MINISTÉRIO DA SAÚDE ACABA DE CREDENCIAR O CAPS DE ILHÉUS

Ao presidir a solenidade de inauguração da nova clínica pública de Ilhéus especializada no alto dos Carilos, que funciona com programa-modelo considerado referencial na região sul do estado em termos de atendimento ambulatorial gratuito a pacientes com distúrbio mental, o prefeito Jabes Ribeiro destacou que o Centro de Atendimento Psicossocial (Caps), implantado pela secretaria municipal de Saúde, acaba de ser credenciado pelo Ministério da Saúde. O centro atende no período integral, de segunda à sexta-feira, cerca de 80 pacientes cadastrados com idade que varia de 18 e 60 anos, de ambos os sexos, e por dia uma média de 40 pessoas não cadastradas. A unidade mantém diariamente os portões abertos, com a finalidade de facilitar a entrada e a saída deles na hora que quiser, sempre preocupada com a integração e ressocialização dos pacientes que, inclusive, escolhem o período para atendimento.

Na oportunidade, o secretário Paulo Medauar lembrou a importância do Caps em Ilhéus, dizendo que na unidade não existe ociosidade. Mesmo que o paciente compareça e não participe de nenhuma oficina, “o fato dele procurá-lo para que não fique nas ruas, sujo, ou em casa quebrando as coisas, não cuidando da sua medicação e sem consciência da doença. Então, só o fato disso, mesmo que passe o dia inteiro sem fazer nada, já está fazendo alguma coisa”. Explica que de início que o paciente passa por uma avaliação supervisionada pela equipe multidisciplinar que é formada por psiquiatra, psicólogas, enfermeira, assistente social, dois técnicos de enfermagem e pessoal de apoio”, diz. Após isso, se ele estiver dentro do perfil, é admitido e a partir daí é feito um programa para que ele possa ser atendido por todos os profissionais do centro.
Explica ainda Paulo Medauar que o paciente do Caps é a pessoa que apresenta uma história de doença mental que é chamada de psicótico ou neurótico grave. “Não atendemos pessoas portadoras de deficiência mental. Trabalhamos sim com quem apresenta doença mental que é diferente da deficiência. Além do paciente, as famílias deles recebem de toda a equipe multidisciplinar do Caps orientação sobre questões de higiene, de relacionamento, boas maneiras e solidariedade. “Aqui, contamos com oficinas de artesanato, de horta comunitária e de jardinagem, e atividades que contribuem para a ressocialização do paciente. Enfim, tudo que vai possibilitar reintegrá-lo na sociedade”.
CAMPO DE ESTÁGIO – Segundo Medauar, o centro também serve como campo de estágio para estudantes de nível superior. No momento, um grupo de alunos do curso de enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) está sendo acompanhado pela professora da instituição, Rosimeire Cardoso, assim como uma estagiária do curso de psicologia, da Universidade Federal de Maceió. Além disso, formamos grupos para orientação de medicação e relacionados à saúde, operativos, terapêuticos para trabalhar nas questões individuais, as emoções, e também para o próprio funcionamento do setor”.

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