pára no bonita. Você sempre questiona:”Será que ela é alguma coisa além disso?”. As louras, todas nós olhamos e até a gente cai nisso, porque ouve muito. É uma armadilha. Você tem sempre que provar que é alguma coisa além de bonita. Já me desculpei pelo fato de ser bonita. Me lembro que uma vez a minha mãe falou: ‘minha filha, penteia o cabelo, passa um batonzinho…que é isso? Você tem vergonha de ser bonita? Você tem que agradecer, isso é uma dádiva de Deus’ Hoje em dia eu agradeço.
“Uma coisa que me arrasa nesse filme do Jorge Furtado é quando alguém sai de ‘O homem que copiava’ e falam assim: ‘pôxa, você tá linda’. Já me incomodei muito, hoje não me incomodo mais. Eu tento ser meio Poliana, sabe? Me ajudar o máximo a ser feliz.”
O difícil começo em Sex Appeal
“Eu fiz ‘Sex Appeal’ com dezesseis anos, daí eu não quis assinar contrato com a Globo, não gostei nada daqui. Era uma personagem superdifícil, ninguém me ajudou…era uma menina que era drogada pela mãe, tinha uma tentativa de abuso sexual pelo padrasto. Fiz o que podia fazer. Não me arrependo porque eu sei que o máximo que pude dar de mim ali, eu dei. Então fiquei muito frustrada, porque ninguém me ajudou”.
A relação com a Rede Globo e a viagem para Nova York
“Quando saí de ‘Sex Appeal’ a Rede Globo queria me contratar por três anos e já tinha uma novela para eu fazer como protagonista, que era a tal ‘Olho no olho’, não tinha vida pessoal, era de segunda a sábado, de dez da manhã às dez da noite. E ainda ganhava mal pra caramba. Falei: ‘Vou voltar para São Paulo, vou morar com os meus pais, estudar’.
“Eu não acho que a coisa mais importante da minha vida é a Rede Globo. Eu quero ser respeitada como profissional e como ser humano lá dentro. Não adianta vir botando o pau na mesa porque também tenho o meu. Quando acabou o meu contrato, me chamaram lá perguntando por que eu não queria renovar, eu expliquei que ia para NY: ‘porque eu tenho outras vontades na vida, preciso me lembrar da vida que era para ser a minha, de uma simples menina de 23 anos’. Queria descobrir que você não é a Luana Piovani, você tem uma vida, vontades”.
“Fui para NY, amadureci como ser humano, sofri com o namorado aqui, morri de saudades, mas foi maravilhoso. Depois que voltei de lá, minha vida mudou como atriz. As pessoas me respeitam mais”.
Ficar nua: na “Trip” sim, na “Playboy” não
“A coisa da ‘Trip’, pra começar você não mostra tudo, que eu acho mais legal… Segundo, você faz como você quer e não tem a obrigação de estar pelada pro punheteiro. O enfoque é outro. O leitor é outro. Na ‘Playboy’ a mulher tem que estar pelada porque o cara quer ver”.
“Quanto mais arreganhada possível… o foco é esse. É sexo. É a punheta. Eu acho que aí é o grande erro. Na ‘Trip’ tem foto de eu correndo. É a atitude. O fato de você estar sem roupa é uma coisa que junta. Mas você não tá só pelada. ‘Playboy’ não. É só (fazendo poses) ‘Olha, eu estou pelada aqui’ (…) O papo é só esse. E não tem dinheiro pra pagar, né gente? Eu lá vou ficar pelada por um milhão??? Eu não preciso disso!! Vivo superbem sem isso. Se é pra me ver pelada, tem que pagar rios de dinheiro, muito, pra eu ficar rica mesmo (risos). Como não vai acontecer, tá ótimo”.
A relação com a imprensa
“Não tenho problemas com a imprensa. Eu usufruo dela. Não tô nem aí pro que elas dizem de mim”.
A maconha
“Ai, tem que responder? (risos) Fumo, de vez em quando eu fumo. Tem gente que chega em casa e toma um uisquinho. Eu preciso dar uma relaxada, baixar a energia. Às vezes eu sento e não consigo parar de pensar, sabe? A minha família sabe, mas não acendo um cigarro de maconha na frente da minha mãe”.
As drogas, o tráfico e a violência
“Acho que o ser humano tem que ser responsável pela sua própria vida, essa história de liberar drogas é uma babaquice, porque elas já estão liberadas há muitos anos, não oficialmente, mas…”
“A hora que eu quiser, qualquer tipo de droga, eu consigo. Não vou encontrar a menor dificuldade. Colégio público e particular tem droga, tem droga em boate e na casa dos pais caretas. O problema é muito maior, o tráfico é o grande problema. Mas não estou aqui para dar uma solução, porque eu não sei. O problema não é a maconha ser liberada, existe o surfista que fuma um baseado na praia, que não pode ser tratado como traficante, e existe o litro de pinga vendido a R$ 3, que uma criança vai lá, compra. Nunca vi ninguém matar ninguém fumando um baseado”.
“Você acha que essa droga entra pelo Brasil como, gente? Debaixo do nariz de todo mundo, todo mundo sabe. Eu acho que quem financia são os políticos, a polícia, as cabeças que estão lá em cima. Não é quem compra cinco gramas de maconha. É muito mais dinheiro…”.