Dennis Tihara de olho no título do Mundial Júnior

O ilheense Dennis Tihara, 18 anos, é um dos destaques da delegação brasileira que
embarca na próxima sexta-feira (16/08) para Durban, na África do Sul, rumo ao
Quiksilver ISA World Junior Surfing Games. O evento reúne 17 equipes do mundo
inteiro e será realizado entre 17 e 23 de agosto, em North Beach.

Dennis conquistou sua vaga no time verde-amarelo ao ocupar a vice-liderança da
categoria Júnior após a sexta etapa da Taça Roberto Valério – Circuito Brasileiro de
Surf 2003. O beneficiado seria o líder, mas como o cearense Pablo Paulino já estava
garantido pela Mirim, onde também liderava, o baiano se deu bem e teve seu
passaporte carimbado para a África.

A trajetória de Tihara no Brasileiro começou com um vice-campeonato na praia de
Icaraí, em Caucaia, no Ceará. Em seguida, na praia de Maracaípe, em Porto de
Galinhas (PE), o atleta cometeu uma interferência em Pablo Paulino e acabou barrado
no terceiro round.

Na perna sul, o baiano participou de duas finais. Na praia da Joaquina, em
Florianópolis (SC), ele voltou a fazer interferência e finalizou a etapa na 4a.
posição. Em Tramandaí (RS), palco da quarta etapa do Brasileiro, Dennis ficou com o
terceiro lugar.

A boa campanha do garoto foi brindada na perna sudeste. Na praia do Recreio, Rio de
Janeiro, ele parou nas quartas da Júnior e ficou com a terceira posição na categoria
Open. Já na 6a. etapa do Circuito, disputada com ondas de até 3 metros na praia de
Maresias, em São Sebastião (SP), Tihara conseguiu sua primeira vitória no Brasileiro
ao vencer a categoria Open. De quebra, ainda foi o quarto colocado na Júnior,
garantindo sua vaga no Mundial.

Conversamos com o “japinha” para saber como ele está se preparando para o evento,
suas expectativas, o orgulho de representar o Brasil e outros assuntos.

Qual a sensação de representar o Brasil numa competição deste nível?

Já tive a honra de representar o Brasil no Pan-Americano de 2003, em Salinas, no
Equador. Foi uma experiência inesquecível, pois sempre tive o sonho de fazer parte
da equipe brasileira. Agora estou tendo outra oportunidade, desta vez no Mundial.
Para mim não importa o nível da competição, vestir a camisa verde-amarela é sempre
um orgulho muito grande.

Qual a sua expectativa para o evento?

A melhor possível. Estou bastante concentrado para a competição e espero trazer o
título para o Brasil. Sei que é muito difícil, mas vou lutar por isto. Também tenho
como objetivo ajudar o time brasileiro a conquistar mais um título mundial por
equipes.

Você está fazendo algum treinamento específico para a competição?

Venho trabalhando há um bom tempo com o meu técnico Gabriel Macedo. Este ano está
sendo muito especial para a gente, pois consegui alcançar todas as metas que
traçamos até o momento. Além da parte técnica, que consiste em filmagens, simulações
e táticas de competição, trabalhamos também a parte física. Sempre treinamos com
muita intensidade para qualquer evento, e desta vez não é diferente.

O time brasileiro está forte ou poderia ser melhor?

Todos os integrantes do time têm alto nível. Outra qualidade importante do grupo é a
união, pois nos conhecemos há bastante tempo no Circuito Brasileiro. Isto faz a
diferença em qualquer evento por equipes.

Quais seus principais adversários na competição?

Não estou muito preocupado em saber quais serão meus adversários. Dizem que a África
do Sul e a Austrália vão com um time muito forte, mas acredito muito no meu
potencial e com fé em Deus vou me dar bem.

Você tem algum conhecimento sobre as ondas de Durban?

Tenho me informado bastante sobre o pico. Já vi muitas filmagens de eventos do WQS
em Durban, e também procurei melhores informações com meu amigo Wilson Nora, que
teve a oportunidade de participar do ISA Games na África no ano passado.

O que pretende fazer após o evento?

O pessoal da equipe está planejando passar uns dias em Jeffrey’s Bay. Um surfista
viajar para a África e não conhecer Jeffrey’s é o mesmo que um turista vir para a
Bahia e não comer acarajé. (rs!)

Seus patrocinadores estão lhe ajudando na viagem?

Não tenho o que me queixar em relação a patrocínio, pois a Rusty e a Reef sempre me
deram total apoio. Agora conto também com o apoio da Wet Dreams, que está me
fornecendo acessórios.

Quantas pranchas pretende levar?

Vou levar sete pranchas. O Pedro Bataglin shapeou cinco pranchas alucinantes, e
inclusive fui para o Rio de Janeiro acompanhá-lo na sala de shape. As outras duas
são as que eu estava utilizando nas etapas do Brasileiro.

Para finalizar, deixe uma mensagem para a galera que vai ficar torcendo aqui do
Brasil.

Espero que todos passem boas vibrações do nosso país. Podem ter certeza que vamos
fazer de tudo para honrar a bandeira brasileira e lutar com muita raça pelo título
do Mundial. Fiquem ligados no site Waves!

Por: Ader Oliveira
Apoio: Academia Raiz e pranchas Scoot

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